Dupla é condenada por chacina que vitimou cinco pessoas em Araquari
Crime aconteceu em dezembro de 2019
Crime aconteceu em dezembro de 2019
Dois acusados pelo homicídio de cinco pessoas e pela tentativa de outras duas vítimas foram condenados pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), em Araquari. Outras seis pessoas também são acusadas da chacina.
Os acusados Eduardo Teixeira e Gilberto Alves de Lima foram penalizados com 56 anos e três meses e 44 anos de prisão respectivamente. Presos preventivamente, eles não poderão recorrer em liberdade, por conta do risco de fuga e da segurança dos sobreviventes.
Os crimes ocorreram em 2019 e foram cometidos na disputa de organizações criminosas pelo tráfico de drogas na região. Três dos demais seis réus deverão ser julgados no mês de março.
Conforme relata a ação penal, os crimes ocorreram no dia 6 de dezembro de 2019, na localidade popularmente conhecida como “área de invasão”, em Araquari.
A mando de Eduardo Teixeira, suposto chefes da facção criminosa, três dos acusados – Djonatta Willian da Rocha, Valtencir Alves de Quadros, Anderson Camargo Carneiro e Amilton José Cidral – teriam se dirigido ao local para cometer os crimes.
Lá chegando, após um breve diálogo, os executores teriam sacado as armas e matado as cinco pessoas que estavam na casa. Os réus ainda tentaram assassinar mais duas vítimas, que também se encontravam nas imediações da residência, que só não morreram em razão do pronto atendimento médico recebido e dos projéteis não terem atingidos regiões vitais.
Outros dois denunciados pelo Ministério Público, Rafael Luciano Dutra e Gilberto Alves de Lima, teriam sido os responsáveis por garantir a fuga dos atiradores em uma motocicleta e em um veículo não identificado, fornecer cobertura para eventual aproximação policial e esconder as armas utilizadas no massacre.
A última dos acusados de participação nos crimes é Pâmela Cristina Ferreira dos Santos, companheira de Djonatta, que teria realizado a reserva de dois apartamentos no Hotel San Francisco, situado na Praia do Ervino, na cidade de São Francisco do Sul, para que os atiradores pudessem se esconder.
Os dois levados ao primeiro julgamento – realizado no dia 18 de fevereiro – pela chacina, foram Eduardo Teixeira foi o chefe da organização criminosa, Eduardo Teixeira, e Gilberto Alves de Lima, que auxiliou a fuga dos executores – os primeiros a serem presos preventivamente pelo crime.
Na sessão do Tribunal do Júri, os sete crimes foram qualificados pelo motivo torpe por terem sido cometido com recurso que dificultou a defesa da vítima. Os jurados acolheram integralmente a acusação do Ministério Público e condenaram os dois pelos crimes a eles imputados.
Três dos outros acusados pelos crimes, Valtencir Alves de Quadros, Anderson Camargo Carneiro e Rafael Luciano Dutra deverão ser julgados em sessão no dia 24 de março deste ano. Djonattas Willian da Rocha, Amilton José Cidral e Pamêla Cristina Ferreira dos Santos tiveram o processo cindido, por não terem sido localizados para citação.
O processo contra eles está em fase de instrução e eles ainda não foram pronunciados. Apenas com a pronúncia é reconhecida a existência de indícios suficientes de autoria de crime contra a vida. Para que sejam levados a julgamento pelo tribunal do Júri.
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