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Darci de Matos fala em cortes de secretarias, parcerias público-privadas e faz críticas a atual administração

Darci de Matos foi o estreante da série de sabatinas com os 15 candidatos a prefeito de Joinville

Idade: 59 anos
Naturalidade: Cefelândia
Profissão: Economista
Grau de instrução: Ensino Superior completo
Número na urna: 55

Confira o perfil completo de Darci de Matos.

Darci de Matos (PSD) fez a estreia da série de sabatinas ao vivo do jornal O Município Joinville que entrevistará, até 6 de novembro, todos os 15 candidatos a prefeito da cidade.

Deputado Federal licenciado para a campanha, Darci está se candidatando ao cargo de prefeito pela terceira vez. Foi derrotado em 2008 por Carlito Merss (PT) e em 2016 por Udo Döhler (MDB). Já foi duas vezes vereador de Joinville, chegando a presidir a Câmara, e duas vezes deputado estadual.

O economista disputa o pleito ao lado do atual vereador Rodrigo Fachini (PSDB) na coligação “Joinville é Agora”, que também tem o apoio do deputado federal Rodrigo Coelho (PSB) e mais os partidos PL e PP.

Durante a transmissão, com duração de cerca de uma hora, o candidato fez fortes críticas ao governo Udo Döhler, defendeu a necessidade de diminuir de 23 para sete secretarias municipais e cortar cargos comissionados.

Questionado pelo público, defendeu que não será possível aumentar o salários dos servidores, pelo menos, nos primeiros seis meses de mandato, devido a lei aprovada no Congresso (do qual votou a favor) e pela crise provocada pela pandemia.

Darci falou também sobre parcerias público-privadas (PPPs), incluindo a rodoviária de Joinville, e retirar os ônibus da área central da cidade.

Assista à entrevista na íntegra:

Menos secretarias

Durante a conversa, Darci de Matos disse que uma das prioridades de seu governo — se não a principal —, é “enxugar a máquina pública”. A forma que colocaria a ideia em prática é cortando as secretarias municipais de 23 para sete e os cargos comissionados em 50%.

“É muita gente, muita politicagem barata pendurada na prefeitura”, declarou.

O candidato acredita que há como diminuir as secretarias sem prejudicar os trabalhadores. Ele usa como exemplo a cidade de Criciúma, que tem sete secretarias e funcionalidade nos serviços essenciais.

“Na grande maioria, (os servidores) são apadrinhados da atual gestão, tem vereador que tem 30 indicados na prefeitura. Quem toca os serviços públicos não são os comissionados, são os trabalhadores e servidores de carreira, que estão ali há muitos anos e atendem as pessoas. Vamos cortar sem dó e sem medo”.

Sem aumento para os servidores

Apesar de reconhecer a importância do trabalho dos servidores públicos municipais, pensa que não seja o momento oportuno para este aumento e cita dois fatores como justificativa.

O primeiro fator é por conta do veto do presidente Jair Bolsonaro, que proíbe este aumento até o ano que vem. Em segundo, cita a crise econômica enfrentada por conta da pandemia do coronavírus.

“Com esta crise não se fala em aumento, nós não temos recurso. Se o candidato a prefeito disser que vai dar aumento no início do ano que vem, ele está mentindo pra vocês. Não tem recurso neste momento e nem nos primeiros seis meses do ano”, disse.

Darci acredito que a categoria foi “maltratada” pela atual gestão, que parcelou e não pagou R$ 200 milhões ao Ipreville e também suspendeu o repasse de R$ 150 milhões durante a pandemia. Também disse que obras foram feitas com o dinheiro do servidor e que iss/o o preocupa  muito.

“Quem vai pagar isso? A atual gestão não tratou com decência e com respeito o fundo de previdência dos servidores”.

Revitalização do centro de Joinville

Uma das propostas entregues por Darci de Matos à Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Joinville foi a revitalização do Centro da cidade. O candidato defendeu que é possível realizar muitas das mudanças por meio de Parcerias Público-Privadas (PPP’s).

O candidato psbista usou como exemplo a Expoville, “que estava caindo aos pedaços” e o prefeito Carlito Merss (PT), à época, fez o que ele chamou de uma “mini-PPP”, onde recebeu o valor de R$ 200 milhões para restaurar o local.

“O Carlito não tinha esse dinheiro, e o que ele fez? Lançou um edital onde entrou um consórcio e revitalizou a Expoville. Isso é atitude, é inteligência, não precisa de dinheiro do caixa (da prefeitura).  Por que o prefeito atual não fez? Não sei, porque não tem equipe ou não tem vontade”, criticou.

Ainda conforme Darci, as obras existentes em sua proposta de governo serão cumpridas e ficará claro para os joinvilenses a origem do dinheiro utilizado para estas reconstruções.

“Pra não incorrer ao erro que o prefeito Udo incorreu com a ponte do Adhemar Garcia. Onde está a ponte? Ficaram oito anos falando da ponte e ela não existe. Não tem uma carrada de barro lá”, disse, voltando a atacar o atual prefeito.

Darci também se comprometeu, com a ajuda do deputado federal Rodrigo Coelho (PSB), fazer uma nova entrada pela rua Ottokar Doerffel e reformas na rua Almirante Jaceguay, que liga a rua Blumenau à BR-101.

No entanto, não prometeu duplicar a rua Dona Francisca. Disse que vai revitalizar a via, trabalhar e busca dinheiro, mas que não iria “fazer propostas absurdas pra não passar vergonha”.

Sobre a obra do Rio Mathias, que não consta no seu plano de governo e foi questionada durante a transmissão por um leitor, afirmou que irá reunir os técnicos para definir o que pode ser feito. “A obra do rio Mathias não deveria ter sido começada, por exemplo. Um projeto mal feito que permitiu a entrada de uma empresa de fundo de quintal, que não teve capacidade financeira e nem técnica”.

Realocar Rodoviária e Terminal Central

Darci criticou o valor pago pela prefeitura ao Ipreville pelo aluguel do espaço da rodoviária de Joinville (R$ 150 mil reais mensais). Por meio também de uma PPP, pretende levar a rodoviária aos fundos da Expoville.

Para a utilização do espaço, diz que é possível criar um parque para dar mais opções de lazer aos moradores e, na parte de cima, alojar serviços do município.

“Vamos colocar a rodoviária às margens da BR-101, sem gastar um tostão. Esse dinheiro pago de aluguel é um dinheiro jogado pela janela”, defendeu.

Uma das mudanças mais significativas proposta por Darci é tirar os ônibus do Centro e realocar o Terminal Central. Em seu plano, os coletivos circulariam pelas ruas Ottokar Doerffel, Beira Rio e João Colin. Sem entrar na parte mais central.

Com esta mudança, acredita que o centro ficaria menos poluído e mais atrativo.”O Centro tem que ser moderno, calmo e sustentável na linha do que é o centro de Paris. Preparado para as pessoas, ciclistas, para o lazer e comércio. Depois pensamos nos carros e coletivos”, afirma.

Além disso, se comprometeu a fazer a licitação do transporte público na cidade e elencou três pontos principais que exigirá da fornecedora do serviço: mais linhas de ônibus, preços acessíveis e veículos confortáveis.

Durante a transmissão, o candidato a prefeito usou várias vezes a expressão “fazer a cidade voltar a ser a número 1”. Ele se referiu ao fato de Joinville ser a maior cidade do estado e ter o maior PIB, mas citou várias áreas em que o município não ocupa o primeiro lugar.


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