Deputados de Joinville são a favor de PEC do adiamento das Eleições
Proposta prevê o pleito em novembro, passou pelo Senado e deve ser votada na Câmara na próxima semana
Proposta prevê o pleito em novembro, passou pelo Senado e deve ser votada na Câmara na próxima semana
Os três deputados federais de Joinville se preparam para votar a favor da PEC 18/20 que agenda para os dias 15 e 29 de novembro as Eleições municipais. Até então, a previsão é que o pleito ocorra em 4 e 25 de outubro. A proposta foi aprovada em dois turnos no Senado e agora vai para a Câmara. Coronel Armando (PSL), Darci de Matos (PSD) e Rodrigo Coelho (PSB) são favoráveis.
“Devido a atual situação de pandemia, toda ação para frear o contágio é bem-vinda”, acredita Coronel Armando.
“Eu acho importante que nós ganhamos um mês. Um mês no início do verão, que é um período mais quente e, até lá, a gente imagina que o pico da pandemia tenha caído um pouco mais. Portanto, acho interessante a ideia orientada pelos infectologistas e cientistas da saúde”, declara Darci de Matos.
Infectologistas e cientistas participaram de um debate no Senado no dia anterior a votação da PEC e defenderam que o pleito não ocorresse no mês de outubro.
“Considero ser uma decisão prudente e correta, tendo em vista o momento sanitário que passamos. Não podemos, de maneira alguma, levar as pessoas às urnas colocando a saúde delas em risco. Esse tempo maior até a data do pleito dará às autoridades mais tempo para implementar medidas de segurança aos eleitores”, defende Rodrigo Coelho.
Apesar dos três deputados joinvilense declararem voto favorável a PEC, o clima não é de tranquilidade na Câmara. Na quinta-feira, o presidente Rodrigo Maia afirmou que a proposta ainda não tem maioria dos votos na Casa.
A PEC precisa ser aprovada em duas turnos com voto favorável mínimo de três quintos da Casa, ou 308 dos 513 deputados.
Segundo a Agência Câmara, em coletiva, Maia considerou legítimo que os parlamentares defendam a manutenção da data das eleições, mas criticou os prefeitos que pressionam os deputados a não alterarem a data.
“É interessante a pressão de prefeitos por recursos porque a pandemia atinge os municípios com alto número de infectados, a economia caindo e ao mesmo tempo, uma pressão pelo não adiamento. Se não precisa adiar a eleição, é porque não tem mais crise nos municípios”, disparou.
A discussão no Congresso não é apenas se as Eleições ocorram em outubro ou novembro. Há movimento também que pede o adiamento para 2022, prorrogando os mandados dos prefeitos e vereadores eleitos. E a partir de 2022, todos os cargos passariam a ser votados em Eleições Gerais a cada quatro anos. Dois dos três deputados joinvilenses apoiam a medida.
“Entre a eleição ocorrer em outubro ou em novembro, eu escolho a segunda opção. Porém, na minha opinião, seria muito melhor se unificássemos as eleições municipais com as eleições federais e estaduais que ocorrerão em 2022. Isso geraria uma grande economia de recursos públicos que poderiam ser direcionados ao combate da pandemia”, argumenta Coronel Armando.
“O correto mesmo era prorrogar o pleito e coincidir todas as eleições para daqui a dois anos. A gente evitaria gastos, evitaria realização das eleições em momento de crise de saúde e econômica, e ficaria muito melhor. O Brasil não suporta mais eleições de dois em dois anos”, defende Darci de Matos.
Essa proposta, porém, tem chance menos de sucesso. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, foram alguns dos que já se manifestaram contrários a ideia.