Desenvolvedora de calcinhas absorventes, empresa de Joinville é selecionada em Fórum Mundial de Economia Circular
Tecnologia permite produzir calcinhas com processos mais sustentáveis
Tecnologia permite produzir calcinhas com processos mais sustentáveis
A Diklatex, empresa de Joinville, foi selecionada como um dos 49 casos exemplares de economia circular no e-book lançado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) durante o Fórum Mundial de Economia Circular, realizado neste mês de maio, pelo desenvolvimento de um tecido 100% absorvente para calcinhas menstruais.
A tecnologia desenvolvida pela Diklatex será usada em um combo de camadas têxteis inteligentes capazes de absorver e bloquear os fluidos do corpo – menstruação, escapes e vazamentos da incontinência urinária.
Fórum Mundial de Economia Circular
A iniciativa é resultado de uma chamada pública internacional, que mapeou práticas de economia circular em toda a América Latina e Caribe. O processo contou com 275 projetos inscritos, provenientes de sete países e de empresas de todos os portes, apresentando soluções que vão desde ações de reciclagem até novos modelos de negócios baseados em inovação tecnológica. Destes, 204 foram selecionados para avaliação e 49 estão no e-book.
Undertech
A têxtil de Joinville foi reconhecida pelo case da Undertech, uma tecnologia têxtil da Diklatex para calcinhas menstruais. O projeto visa oferecer um produto reutilizável, mais acessível e sustentável, reduzindo resíduos sólidos em comparação aos absorventes descartáveis.
A tecnologia empregada na fabricação permite produzir calcinhas 100% têxteis com processos mais sustentáveis, reduzindo em até 90% o consumo de água e 60% as emissões de CO2. Lançado na Febratex 2022, o Undertech foi promovido na campanha #EstouJuntoContraaPobrezaMenstrual, em parceria com LYCRA® e Audaces, resultando na doação de 673 calcinhas absorventes.
Práticas selecionadas
A seleção das boas práticas pela CNI/FIESP foi conduzida com critérios rigorosos, sob análise de especialistas independentes das entidades organizadoras, que avaliaram cada iniciativa conforme cinco aspectos: adequação ao regulamento da chamada; potencial de replicabilidade e escalabilidade; impacto ambiental, econômico e social; caráter inovador e dimensão do problema abordado.
O resultado é um compilado de 49 casos exemplares, organizados por segmentos industriais, que ilustram como as empresas estão redesenhando processos, produtos e estratégias com ganhos concretos para o meio ambiente e a economia. No setor têxtil, a Diklatex figura ao lado de marcas como Malwee, Lunelli e Fraldas do Sul, reforçando a força e o protagonismo da indústria catarinense no tema.
“Esse reconhecimento confirma a seriedade do nosso compromisso com a sustentabilidade e a economia circular. Temos trabalhado para transformar nossos processos produtivos, investindo em inovação e na redução do impacto ambiental, sem perder a competitividade e a qualidade que sempre caracterizaram a Diklatex”, observa André Játiva, CEO da empresa.
Entre as conquistas mais importantes nos últimos anos, Játiva destaca a operação com 100% de energia elétrica proveniente de fontes renováveis e a redução significativa do consumo de água por quilo de tecido produzido, com tecnologias que permitem economia de até 60% de água. Além disso, 21% da produção atual da Diklatex já utiliza matérias-primas recicladas, renováveis ou de degradação acelerada, com a meta de atingir 35% até 2028.
A publicação reúne ainda outros 48 cases de setores como automotivo (Hyundai, Toyota, Volkswagen), mineração e siderurgia (Gerdau, Vale), papel e celulose (Klabin, Suzano), energia e agronegócio (MWM-Tupy, Ambipar) e embalagens (Inpev, Eco Panplas), consolidando-se como uma referência internacional de boas práticas industriais.
Palácio Episcopal foi construído para primeiro bispo de Joinville, inspirado no estilo barroco: