Delegado de Joinville detalha operação contra grupo que fraudava licitações de controle de pragas
Pedro Alves diz que Joinville teve licitação fraudulenta em 2018
Pedro Alves diz que Joinville teve licitação fraudulenta em 2018
Em coletiva de imprensa realizada na tarde desta segunda-feira, 30, o delegado Pedro Alves, titular da 3ª Delegacia de Combate à Corrupção de Joinville (3ª Decor), detalhou a operação que desmantela um grupo criminoso criado para fraudar licitações de serviço de controle de pragas.
A operação envolveu diversos municípios de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo. Foram cumpridos mais de 50 mandados de busca e apreensão. Em Joinville, dois investigados foram alvos de busca e apreensão.
Além de Joinville, entre os municípios catarinenses também foram alvos da operação: Navegantes, Itapema, Lages, Florianópolis, Biguaçu, São José, Blumenau, Criciúma, São João Batista, Rio do Campo, Canoinhas, Pouso Redondo e Fraiburgo. Em Rio do Campo, segundo o delegado, o alvo foi a prefeitura.
Em todos os locais, que eram empresas e residências dos investigados, foram apreendidos aparelhos eletrônicos e documentos que serão periciados pela Polícia Científica.
A investigação da 3ª Decor acontece há cerca de um ano e meio e iniciou a partir do compartilhamento de informações de outro órgão de segurança pública com a Polícia Civil de Santa Catarina.
Conforme o delegado Pedro, a investigação aponta que o grupo atuava desde 2018 e seguia com o esquema criminoso, participando de licitações em 2024. Parte do grupo já foi alvo de investigação em outros estados, que não foram detalhados pelo delegado para preservar a investigação.
O esquema envolvia empresas e pessoas físicas, que combinavam entre si quem ganharia a licitação, tirando o caráter competitivo, função do edital. Há também indícios de possíveis empresas laranjas, que participavam do certame apenas para beneficiar outra. As empresas são de diversos municípios. Conforme o delegado Pedro, há indícios de que houve licitação fraudada em Joinville e 2018.
Nesta operação, houve o bloqueio judicial de cerca de R$ 1 milhão das contas dos investigados, bem como o sequestro de cinco veículos de luxo. Conforme Pedro, esses valores podem amparar os danos causados às administrações públicas.
Sete pessoas foram presas nos municípios de Florianópolis, Lages, Criciúma, Curitiba (PR) e Victor Graeff (RS). O delegado adianta que há foragidos e outras pessoas podem ser presas.
Entre os investigados da operação está um ex-servidor público. O delegado não informou nome e município onde o servidor atuava. Pedro ressalta que essa parte da investigação é embrionária e não é possível afirmar no momento se houve e qual seria o envolvimento de servidores no esquema criminoso.
Os nomes das empresas e dos envolvidos não foi divulgado pela Polícia Civil para não prejudicar o andamento da investigação.
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