Deputados de Joinville do tribunal misto comentam processo de impeachment

Kennedy Nunes é relator no processo, enquanto o Sargento Lima fará parte da votação

Deputados de Joinville do tribunal misto comentam processo de impeachment

Kennedy Nunes é relator no processo, enquanto o Sargento Lima fará parte da votação

Fernanda Silva

Dois deputados estaduais eleitos em Joinville participarão do tribunal misto que irá votar o impeachment do governador Carlos Moisés e da vice Daniela Reinehr, nesta sexta-feira, 23. Kennedy Nunes (PSD) é relator do processo e Sargento Lima (PSL) fará parte da votação.

Mesmo sendo do mesmo partido que o governante do Estado, Lima conta que a sigla não interferiu no seu voto, que já está definido e será divulgado somente durante a sessão. Ele defende que as escolhas do seu mandato pertencem a ele e aos catarinenses que o elegeram, não ao partido.

O deputado joinvilense também conta que estudou e se preparou para participar da votação. “Estaremos decidindo os rumos de Santa Catarina. O voto precisa ser consciente”, declara.

Para Lima, os próximos dois anos serão cruciais para a reconstrução do Estado e destaca a economia, principalmente por conta da pandemia do Covid-19. “Tenho total ciência da importância do momento em que estamos vivendo”, comenta.

Enquanto o Sargento Lima espera que a sessão seja tranquila, o relator do processo, Kennedy Nunes, preferiu não falar de suas expectativas para esta sexta-feira. “Eu só vou poder falar depois da sessão”, afirma.

A votação acontece na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) e está marcada para às 9 horas. O presidente do Tribunal, desembargador Ricardo Roesler, mandou fechar a rua de acesso à Alesc no dia de votação: apenas carros autorizados podem circular.

Para que a denúncia seja aceita, é necessário maioria simples – seis entre os dez membros – em favor da admissibilidade. Com isso, Carlos Moisés e Daniela Reinehr ficam afastados dos cargos até sentença final. Se a decisão for pelo não prosseguimento da acusação, o caso é arquivado.

A ordem de votação segue o critério de alternância, ou seja, após o relator, um desembargador, depois um deputado, e assim por diante. Votam primeiro os que têm mais experiência no cargo. Roesler só votará em caso de empate.


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