Darci de Matos fala sobre redução de secretarias, início da educação integral e relação com vereadores
Candidato concorre a prefeito de Joinville no segundo turno, que será decidido neste domingo, 29
Candidato concorre a prefeito de Joinville no segundo turno, que será decidido neste domingo, 29
Idade: 59 anos
Naturalidade: Cafelândia (PR)
Profissão: Economista
Grau de instrução: Ensino Superior completo
Número na urna: 55
Confira o perfil completo do candidato.
Nascido em 8 de novembro de 1961 na cidade de Cafelândia (PR), Dardi de Matos mudou-se para Joinville aos 16 anos e se formou técnico na Escola Agrícola de Araquari. Casado há 30 anos, é pai, avô e morador do bairro Atiradores.
Trabalhou como servidor público na Fundação Municipal 25 de julho, professor em escolas estaduais e de ensino superior, foi presidente da Fundação Municipal Albano Schmidt (Fundamas) e, nos seguintes, foi eleito presidente da Associação dos Servidores Públicos de Joinville. Em Florianópolis, coordenou a Secretaria da Juventude da Casa Civil do governo estadual e exerceu cargo de delegado do Ministério do Trabalho do estado.
Aos 39, nos anos 2000, Darci de Matos foi eleito pela primeira vez vereador em Joinville e reeleito em 2004. Em 2006, 2010 e 2015, foi eleito deputado estadual. Já concorreu à prefeitura de Joinville em 2008, à época pelo DEM, pleito em que chegou a ir a segundo turno, no entanto, Carlito Merss foi o escolhido pelos joinvilenses. Darci também disputou o cargo do executivo municipal em 2016, pelo PSD. Mais uma vez, indo a segundo turno, mas Udo Döhler foi eleito. Já nas eleições de 2018, se tornou deputado federal pelo estado de Santa Catarina.
Durante a entrevista desta terça-feira, Darci de Matos falou sobre a redução de secretarias para sete pastas, quais continuariam ou seriam fundidas. Apensar de fundir as áreas, defendeu a continuação dos programas já existem e o corte de cargos comissionados.
Na educação, Darci afirmou que irá trabalhar para oferecer o contra turno para crianças e adolescentes, principalmente nos bairros de periferia da cidade, e o início gradual da educação integral.
Também comentou a relação com a Câmara de Vereadores. “Eu acho importante que tenha muitos partidos representados na Câmara, porque eu conheço um parlamento e a minha relação com a Câmara vai ser republicana, de conversa reta, ou seja, o que o vereador tem que fazer é fiscalizar o executivo, legislar, fazer boas leis e pedir obras para os seus bairros. Então, no momento em que eu fizer uma boa gestão, e vou fazer, com certeza vou ter uma boa base na Câmara”, acredita.
Assista à entrevista na íntegra:
As pesquisas apontavam você em primeiro lugar desde o início. Chegaram a apontar o Fernando Krelling (MDB) em segundo, depois a posição dele ameaçada. Mas você sempre com vantagem. No fim, foi uma disputa com o Adriano Silva (Novo), que você venceu por pouco mais de seis mil votos. Como você recebeu esse resultado?
Com tranquilidade. Eu sempre soube que teríamos um segundo turno. Estava preparado para o primeiro, o segundo e para governar Joinville. Sabia que passaria para o segundo turno na primeira colocação. Nós continuamos com a mesma estratégia que é: trabalhar nas redes sociais, televisão, bairros, com as pessoas, entidades, a cidade civil organizada, levando nosso projeto e proposta com poucos recursos e voluntariado, com famílias, pessoas e juventude nos ajudando. O importante é que nos segundo turno as pessoas vão perceber que eu e o Fachini somos os mais preparados para dirigir Joinville, que nós viemos de uma gestão do atual prefeito Udo, que é um mega empresário, e que não deu certo. Ele entrega a cidade pra nós com muitos problemas. É uma cidade que está devastada do Centro aos bairros. Portanto, eu sempre disse que a empresa é muito diferente do mundo público. A empresa é mais racional, na prefeitura, as pessoas não são números, têm sentimentos e problemas, a prefeitura precisa acolher, atender, desenvolver, ajudar. Então, eu estou muito preparado, com a certeza que vamos ganhar a eleição e vamos fazer Joinville que não seja a maior, mas que volte a ser a melhor, a mais bonita, mais humano, a que ofereça mais oportunidade no estado de Santa Catarina.
Uma análise do resultado seção por seção mostra uma derrota do candidato na região central e vitórias nos bairros, principalmente os mais afastados. Como você entende isso e o que tem sido feito para mudar os votos do centro?
Continuo apresentando meu plano de governo. Agora, me honra muito ter ganhado votos em todos os cantos da cidade. Mas, fico orgulhoso de poder representar as pessoas mais simples, trabalhadoras, dos bairros. Porque são as pessoas dos bairros que precisam da prefeitura. Eu tenho uma boa relação com o Centro e aqui é a classe média alta, o mundo empresarial, e não tem nada de errado com isso, mas fico orgulhoso de ser caracterizado como o representante dos trabalhadores, das mães, dos pais, das pessoas mais simples, porque faz parte da minha história. Eu vim lá da roça, cheguei a deputado federal. Sempre tive dificuldades na minha vida, sofri, lutei e acreditei muito. A minha história é voltada para as pessoas mais simples. E já do outro candidato, é voltado para as pessoas mais do Centro. Vejo com naturalidade e fico orgulhoso e afirmo: como prefeito vou cuidar de toda a cidade. Passou a eleição, enrolam-se as bandeiras políticas, põe em cima do armário e nosso partido passa a ser Joinville. Claro que, eu, como prefeito, vou dar uma atenção maior para quem precisa da prefeitura e para os bairros. Em que área, na falta de educação infantil, têm 10 mil crianças que não podem ir para a creche e as mães não podem trabalhar e ajudar na renda familiar. São 30 mil famílias que não têm escritura, vamos fazer um programa de regularização fundiária para essas pessoas, não custa nada. O asfalto que não chega no bairro, vou tocar com a usina de asfalto que eu vou criar, como outros municípios do Brasil fazem. Nas cirurgias há filas, milhares de pessoas nas filas esperando cirurgias, exames, consulta especializada, tem gente morrendo na fila de Joinville esperando uma cirurgia. Então, são essas questões, que atingem grande parte dos trabalhadores, que eu vou enfrentar com muita coragem, rapidez e determinação.
A coligação do candidato fez quatro cadeiras na câmara de vereadores, porém a casa terá 14 partidos na próxima legislatura. Quais os desafios de trabalhar com uma câmara tão fragmentada?
Eu não vou ter problema de trabalhar com a Câmara porque eu a presidi quatro anos, fui deputado estadual por três mandatos e muitas obras e recursos que Joinville recebeu passaram pela minha mão. Hoje, sou deputado federal e estou em Brasília ajudando o presidente Bolsonaro a concertar o Brasil, a fazer as grandes reformas que o país merece e precisa. O Brasil tem que dar certo e vai. Então, eu não vou ter problema nenhum. Eu acho importante que tenha muitos partidos representados na Câmara, porque eu conheço um parlamento e a minha relação com a Câmara vai ser republicana, de conversa reta, ou seja, o que o vereador tem que fazer é fiscalizar o executivo, legislar, fazer boas leis e pedir obras para os seus bairros. Então, no momento em que eu fizer uma boa gestão, e vou fazer, com certeza vou ter uma boa base na Câmara. Os vereadores vão acabar me apoiando e meus projetos. Eu vou mandar em janeiro, a reforma administrativa para cortar algumas secretarias e cargos comissionados, ou seja, não vou cortar os programas, eles continuam e serão reforçados, os servidores de carreira continuarão lá trabalhando, serão prestigiados, mas tem muito cargo comissionado. Quando eu mandar esse projeto para a Câmara, vai me apoiar. Quem não quer enxugar a máquina? Quem não tem a consciência de que a máquina está muito inchada? Eu vou ter uma relação boa, diferente da atual gestão, que teve uma relação cooptação, de toma lá, dá cá, feia, não deu certo e não dá. A minha, será pensando em Joinville e resguardando a autonomia do poder municipal.
A campanha adversária bate muito na questão da velha política contra a nova política. fala de privilégios, coligações e outros temas. Como você vê a comparação?
Isso não existe, de velha e nova política. Existe a boa política. Eu, quando fui deputado estadual, liderei o fim da aposentadoria dos governadores. Chegando em Brasília, nunca utilizei o auxílio saúde. Ao contrário, entrei com um projeto para acabar com o auxílio saúde na Câmara. O auxílio mudança, quando foi depositado na minha conta, eu doei para a APAE. Eu sempre fui contra privilégios. Ao contrário do partido Novo, que, se você acompanhou, no sábado o governador Zema esteve em Joinville. E por que tinha um avião da Polícia Militar de Minas ali no aeroporto? Isso é o que? Quanto custou um jatinho de três dias com a comitiva do governador em Joinville? E o governador fazendo política partidária. Você acha isso ético, que isso é atitude de nova política? E mais um exemplo, você acha que é ético e bacana, um deputado federal, amigo meu na Câmara dos Deputados, o Gilson Marques do Novo, usar o computador da Câmara, com dinheiro público, gabinete da Câmara para fazer fake news contra mim, o que é isso? Isso é velha ou nova política? Isso é uma covardia. Existe a boa política, agora, o que nós não podemos aceitar é hipocrisia. Eu tenho 20 anos de vida pública, sou ficha limpa, não tenho nenhum processo de improbidade administrativa e me orgulho disso. Sempre tive uma vida reta e trabalhei pela minha comunidade, portanto, eu represento a boa política.
Sua candidatura, por outro lado, tem o pintado como o novo Udo. Acredita que é esse o caminho?
Não, é você que está falando o nome do meu concorrente. Eu não quero falar o nome do meu concorrente, mas, como você está tocando neste assunto, eu posso responder tranquilamente. Então, quem é o atual prefeito de Joinville hoje? É um mega empresário. E como ele deixou a cidade? Devastada do Centro ao bairro. Eu tenho preocupação. A mudança sou eu. Eu sou de um outro conceito, sou político, tenho uma vida diferente. Fico preocupado com a sequência de mais um mandato com um mega empresário, que é muito parecido, mas mais jovem. Como você puxou o assunto, eu não ia falar nisso, mas você está me perguntando e eu tenho que te responder. Desculpe, não queria falar nesse assunto. Não tenho razão? O conceito é o mesmo, não muda. Mas o Freitag era empresário. Talvez você ia fazer essa pergunta. Eu fui assessor do Freitag, fui presidente da Fundamas na gestão. Ele era empresário, mas era diferente do atual prefeito. Ele não herdou a empresa, criou. Foi vereador, deputado estadual e foi prefeito. Então, foi um empresário e um político. Diferente do conceito que está aí e se apresenta.
Nas sabatinas do primeiro turno, apontou a desburocratização como principal necessidade do município. Com quais medidas você pretende desburocratizar a prefeitura?
Isso não tem custo nenhum. Aí que entra um prefeito com experiência na vida pública. Porque, o prefeito atual e empresário, travou a cidade. E o que eu fico preocupado com a gestão de um mega empresário. Isso não tem custo nenhum. Porque se Araquari, na divisa de Joinville, está ali, tem um prefeito político e lá funciona, porque aqui não funciona? A legislação é a mesma. Por que a Ciser construiu sua fábrica no lado de lá da divisa de Araquari? Porque aqui não anda. Aí que entra a importância de ter um prefeito. Quem foi o maior prefeito de Joinville? Luiz Henrique. Na história de Joinville. O que ele era? Não era empresário, era advogado. Um homem do povo. Me espelho muito nele, no Freitag. E eu vou destravar Joinville. Como? Colocando um secretario da Sama, da área técnica, com atitude, experiência e preparo, fazendo um pacto com os servidores. Eu sei lidar com os servidores, temos que valorizá-los e reconhecê-los. São importantes e têm que estar motivados para oferecer um trabalho de qualidade para a comunidade. Por que eu sei? Porque servi a Câmara, fiz gestão de servidor, presidi a Fundamas, fiz a gestão de servidor, fui delegado do Ministério do Trabalho do Estado muito jovem e fiz gestão dos servidores públicos. Então, me preocupa muito alguém que nunca lidou com servidor público. Talvez, esses motivos aí façam com que Joinville esteja travada, não anda. Estamos perdendo emprego e renda, é um absurdo. Este assunto, vou resolver. Sem custo nenhum.
Outro grande problema de Joinville é a desigualdade social. Que ações a prefeitura pode tomar para minimizar o problema?
Joinville empobreceu muito. Na renda per capita, somos o 26º município do estado. Nós somos só a maior, mas em termo de poder aquisitivo, perdemos para 25 municípios de Santa Catarina. Outro dado: 50% dos trabalhadores vivem com até um salário mínimo, você sabia disso? 128 mil pessoas acessaram o auxílio emergencial. Sete mil famílias acessam o bolsa família. Então, a cidade empobreceu, porque essa última gestão governou para poucos. Essa é a minha preocupação. Eu vou fazer um governo para todos, para toda a cidade. Para os grandes, pequenos. Agora, claro, principalmente para os pequenos, para a micro empresa, para as pessoas que moram nos bairros. Porque, quem precisa mais do poder público são os que têm menos. Isso é natural, é mundial. Então, a cidade precisa de emprego, de renda e eu vou destravar Joinville. Vou incentivar e criar um canal com a CDL, Acomac e Ajorpeme para incentivar as micros e pequenas empresas. Lá em Brasília, eu ajudei a liderar o Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte), que deu dinheiro para financiamento. Na prefeitura, a gente vai dar celeridade para a abertura de novos negócios. Enfim, eu conheço esse mundo, eu estou há muitos anos, tenho preparo e conhecimento o suficiente. Relacionamento com Florianópolis, em Brasília com ministros, governador, senador. Por exemplo, semana retrasada, fiz uma live com o ministra das Comunicações, Fábio Faria, falando da entrada do 5G no Brasil e da Internet. Agora, antes de entrar no ar aqui, eu estava falando, sabe com quem? Com o líder do governo Bolsonaro na Câmara, deputado do Paraná Ricardo Barros. Sou amigo dos senadores, dos ministros. Isso eu não estou dizendo para me vangloriar, não, estou dizendo que vou utilizar toda essa minha relação com as autoridades de Brasília para trazer dinheiro para Joinville, para o saneamento básico, creche, asfalto, lazer, ou seja, melhorar a qualidade de vida da população joinvilense.
Prevê a realização de concurso público durante a sua gestão?
A Secretaria da Cidadania, que vai se transformar em Social, Cidadania, Habitação e Segurança, que vai tratar o cidadão. Nós vamos criar políticas públicas para enfrentar os problemas dos moradores de rua, programa para trabalhar no contra turno com as crianças e adolescentes nas periferias. Programas sociais têm que ser mantidos, valorizados e fortalecidos. Nós temos cinco mil pessoas e famílias que vivem da reciclagem, temos seis cooperativas e os demais vivem catando lixo e resíduos. Nós precisamos investir na economia solidária, auxiliar, enfim. Eu tenho autoridade, pela minha história, para falar e para afirmar que vou atuar fortemente também contra a desigualdade social. Não é justo. Com relação ao concurso, vou fazer sim para a área de saúde, educação, segurança e carreira típica de Estado, que é para o servidor que tem poder de polícia. Os servidores, fiquem tranquilos. A minha mulher é aposentada, servidora pública, pelo Ipreville. Me preocupa muito a Ipreville, porque a atual gestão pedalou R$350 milhões e não pagou a Ipreville. Eu já fui servidor público no começo da minha vida, quase dez anos na Fundação 25 de julho, trabalhando com os agricultores. Portanto, os servidores públicos que já estão concursados, de carreira, eles têm as suas jornadas estabelecidas, triênio, licença premium e isso são direitos adquiridos, ninguém vai mexer. Até porque, a lei não permite que se mexam em direitos adquiridos. Agora, os novos servidores, novos concursados, está sendo discutido qual vai ser o modelo, que tipo de benefício que eles terão, qual vai ser a jornada, enfim. Isso está sendo discutido onde? Na reforma administrativa em Brasília, que é para os novos servidores, que é fundamental. Ela não atinge os atuais servidores de carreira da prefeitura.
Quais os planos para a guarda municipal?
A guarda municipal é fundamental. Nós temos 44 guarda municipais e é muito pouco para a maior cidade do estado. Tem 43 que foram concursados e vou chamá-los no final do ano que vem, que é quando a lei permite. A guarda municipal, além de cuidar do patrimônio, das nossas crianças nas escolas, mas em alguns momentos ela tem que se integras às polícias civil e militar para fazer a repressão em Joinville. Então, além da parte de prevenção, em alguns lugares como Camboriú e Florianópolis, as guardas municipais são muito fortes. A guarda municipal é fundamental, bem como os agentes de trânsito, que têm que atuar mais no campo da orientação e da humanização do trânsito. Nós temos planos, sim, para o fortalecimento da área de segurança pública em Joinville, integrando todas as polícias, todas as instituições que trabalham com a segurança pública.
Desde o início da campanha, vem falando em fazer uma prefeitura com sete secretarias. Está desenhado que secretarias são essas, que serviços vão ser fundidos e se algo novo vai ser criado?
Engraçado, rapaz, quando apresentei esse pleito, eu achei que muita gente ia bater palma. Pelo contrário, está assustando as pessoas. Quer dizer, todo mundo sabe que a máquina está inchada, que precisa ser diminuída e aí o pessoal me faz essas perguntas. Fico grato que você me perguntou. Eu vou tocar a cidade com sete secretarias da mesma forma que Criciúma, com o melhor prefeito do Brasil, o Clésio Salvaro toca com cinco. Sabia? Nós, por exemplo, vou te explicar, Secretaria de Esportes, o que eu vou cortar? Vou cortar o status de secretaria, se tiver 15 cargos comissionados vai ficar sete, vou cortar os cargos comissionados. Agora, os programas da Secretaria de Esportes e os servidores de carreira que estão lá vão continuar e vão ocupar os cargos. Programa com as crianças, de inclusão, paradesporto, esporte amador, o JEC, alto rendimento, bolsa atleta, bolsa técnico, esses programas eu vou continuar e vou fortalecer. Aliás, eu coloquei meio milhão em emendas para a área do esporte. Vou cortar politicagem barata. Por exemplo, as subprefeituras dos bairros, elas tem status de primeiro escalão. Para que isso? Eu sei para que, quiseram criar uns empregos a mais para os vereadores indicar. Isso é coisa velha, antiga. Ela perde o status de subprefeitura e passa a ser uma superintendência ou uma diretoria, se lá tiver dez cargos de comissão, vai ficar cinco e eu vou dar o que para ela? O que a subprefeitura precisa lá no Itaum? Saibro, areia, brita, tubo, é isso que eu vou dar. Quais secretarias que vão ficar? Eu vou te responder. Vai ficar a de Saúde, com o São José, igual, a de Educação, Cultura e Esporte ficaram ligadas, a Sama, que é Meio Ambiente, Agricultura e Sustentabilidade permanece, a de Infraestrutura absorve as subprefeituras dos bairros, que vão continuar existindo, com o mesmo prédio, máquina e servidores, mas vão se reportar ao secretário da Infraestrutura, porque já é a infraestrutura que faz a compra do material para eles. E a secretaria da Assistência Social passa a ser da Cidadania, que suga junto a de Segurança Pública e Habitação, que ela vai cuidar do cidadão. E a secretaria do Desenvolvimento Econômico, Planejamento Urbano, Turismo, Tecnologia e Inovação, que nós queremos investir nesta área, é uma área nova, importante, que gera emprego e renda para os jovens. E a secretaria da Fazenda, Recursos Humanos e Administração. Esse é o desenho da minha reforça administrativa. Eu poderia dizer que vou cortar depois da eleição porque eu vou perder voto, não, tenho que transparente. Antes da eleição eu estou dizendo o que eu vou fazer. Agora, eu vejo que as vezes até meu concorrente e outras pessoas vão dizer: olhar, você vai cortar e daí. Vou cortar não os programas ou servidores de carreira, eles continuam no local. Eu vou cortar o cabide de emprego. Isso é justo e necessário, é o que está sendo feito no Brasil inteiro e tem que ser feito.
Joinville tem dois desafios na educação. Precisa criar a oferta de ensino integral e ao mesmo tem que dar conta da demanda. Hoje já tem gente na fila de espera mesmo não tendo ensino integral. Como você pretende resolver essa equação?
Olha, primeiro vou colocar um secretário ou secretária que seja especialista da área. Porque nós tínhamos um secretário vereador. Então não é legal, colocar um político para tocar a Secretaria de Educação, mistura, querendo ou não, a política com a educação. Isso, eu não vou fazer, vou fazer diferente. E nós somos, no estado, o 12º município no Ideb, que mede a qualidade. Eu quero ser o primeiro município, nós somos a maior, tem que ser a melhor. A educação é muito bom, mas vamos melhorar ela. Como? Com especialista, curso de qualificação dos professores, com Univille e demais universidades, valorizando professores e demais servidores. Vamos transformar Joinville em uma cidade bilíngue, dando inglês inclusive na educação infantil, como acontece nos centros de educação infantil, escolas particulares, em Joinville. Vou comprar vagas nas escolas particulares e comunitárias para a educação infantil. As mãezinhas têm pressa, precisam trabalhar. Já a partir do ano que vem. Na educação vou fazer o trabalho com escola em tempo integral. Em médio prazo ela vai acontecer, porque o número de filas diminui e a receita aumenta, mas nós não podemos esperar 20 ou 30 anos. No meu governo, junto com o programa Mais Educação do Ministério da Educação de Brasília, eu quero colocar três ou quatro escolas, a meta é quatro, em tempo integral na periferia de Joinville, nos bairros mais carentes e pobres. Ela tem um custo maior, mas o município tem 25% de orçamento para educação, com a parceria de Brasília, eu vou fazer. Hoje, nós temos escola agrícola de Pirabeiraba, que é em tempo integral e funciona de forma excepcional. Todos os países do mundo que se desenvolveram, eles arrumaram para o caminho da escola em tempo integral, para a criança ficar o dia inteiro lá. Se não, ela fica um período lá e um período na rua, por isso, enquanto não temos a escola com tempo integral em Joinville, eu vou fazer aquele trabalho que falei a pouco com as crianças no contra turno, nos bairros de periferia porque se faz necessário.
Candidato, que mensagem final você gostaria de deixar para o eleitor joinvilense?
Uma mensagem de alegria, motivação e de ânimo. Com certeza absoluta, eu e o Fachini somos os mais preparados para dirigir a cidade e reconstruir Joinville. Com a ajuda de todos, a sociedade civil organizada, voluntariado, entidades empresariais, associações de moradores, imprensa, Câmara de Vereadores. Isso é possível e nós vamos fazer. Eu quero fazer um apelo: que os joinvilenses vão às urnas no domingo. Mais de 100 mil pessoas não foram às urnas. O voto é um instrumento poderoso, de transformação da nossa sociedade, nós somos a mudança. Vá às urnas e exerça seu papel de cidadão, use essa ferramenta de mudança. Quero agradecer a todos, pedir seu voto e dizer que Joinville tem pressa, Joinville agora. Grande abraço a vocês, fiquem com Deus e vote 55 para mudar.