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Dança de Rua do Brasil apresenta espetáculo “Marco Zero” no Festival de Dança de Joinville nesta segunda-feira

Grupo é o único a ter cinco placas na Calçada da Fama do Festival

Dança de Rua do Brasil apresenta espetáculo “Marco Zero” no Festival de Dança de Joinville nesta segunda-feira

Grupo é o único a ter cinco placas na Calçada da Fama do Festival

Fred Romano | Revisão

Nesta segunda-feira, 22, o Grupo Dança de Rua do Brasil, de Santos (SP), relembrará as estruturas do Centreventos Cau Hansen, em Joinville, com um espetáculo vibrante de danças urbanas que fizeram história no Festival de Dança de Joinville. O grupo apresentará o espetáculo “Marco Zero”, criado especialmente para o evento.

Na obra, o grupo conta a história das danças de rua no Brasil, que tem seu “marco zero” no país em 1984. Essa trajetória passa especialmente pelo evento em Joinville: foi no Festival de Dança que os grupos de dança de rua puderam, pela primeira vez, deixar as calçadas e pisar nos palcos de competições, contribuindo para a profissionalização dos dançarinos e a popularização do estilo por todo o país.

Criação de categoria devido ao sucesso

“Dançávamos na categoria jazz porque não havia um gênero em que pudéssemos inscrever o grupo. Ele havia sido criado em 1991, e viemos para o Festival de Joinville pela primeira vez em 1993. Ganhamos o primeiro lugar em conjunto e solo masculino, e isso levantou uma grande discussão, porque não era jazz. No ano seguinte voltamos e ganhamos de novo. Então a organização decidiu que era hora de criar uma categoria para estes grupos na Mostra Competitiva”, recorda Marcelo Cirino, diretor e coreógrafo do grupo.

O grupo em seus primeiros anos, em 1993 | Secretaria de Comunicação de Santos/Arquivo

A partir do Festival de Dança de Joinville, outros eventos de dança do país também passaram a incluir a categoria em suas competições. Enquanto isso, o grupo de Marcelo Cirino ganhou força e trocou o nome de Grupo de Dança de Rua de Santos para Grupo de Dança de Rua do Brasil, devido à fama e importância conquistadas com suas coreografias inovadoras.

Em suas apresentações no Festival de Dança, a plateia entrava em êxtase com os movimentos sincronizados dos dançarinos, em que força e agilidade se encontravam com acrobacias e expressões desconhecidas do público acostumado às apresentações de balé clássico, jazz e sapateado.

Espetáculo destaca história das danças de rua no Brasil

No palco do Teatro Juarez Machado, nesta segunda-feira, eles apresentarão um espetáculo que sintetiza quatro décadas de história das danças de rua no Brasil em 50 minutos. Entre as referências estarão a coreografia “Alma e Essência”, a primeira a ser apresentada em Joinville há 31 anos, e a coreografia histórica “Homens de Preto”, a última a ser apresentada pelo grupo na Mostra Competitiva em 1998.

Grupo com o figurino de “Homens de Preto”, em 1998 | Secretaria de Comunicação de Santos/Arquivo

Naquele ano, eles conquistaram a sexta premiação consecutiva em primeiro lugar ao surpreender a plateia com o grupo inteiramente vestido com terno e gravata, contrastando com o figurino despojado de dança de rua conhecido até então. Eles alcançaram o status de “hors concours”, evidenciando um nível de excelência profissional.

Único grupo a ter cinco placas na Calçada da Fama do Festival

Até hoje, o Grupo Dança de Rua do Brasil é o único a ter cinco placas na Calçada da Fama do Festival, um espaço em que bailarinos, coreógrafos e grupos são homenageados com estrelas, semelhante à famosa rua de Hollywood.

“A Lenda”, em 1995, foi a grande premiada no Festival de Dança de Joinville, primeiro ano da categoria de danças urbanas | Secretaria de Comunicação de Santos/Arquivo

O sucesso daquele ano levou o grupo a programas de TV nacionais, à participação no filme “Requebra”, protagonizado por Xuxa em 2000, e à apresentação na abertura dos Jogos Pan-Americanos no Rio de Janeiro em 2007.

Santos ganhou o título de Capital Nacional da Dança de Rua devido à fama conquistada e ao trabalho realizado por Marcelo Cirino. Até hoje, a Prefeitura de Santos promove aulas de dança de rua por meio da Secretaria de Cultura, em um projeto iniciado em 1991 pelo coreógrafo.

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