Deputada de Joinville é a primeira mulher negra a assumir vaga na Alesc desde 1934

Deputado Padre Pedro (PT) pediu licença para tratar assuntos pessoais

Deputada de Joinville é a primeira mulher negra a assumir vaga na Alesc desde 1934

Deputado Padre Pedro (PT) pediu licença para tratar assuntos pessoais

Yasmim Eble

A deputada Professora Vanessa da Rosa (PT) irá assumir a vaga na Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina (Alesc) do deputado Padre Pedro (PT) a partir do dia 19 de outubro. Ela será a primeira mulher negra a assumir uma cadeira da assembleia desde 1934, quando Antonieta de Barros foi eleita. 

O deputado pediu a licença para tratar de assuntos pessoais por 33 dias e voltará à Alesc no dia 21 de novembro. A deputada é a primeira em 89 anos a assumir uma cadeira na Alesc, após Maria Antonieta de Barros ser eleita como primeira mulher negra do Brasil e Santa Catarina. Para a Professora Vanessa foi um impacto descobrir que assumiria a vaga. 

“Eu recebi a notícia com muito susto, foi um impacto, pois eu estava trabalhando a tarde quando recebi a ligação. Não esperava essa notícia quase no final do ano. Mesmo assim, aceitei com muita felicidade”, conta. Para a deputada, é significativo receber essa oportunidade de fazer história e representar as mulheres de modo geral, mas em específico as mulheres negras de Santa Catarina. 

Quase nove décadas depois, nenhuma mulher negra foi eleita para assumir um cargo na Alesc. Vanessa relata que, por conta disso, o mandato embora curto, é extremamente simbólico. “Temos um número mínimo de mulheres nas assembleias legislativas do Brasil, somos 18%. Desse número, apenas 7% são mulheres negras”, relata. O número subiu desde a última eleição, pois em 2022 apenas 2% das deputadas estaduais eram negras. 

“Receber essa oportunidade e ter a possibilidade de fazer história é extremamente significativo para mim”, acrescenta. 

Pautas

Segundo a deputada, as principais pautas durante os dias de mandato serão voltadas à educação, a defesa das mulheres, o combate à intolerância religiosa e a igualdade de gênero.  “Eu como professora tenho como pauta prioritária a educação pública, gratuita, laica e de qualidade. Os casos absurdos de violência contra mulher, em todas as esferas, inclusive parlamentar, também estão dentro das minhas pautas”, disse Vanessa. 

A urgência em política públicas de combate a violência contra mulheres e a garantia de uma educação antirracista são demandas apresentadas pela deputada. “O racismo é um mal que assola nossa sociedade. O Brasil viveu 400 anos de escravidão, os resquícios desses anos são extremamente evidentes no país de forma cotidiana”, relata. 

Outras pautas discutidas pela parlamentar são a intolerância religiosa e as pautas de igualdade de gênero. “Nosso congresso e assembleias são espaços extremamente machistas e brancos. Os homens legitimaram a entrada e a permanência nesses espaços. Então toda luta que nós mulheres empreendemos para romper essa lógica é válida”, completa.

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