Denúncia é aceita e vereador preso por posse ilegal de arma será investigado por conselho de ética da Câmara de Joinville
Denúncia foi aprovada em plenário nesta segunda-feira
Denúncia foi aprovada em plenário nesta segunda-feira
O Plenário da Câmara de Joinville aprovou nesta segunda-feira, 4, o pedido de investigação para que o Conselho de Ética apure se o vereador Mauricinho Soares (MDB) feriu o Código de Ética e Decoro ao ser flagrado e preso com uma arma sem registro.
O flagrante aconteceu na última quinta-feira, 30, na casa do parlamentar, durante revista de policiais na operação Profusão, deflagrada pela 3ª Delegacia de Combate à Corrupção, na qual ele é investigado. Mauricinho foi detido e liberado após pagamento de fiança.
A denúncia para investigação do conselho de ética foi feita nesta segunda-feira, pelo vereador Diego Machado (PSDB), que preside a Câmara.
“Não é confortável, não é legal, mas muitas vezes se faz necessário. E quando existe um fato a ser apurado, a gente precisa, dentro do que diz o nosso Regimento Interno, dando ao vereador que está sendo denunciado toda a possibilidade de apresentar as duas defesas, mas os fatos devem ser apurados”, afirmou na sessão.
No documento, Machado cita trecho do Código de Ética que o vereador teria infringido: “pautar-se pela observância dos protocolos éticos discriminados neste Código, como forma de valorização de uma atividade pública capaz de submeter os interesses às opiniões, e os diferentes particularismos às ideias reguladoras do bem comum”.
Mauricinho Soares não se manifestou na tribuna sobre a denúncia.
O recebimento da denúncia teve o voto de todos os vereadores presentes, com abstenção de Mauricinho, porque é investigado. Machado não votou porque fez a denúncia. Érico Vinicius (Novo) não votou porque estava presidindo a sessão.
Machado também retratou-se por ter feito uma “brincadeira infeliz” com Mauricinho, em sessão da semana passada, em que ele imitava uma revista no vereador. “Depois a gente percebeu que não era o momento para tal brincadeira”, desculpou-se.
O Conselho de Ética da Câmara é presidido pelo vereador Wilian Tonezi (Patriota) e tem como membros Neto Petters (Novo), secretário, Adilson Girardi (MDB), Lucas Souza (PDT) e Cassiano Ucker (União Brasil). São suplentes os vereadores Cleiton Profeta (PL) e Pastor Ascendino Batista (PSD).
Sobre uma possível abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar denúncias em outro caso investigado pela Operação Lajotas, Diego Machado disse que é favorável, mas que “há preocupação que este ato não atrapalhe os trabalhos que estão em andamento pela Policial Civil e o Gaeco”.
*Com informações da Câmara de Vereadores de Joinville
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