Dia dos Namorados: em quarentena, casais celebram o amor à distância
A pandemia do coronavírus mudou a forma como os casais comemoravam o Dia dos Namorados
A pandemia do coronavírus mudou a forma como os casais comemoravam o Dia dos Namorados
Jantares românticos, velas, taças, trocas de presentes e surpresas. Esses, são alguns elementos que marcam o Dia dos Namorados. Neste ano, porém, a pandemia do coronavírus fará com que muitos casais comemorem o 12 de junho em quarentena, cada um da sua casa.
Por conta da distância e do tempo separados, a data passou a ser especial para o jornalista Lucas Cordeiro, 23 anos, e o namorado Alexandro Olivo, 25, desenvolvedor de software. Há três meses sem se ver, o casal vive a 600 quilômetros de distância.
Cordeiro mora em Joinville e Olivo se mudou no fim de 2019 para Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, a trabalho. Antes da pandemia, eles se encontravam ao menos duas vezes por mês.
Há quatro anos juntos, o jornalista conta eles não costumavam dar atenção ao Dia dos Namorados, mas que com a distância, a data se tornou importante. “Pequenas ações se tornam mais especiais”, explica.
Então, apesar de não poderem se ver pessoalmente, os dois não deixarão de comemorar, os presentes serão trocados por correio e o encontro será online, para poderem jantar e beber juntos, separados apenas fisicamente.
Apesar de não comemorarem o Dia dos Namorados, os psicólogos Juliana Lima Medeiros, 37, e Nasser Haidar Barbosa, 37, também encontraram na videochamada uma forma de celebrarem juntos dois anos de casados, completados recentemente. No menu, sushi e suco de uva, para imitar o vinho, já que Juliana não bebe, pois está amamentando o filho do casal, de cinco meses.
Eles estavam juntos em Joinville quando a pandemia começou, mas decidiram que seria melhor se a esposa retornasse a casa dos pais, no Rio Grande do Sul, já que Barbosa trabalha na área da saúde. “Decidimos pelo isolamento. Não queríamos arriscar”, afirmou o psicólogo. São 900 quilômetros que separam a família, mas os vídeos e as redes sociais ajudam a matar um pouco da saudade.
No início da pandemia, os publicitários Elaine Cristina Constancio, 27, e Igor Moreir Fischer, 28, ficaram separados, em isolamento social, por duas semanas, apenas trocando mensagens por aplicativo e conversas no telefone.
“Mas a saudade foi apertando, a ansiedade nos destruindo e acabamos nos vendo no terceiro fim de semana”, lembra Elaine. A ansiedade marcou o período de quarentena do casal, mas o apoio um do outro foi muito importante para enfrentarem juntos o momento.
Quando optaram por voltar a se encontrar, decidiram levar as medidas de prevenção ainda mais à risca. A ansiedade, segundo Elaine, contribui para que o casal seja ainda mais cuidadoso. Como usam o Uber, além da máscara, ao chegarem em casa, eles se higienizam e não vestem mais a roupa usada na viagem.
Pensando na prevenção, os publicitários não comemorarão o Dia dos Namorados em restaurantes ou lugares públicos. A ideia é evitar aglomerações e preservar a saúde deles e de outras pessoas. Por isso, vão ficar em casa, assistindo filmes e aproveitando a companhia um do outro. “Somos um casal simples. Basta pouco para sermos felizes”, diz Elaine.
Ao som de Doralyce e Bia Ferreira, inspiração para o casal, a publicitária Mariana Bittencourt, 27, e a professora Aliuscha Martins, 33, também vão passar a data longe de aglomerações. Em casa, as duas farão o próprio menu, pastinhas e brusquetas. E claro, a companhia dos amigos de quatro patas, os gatos.
Para fortalecer o comércio local em tempos de pandemia, pães e bebidas serão comprados de amigos, pequenos produtores da cidade.
Para elas, é importante que quem possa, fique em casa, como é o caso. “Temos o privilégio de poder respeitar a quarentena e iremos aproveitar uma a companhia da outra”, conta Mariana.