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Diretor de arbitragem da FCF comenta anulação de gol do Barra que garantiu classificação do JEC
Ele entende que houve um erro de procedimento
No início da tarde desta segunda-feira, 24, o diretor de arbitragem da Federação Catarinense de Futebol (FCF), Kléber Lúcio Gil, definiu como “erro de procedimento gestual” a polêmica causada após o Barra Futebol Clube ter o gol invalidado na partida contra o Caravaggio no sábado, 22, na última rodada da primeira fase do Campeonato Catarinense. O resultado da partida garantiu a classificação do Joinville Esporte Clube (JEC).
Em coletiva de imprensa, Kléber ressaltou regras de jogo para justificar o acontecimento.
Conforme a regra cinco, o árbitro tem poder para alterar uma decisão após o fim do tempo de jogo se permanecer no campo. “Nesse fato específico, a equipe de arbitragem, bem como todos os jogadores, permaneceram dentro do campo de jogo e a decisão foi tomada dentro do campo de jogo”, diz o diretor de arbitragem. “As reclamações, os protestos dos jogadores e das equipes ao final da partida refletem a decisão que o árbitro tomou no campo de jogo. A regra é muito clara com relação a essa situação”, complementa.
Kléber ainda cita que a regra deixa claro que o árbitro tem poder de alterar uma decisão baseado em informações recebidas pelos assistentes.
Porém, ele admite que houve um erro na transparência. “Nesse caso, tivemos um erro de procedimento gestual. As equipes sabiam, mas quem estava por fora, torcedores, a imprensa, não tinha noção do que estava acontecendo, e esse é o grande problema dessa decisão tomada”, analisa.
Contudo, não entende que isso afeta a decisão. “Mesmo que ele não cumpra os procedimentos normais, o mais importante é que a regra seja preservada”, afirma o diretor de arbitragem.
“Erros de procedimento, no sentido de externar e dizer que o gol foi anulado, ou o gol foi validado, são erros gestuais, ele não pode cometer um erro que fira a regra do jogo. Nesse caso, com relação a essa partida e a essa decisão, todas as decisões foram tomadas baseadas na regra do jogo”, ressalta Kléber.
O diretor cita ações que poderiam ter sido tomadas pela arbitragem para dar mais transparência à situação. “Depois de marcar falta, ir para o local da falta, esperar o goleiro se recuperar e decidir que foi falta, mostrar claramente que marcou a falta, isso é o básico da regra do jogo”, comenta.
“A imagem mostra quando ele estava no meio, cercado de alguns jogadores, ele com o braço para cima, cruzando eles e dando o sinal de que o gol teria sido anulado, mas podia ter sido mais claro”, avalia Kléber. Coloca que poderia ter retirado os jogadores, acompanhado o goleiro que estava jogado no chão. “E até posicionar tudo mundo para uma falta e depois acabar o jogo, mas deixar claro que marcou a falta. Acho que isso seria muito mais adequado e, de repente, a gente não estaria conversando sobre isso”, finaliza.
Barra vai acionar TJD-SC
O clube empatava com o Caravaggio, em Nova Veneza, até o último lance da partida. Após cruzamento na área, já aos 50 minutos, o zagueiro Natan disputa bola com o goleiro do Caravaggio, que fica caído no gramado. A bola entra no gol e os jogadores do Barra comemoram.
Em vídeo que circula nas redes sociais, é possível ver que o árbitro da partida, Bráulio da Silva Machado, aponta para o meio de campo e logo em seguida faz sinais com a mão encerrando a partida. Porém, em decisão posterior, Machado anula o gol.
Questionado sobre uma possível anulação da partida, Kléber diz que é uma questão jurídica e cabe a Justiça entender se fere ou não a regra do jogo.
Assista ao vídeo:
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