Covid-19: Secretaria de Saúde de Joinville promete 18 novos leitos de UTIs em duas semanas

Município já precisou transferir 46 pacientes de UTI e enfermaria nas últimas quatro semanas

Covid-19: Secretaria de Saúde de Joinville promete 18 novos leitos de UTIs em duas semanas

Município já precisou transferir 46 pacientes de UTI e enfermaria nas últimas quatro semanas

Fernanda Silva

Joinville terminou a sexta-feira, 7, com apenas 19 vagas de UTIs exclusivas para tratamento da Covid-19. A maior parte delas na iniciativa privada. Eram duas vagas públicas, uma no Hospital Municipal São José e outra no Hospital Regional Hans Dieter Schmidt. Uma taxa de ocupação de 86%. Para tentar diminuir esse número, a Secretaria Municipal de Saúde anuncia a abertura de 18 novos leitos nas próximas duas semanas.

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De acordo com o secretário Jean Rodrigues da Silva, serão dez instalados no São José até terça-feira, 11, e outros oito no Bethesda até o dia 17. O hospital filantrópico de Pirabeiraba abriu os primeiros dez leitos de UTI Covid no dia 27 de julho, alcançando no mesmo dia 60% de ocupação. Dois dias depois a ocupação passou para 100% e está assim desde então.

Por causa da alta taxa de ocupação dos leitos públicos para tratamento da doença, “46 pacientes de UTI e enfermaria já foram realocados para cidades próximas nas últimas quatro semanas”, conta o secretário de Saúde.

Os pacientes tem sido transferidos para hospitais de Jaraguá do Sul, Mafra, Canoinhas, Três Barra e Rio Negrinho. As transferências de UTI acontecem quando não há vagas suficientes.

Já no caso da enfermaria, são encaminhados para outros municípios aqueles que precisam de atendimento prolongado, uma vez que Joinville, segundo Jean, procura priorizar os atendimentos emergenciais. De acordo com a Prefeitura, esse protocolo também é seguido no combate a outras doenças.

Falta de medicamentos para intubação

Além da possível falta de leitos, outro problema registrado em Joinville é o baixo estoque de medicações para a intubação dos pacientes com Covid-19 no Hospital Bethesda, onde há leitos de UTI. “Não houve falta de medicamentos, mas não conseguem comprar”, afirma o secretário.

Ele lembra que a dificuldade está em obter esses remédios, mas que eles não chegaram a faltar e a Secretária de Saúde também tem dado apoio, fornecendo alguns dos fármacos necessários.

Na segunda-feira, 3, o Hospital Bethesda publicou um alerta de falta de medicação, como anestésico, relaxante muscular e sedativo . Desde então, a unidade tem recebido apoio do Hospital São José.

Ainda nesta semana, a o Estado enviou a três hospitais de Joinville, algumas das medicações necessárias para a intubação. Além dos remédios, Silvia conta que o governo catarinense foi responsável pela entrega de 35 respirados e 12 mil teste desde o início da pandemia.

Falta de isolamento preocupa

O isolamento e monitoramento são algumas das estratégias da Secretaria de Saúde para evitar que a população se contamine e chegue a ocupar um leito de UTI.

“Notamos que quem tem sintomas leves, com atestado e que também deve ficar em casa, não fica”, diz Silva. O secretário comenta que a pasta pretende aumentar a fiscalização de pessoas com sinais da doença para evitar o contágio.

Ele explica que as medidas anunciadas pela prefeitura estão sendo monitoradas, inclusive o retorno do transporte, em junho, e agora a sua paralisação, desde o fim de julho. Silva também afirma que o isolamento vertical de idosos tem surtido efeito. Ou seja, na visão do município, tem evitado contágios e, consequentemente, as internações.


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