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Por Sabrina Quariniri
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A Associação Empresarial de Joinville (Acij) completa 110 anos nesta terça-feira, 16. A entidade foi fundada em 1911, quando a cidade ainda tinha 25 mil habitantes.
Desde então, a história da Acij é marcada por projetos e lutas em prol do empresariado joinvilense e da comunidade em geral.
Por isso, o jornal O Município Joinville reuniu dez motivos para celebrar esta data histórica. Cada item é uma pauta ou ação encabeçada pela Acij, que vai desde a apoio em catástrofes até a luta por desenvolvimento econômico e social.
1 | Cooperativa para baixar custo de alimentos na Primeira Guerra
Após o início da Primeira Guerra Mundial, em 1914, o Brasil passou a exportar alimentos para países que pertenciam à Tríplice Entente — aliança militar entre Reino Unido, França e Rússia. No ano seguinte, as exportações foram aceleradas e a inflação ficou 189% mais alta. Consequentemente, a oferta de alimentos para consumo interno era baixa e os produtos ficaram mais caros.
Por conta disso, em 1917, trabalhadores da indústria e do comércio paralisaram suas atividades em todo país reivindicando direitos e melhores condições trabalhistas. O movimento ficou conhecido como Greve Geral de 1917.
Neste cenário, em agosto do mesmo ano, a Acij organizou uma cooperativa para vender gêneros alimentícios a preço de custo aos trabalhadores da cidade.
2 | Comissão de Pavimentação das ruas centrais de Joinville
Em 1946, a Acij criou a Comissão de Pavimentação que visava consertar, retificar, reconstruir e pavimentar ruas centrais em Joinville.
Na época, as ruas que receberam intervenções foram Duque de Caxias (atual João Colin), rua do Porto (atual Nove de Março) e Rua do Príncipe.
3 | Auxílio durante surto de malária na década de 1940
Na década de 1940, Santa Catarina foi bastante afetada com a malária, chegando a registrar 26.724 casos simultâneos da doença.
Com o avanço da malária, vários postos de combate à doença foram criados, inclusive, em Joinville. Em março de 1946, quando a malária atingiu seu pico, a Acij auxiliou financeiramente o Posto de Combate de Joinville.
4 | Busca de soluções para a crise energética nos anos 40
Em 1945, o Brasil vivia uma rotina de apagões que afetava desde grandes cidades a localidades do interior do país. Antes da criação da Eletrobrás, projeto de lei enviado ao Congresso Nacional pelo então presidente Getúlio Vargas, o país dependia de duas multinacionais para geração de energia.
Sem o interesse das iniciativas privadas em regiões menos lucrativas, os estados mais ricos, como São Paulo e Minas Gerais, passaram a distribuir eletricidade para as outras regiões do país. No entanto, por conta da demanda, as empresas não davam conta e o serviço acabava sendo escasso. Neste cenário, a Acij liderou uma grande mobilização em busca de soluções para a crise energética em Joinville.
5 | Instalação de cursos do Senac, Sesc e Senai
Em maio de 1945, a Acij participou da histórica Conferência de Teresópolis (RJ), onde representantes da agricultura, da indústria e do comércio de todo país se reuniram na cidade a fim de realizar uma análise aprofundada sobre a situação da economia nacional.
A partir do evento, foi lançada a Carta Econômica de Teresópolis. No ano seguinte, um grupo de empresários lançou a Carta da Paz Social, que propunha o custeio de serviços sociais aos trabalhadores com recursos das classes patronais. O encontro culminou na criação do Senac.
Em março de 1947, a entidade iniciou um trabalho pela instalação de unidades do Senac, Sesc e Senai em Joinville.
6 | Luta pela pavimentação, duplicação e segurança da BR-101
Em 1961, a Acij começou a discutir o asfaltamento da BR-101. Três anos depois, a entidade criou o Comitê Permanente Pró-Conclusão das Obras da Rodovia, antiga BR-59.
Novamente, em 1967, a entidade se mobilizou para garantir a inclusão da pavimentação da BR-101 dentre as prioridades do governo federal. Em 1974, promoveu a discussão em torno da duplicação da BR-101.
Na década de 1990, a entidade encabeçou um grande movimento, aliada aos três estados do Sul, a fim de reivindicar a duplicação da rodovia. Seis anos depois, esteve presente na solenidade de assinatura do financiamento para a obra de duplicação.
De 1997 a 1999, a Acij fez uma campanha reivindicando segurança na duplicação do trecho norte da BR-101 e contratou um laudo técnico sobre a rodovia, obrigando o governo a rever erros de projeto e execução da obra.
7 | Proposta de construção do hospital regional
Em 1975, a Acij enviou uma proposta ao governo estadual de Santa Catarina para a construção de um hospital regional em Joinville. Nove anos depois, no dia 15 de março de 1984, o Hospital Hans Dieter Schmidt foi inaugurado.
8 | Campanha para arrecadar fundos ao Hospital São José
Em 2013, a Acij lançou a campanha “Eu Abraço o São José”, que teve por objetivo arrecadar R$ 1 milhão em fundos para atender as demandas emergenciais do Hospital Municipal São José.
Por meio da venda de camisetas, a entidade reverteu o montante em equipamentos e melhorias no hospital.
9 | Duplicação do Eixo Industrial de Joinville
Mais recentemente, a Acij teve um papel importante na mobilização para a duplicação da avenida Santos Dumont. A obra, iniciada em 2013, foi concluída em 2018.
Na sequência, a entidade novamente se mobilizou pela duplicação da Hans Dieter Schmidt e Edgar Meister, que deve ser concluída no fim de 2021, e deu origem ao Eixo de Desenvolvimento Norte, um pacote de obras que inclui o elevado da Hans Dieter, abertura do eixo k, abertura da Almirante Jaceguay, revitalização da Edmundo Doubrawa e duplicação do trecho urbano da rua Dona Francisca.
10 | Mobilização durante a pandemia de Covid-19
Durante a pandemia da Covid-19, a entidade se mobilizou para auxiliar a população joinvilense por meio de doações de cestas básicas, equipamentos de proteção para a saúde pública, respiradores para hospitais e centro de triagem.
Além disso, o comitê de crise da Acij auxiliou na abertura de 83 novos leitos no Hospital Municipal São José.
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