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Menino confecciona máscaras para presentear colegas em Joinville

Máscaras serão entregues nesta quarta-feira como presente de Dia das Crianças

O pequeno joinvilense Victor do Nascimento tem apenas oito anos, mas um coração do tamanho do mundo. Em meio à pandemia do coronavírus e a retomada das aulas presenciais nas escolas estaduais, municipais e privadas, Victor resolveu usar as habilidades dele e da mãe na costura para fabricar máscaras para os colegas de turma. Os itens serão entregues como presente de Dia das Crianças, comemorado nesta terça-feira, 12.

Ele passou horas fazendo as máscaras junto da mãe, Adriana Krischanski Cosa do Nascimento, para doar aos amigos, colegas e professores da Escola Municipal Prof Zulma Rosário Miranda, no bairro Costa e Silva.

A entrega acontecerá nesta quarta-feira, 13, e o objetivo de Victor é que todos os colegas fiquem protegidos e possam ter uma máscara mais confortável.

Arquivo Pessoal

A ideia partiu do próprio garoto que pediu permissão para usar um tecido diferente para fazer as máscaras. Anteriormente ele já havia tentado fazer com um tecido de cetim, mas sem sucesso.

“Eu gostei bastante de fazer as máscaras. A mãe tinha um molde e eu pegava ele, colocava em cima do pano e fazia. Fiz para cada colega e quatro professores”, conta Victor.

A mãe de Victor, Adriana, trabalha com costura desde os 18 anos e há dez tem sua própria facção. “Meus filhos sempre estiveram presentes ali nesse ambiente, fazer peças e ajudar na costura virou um passatempo para eles”, conta.

As máscaras começaram a ser feitas logo no início da pandemia, com a demanda vinda das empresas, e assim ela começou a fazer máscaras para a família e para doar para outras pessoas.

Victor e a irmã, Victoria, na confecção da mãe | Foto: Arquivo Pessoal

“A gente sabe costurar e nem todo mundo sabe. Às vezes uma máscara pode ser muito cara, por isso sempre doamos as que fazemos”, diz Adriana. Esse mesmo pensamento foi o que motivou Victor a produzir as máscaras, além de um senso de proteção contra o vírus.

Segundo a mãe, o pequeno sempre foi muito consciente quanto ao coronavírus, principalmente por conta de sua irmã mais nova, que tem doenças respiratórias e está no grupo de risco. “Ele diz querer que todos que ele ama estejam protegidos”, relata.

Durante a produção Victor estava bem animado e ficou durante horas riscando os moldes das máscaras no tecido. A produção foi feita pela mãe, mas supervisionada de perto pelo menino.

Atitude nobre

Para a professora regente, Silvania Kohn Vanderlinde, a atitude de Victor é motivo de orgulho e inspiração. “É uma emoção para a gente. Nós não estamos acostumados com atitudes assim e observar algo tão altruísta vindo de uma criança é emocionante”, diz com lágrimas nos olhos.

A professora também relata já ter percebido diversos traços solidários no pequeno com os colegas e amigos. A atitude apenas ressaltou, as qualidades já presentes no menino.

“Uma atitude muito nobre que mostra como há crianças que se preocupam um com o outro, é lindo de se ver”, conta a diretora Josilene Reinert da Silva. Ela ressalta que a escola municipal preza pela proteção e cumprimento das medidas protetivas contra a Covid-19.

Victor escreveu bilhetes e colocou na embalagem com a máscara | Foto: Arquivo Pessoal

“Ver que eles estão conscientes do perigo do vírus e das formas que podemos nos proteger é muito positivo”, finaliza a diretora. Além disso, Victor e seus primos estão combinando de produzirem travesseiros com as sobras de tecido para doar as pessoas em situação de vulnerabilidade de Joinville. “A reportagem incentivou ele ainda mais e agora ele quer ajudar ainda mais pessoas”, conta a mãe.


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