Diversão em família: pais e filhos participam juntos do GP de Rolimã em Joinville
Evento acontece neste domingo no bairro João Costa
Como forma de resgatar essa antiga brincadeira, o Grande Prêmio (GP) de Rolimã de Joinville acontece desde 2008. Sem edições durante a pandemia, o evento chega a sua 12ª edição neste domingo, 12, e conta com a participação daqueles que aprenderam a amar o velho brinquedo, não importando idade e gênero.
Criado entre as décadas de 60 e 70 na região Sudeste do Brasil, o carrinho de rolimã é um dos brinquedos mais conhecidos no país. Simples de ser feito, normalmente de forma artesanal, ele deixou diversas marcas, físicas e emocionais, ao longo do tempo em quem descia ladeira abaixo.
A ideia foi de Elias Petry, de 52 anos e o grande motivo foi a nostalgia. “Foi a saudade da rapaziada e dessa brincadeira de infância. Em um bate-papo, resolvi fazer o primeiro GP. Com a pandemia, ele não aconteceu. No início, o número de pessoas era menor, mas, a cada ano, foi crescendo conforme o pessoal foi tendo conhecimento”, comenta.
Ao transitar pelo evento, é possível notar o encontro geracional, que fica exemplificado pelo pequeno Taylor Amaral, de 10 anos. Trazido pelo pai, Anderson Amaral, de 43 anos, há alguns anos, ele pegou gosto pela brincadeira e, na edição de 2022, foi o campeão da sua categoria. “Foi meu pai que me trouxe. Na primeira vez que vim, eu tinha seis anos de idade”, relembra.
Anderson, além de um incentivador do evento, é o locutor pelo quinto ano consecutivo e exalta o Grande Prêmio de Rolimã. “É algo maravilhoso, para toda a família e é uma grande satisfação fazer parte,, porque vemos as pessoas vivendo e resgatando o rolimã. Sobre a locução, o pessoal gosta bastante, porque é algo diferente e divertido. Então, é muito bom”, explica.
Mais um exemplo de que o rolimã não tem idade é Matheus Borba, de 21 anos. Para ele, o evento é quase sacro. “Eu soube do campeonato por um parente que me avisou. Comecei a treinar. Meu primeiro ano foi em 2021 e gostei muito. Depois, eu e meu pai viemos também. Desde então, participamos todo ano. Nós deixamos alguns compromissos com a família, com a namorada, mas não deixamos de vir aqui. Já é sagrado”, fala.
Jefferson da Cruz leva toda a família para o evento e seus dois filhos já começam a cair seus primeiros tombos de rolimã. “Tenho uma menina de quatro anos, que anda desde os três, e um menino de sete, que anda desde os cinco, e eles adoram. Todo fim de semana, nós saímos e eles brincam”, conta ele.
Para Jefferson, a principal mensagem que a brincadeira pode passar é sobre a vida. “Querendo ou não, eles aprendem alguns valores. Se eles caírem, têm de levantar novamente, porque não adianta ter medo da vida. É uma alegria passar isso para a família. Eu já caí e levantei diversas vezes. Aprendi com isso”, afirma.
Pai e filho também compartilham da alegria de fazer parte desse mundo. “É emocionante, porque criamos vínculos e afeto com as pessoas. É isso. Tem a competição, mas o mais importante mesmo é a diversão. O pessoal vem aqui para se divertir e o campeonato fica em segundo plano. Essa é a nossa gratificação”, comenta Anderson.
“Aqui, podemos nos divertir. Às vezes, podemos nos machucar, mas, depois de uns minutinhos, melhoramos e descemos de novo. Eu ganhei ano passado, mas não pratico nem treino. Venho aqui só para me divertir”, explica Taylor.
O tempo passado entre pai e filho, para Matheus, também é um dos motivos que torna o GP especial. “Eu e meu pai somos praticantes na família. Vimos aqui brincar, curtir, cair uns tombinhos faz parte, mas é sensacional. É show de bola. Na noite que antecede a corrida, nós não dormimos por conta da ansiedade”, afirma.
Já para o idealizador do Grande Prêmio de Rolimã de Joinville, Elias Petry, garante que o encontro familiar é o seu maior orgulho. “O mais legal, para mim, é essa integração que vemos. As famílias juntas, os pais brincando com os filhos, tudo isso não tem preço. Tirar a criançada da frente do videogame e do celular, e trazê-las para cá é uma satisfação”, finaliza.”
Assista agora mesmo!
Sargento Junkes leva o pai e o irmão para o bar da Zenaide para contar histórias de família: