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“Dançar é o que me faz viver, me faz feliz”: mostra 60+ encanta no Festival de Dança de Joinville

O evento reuniu quatro grupos de dança em coreografias que encantaram o público e celebraram o envelhecimento ativo por meio da arte

Nesta sexta-feira, 25, ocorreu a mostra competitiva de dança de salão dos grupos de dança 60+, no Festival de Dança de Joinville. O evento reuniu quatro grupos de dança em coreografias que encantaram o público e celebraram o envelhecimento ativo por meio da arte.

Quatro grupos se apresentaram: Companhia Expressão Vital, de São José, com a coreografia No Calor da Paixão; Companhia Ronaldo Rodrigues, de Florianópolis, com a coreografia “Bem Me Quer”; Grupo Balanço das Ondas, de Balneário Camboriú, com a coreografia “Jeannie não é apenas um Gênio”; e o grupo Vovós sim, Velhas jamais, de Erechim (RS) com a coreografia “Você é meu chamego”.

O primeiro lugar da mostra competitiva de dança de salão 60+ ficou com o grupo Balanço das Ondas. A Companhia Ronaldo Rodrigues garantiu o segundo lugar, enquanto o terceiro lugar foi para dois grupos: Vovós Sim, Velhas Jamais e a Companhia de Dança Expressão Vital.

Grupo Balanço das Ondas | Foto: Lara Donnola

O grupo vencedor, Balanço das Ondas, concorreu com a coreografia “Jeannie não é apenas um gênio”. A apresentação é uma releitura da série norte-americana famosa nas décadas de 1960 e 1970, “Jeannie é um Gênio”.

“A gente trouxe isso através da dança soltinho, dança de casal”, explica Fátima. Na coreografia, a personagem Jeannie se multiplica, são 16 dançarinas no papel da gênia, contracenando com o Major Nelson, recriando as cenas de confusão típicas da série. “Tudo embalado no ritmo brasileiro do soltinho”, diz a coreógrafa.

Grupo Balanço das Ondas

A coreógrafa Fátima Folchini comemorou o primeiro lugar do grupo Balanço das Ondas destacando o empenho e o carinho envolvidos na criação da coreografia. “O grupo está muito feliz com essa vitória, um trabalho feito com muito carinho, muita dedicação, muita alegria. Isso deu esse resultado bacana em primeiro lugar, então a gente está muito feliz”, afirmou.

O grupo Balanço das Ondas existe há 26 anos. A coreógrafa Fátima Folchini está à frente da companhia há 15 anos e conta que esta é a quarta vez que o grupo participa do Festival de Dança de Joinville. Ao longo desse percurso, já conquistaram o primeiro lugar na categoria danças populares em três edições consecutivas.

Grupo Expressão Vital

Geovana de Oliveira é professora de dança há cerca de 25 anos e coreógrafa da Companhia de Dança Expressão Vital. O grupo existe oficialmente desde 2008 e ensaia duas vezes por semana. À medida que os festivais se aproximam, os ensaios se intensificam. “É um grupo muito bom porque eles se dedicam, eles gostam. É um hobby de luxo, como eu falo para eles. Viraram adolescentes, porque na adolescência não tiveram essa oportunidade”, conta a professora.

Segundo ela, a maioria dos integrantes está aposentada e hoje se dedica exclusivamente à dança. “Pra mim é maravilhoso, porque eu sou a mais nova, mas tenho um respeito enorme por eles. Tenho eles como meu pai, minha mãe. A gente acaba se tornando uma grande família”, diz. A companhia ensaia no município de São José, na região da Grande Florianópolis.

O dançarino Arnildo Barossi tem 81 anos e começou a dançar aos cinco. Integrante da Companhia de Dança Expressão Vital, ele afirma que a dança transformou sua vida. “Dançar pra mim é vida. Hoje eu sinto que não tenho idade, tenho vida”, disse. Ele destaca a importância da coreógrafa Geovana de Oliveira, que, segundo ele, traz alegria e realização para o grupo. “Dançar é o que me faz viver, é o que me faz feliz”, completou.

Companhia de Dança Ronaldo Rodrigues

Liliane Leite participa da Companhia de Dança Ronaldo Rodrigues desde 2020, quando entrou para o grupo aos 55 anos, no início da pandemia. Hoje, aos 60, ela destaca que a experiência traz desafios importantes, especialmente físicos. “Eles nos fazem colocar o corpo em movimento, e não é básico. São passos rápidos, pernas para cima, braços, um lado e outro na maior velocidade”, explica.

Para ela, essa intensidade ajuda a manter o corpo ativo e a mente estimulada. “Isso é bom porque não nos deixa parados”, afirma. Com média de idade acima dos 70 anos, Liliane se considera uma das caçulas da turma e demonstra orgulho em fazer parte do grupo: “Eu adoro esse grupo, o grupo é muito unido”, afirma.

Entrega do troféu de 3º lugar para o grupo Vovós sim, Velhas jamais

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