Domingos Musicais é retomado com homenagem ao imigrante em Joinville
O evento conta com uma edição comemorativa aos 174 anos de Joinville
O evento conta com uma edição comemorativa aos 174 anos de Joinville
A Sociedade Cultural Alemã Joinville vai retomar os Domingos Musicais com a tradicional homenagem ao imigrante. O evento também abre o calendário dos Domingos Musicais 2025 com uma edição comemorativa aos 174 anos de Joinville. O evento ocorrerá na sociedade, que fica na rua XV de novembro, 1000, no bairro América.
A homenagem ao imigrante resgata a trajetória do mestre em tinturaria Carl Friedrich Gustav Hoepfner, que desembarcou na colônia em 1855. Na ocasião, com a presença do tataraneto Adalberto Hoepfner, será depositada uma coroa de flores no túmulo da família. A celebração está marcada para às 8h e faz parte da programação organizada pela prefeitura para a data.
Em seguida, às 10h30, o palco dos Domingos Musicais recebe o jazz do Quarteto Revoada. Na sala de exposições, haverá a mostra “As Colônias Alemãs no Norte de Santa Catarina (Região Sul do Brasil)”, do fotógrafo Peninha Machado.
“A exposição traz um grande painel com imagens que retratam a trajetória dos imigrantes durante a colonização de Joinville e região, cuja base são ilustrações e fotografias centenárias, que representam, sem dúvida, um inestimável acervo histórico”, destaca o presidente de honra da Cultura Alemã, Carlos Adauto Virmond.
Carl Friedrich Gustav Hoepfner nasceu em 19 de fevereiro de 1830. A sua origem familiar procede da Alemanha, cidade de Jena, Turíngia. Carl se formou em tinturaria na universidade de Jena e iniciou sua jornada de aperfeiçoamento através das províncias alemãs. Com a esposa, Johana Brockmann, e o primeiro filho, Eduard, de apenas cinco anos, deixaram o porto de Hamburgo em 22 de maio de 1855 e desembarcaram na Colônia Dona Francisca no dia 2 de agosto.
Por necessidade do ofício de mestre em tinturaria, se estabeleceu próximo a riachos onde hoje é a rua Independência, próximo ao morro Kaesemodel. Seus produtos atendiam São Francisco do Sul, Itajaí e, mais tarde, Desterro (Florianópolis) onde viria a instalar uma filial da tinturaria. O “velho tingidor”, como era conhecido popularmente, faleceu no dia 20 de junho de 1915 aos 85 anos.
O recém-criado grupo musical Quarteto Revoada é formado pelos instrumentistas Alex Reimann (acordeom), Judson Dinali (guitarra), Michel Falcão (baixo) e Cadu Floriani (bateria). Com um repertório que transita pelo jazz e pela música instrumental, o quarteto foca em composições autorais e versões próprias de standards consagrados, explorando a liberdade criativa que é a essência do jazz.
“Revoada traduz a fluidez, o movimento e a leveza que definem a improvisação musical. Assim como o voo de pássaros em revoada é imprevisível e dinâmico, o som do quarteto é marcado pela constante busca por inovação e diálogo musical”, diz o guitarrista Judson Dinali.
Na sala reservada da Cultura Alemã, o fotógrafo Peninha Machado vai expor 24 imagens inspiradas na litografia de Mühl Meister e Jöhler, produzida em Hamburgo em 1898. O quadro estava entre os pertences do seu tio-bisavô nascido na República Tcheca. A gravura conta um pouco da história de Joinville e do Vale do Itajaí.
Esse trabalho se baseou no relatório de viagem de Franz Giesebrecht (1866-1917) que incluía ilustrações bico-de-pena de Paul Hutscha (1872-1935) e fotografias produzidas pelo estúdio de Carlos Van Zeska e Carlos Wiese, de Joinville, e de Franz Scheidemantel e Alvin Seliger, de Blumenau.
Peninha é reconhecido em Joinville pelos anos de trabalho no jornal “A Notícia”, Associação Empresarial (Acij) e Bombeiros Voluntários.
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