“É muito humano”: em Joinville, Guga destaca importância da família para carreira vitoriosa no tênis
Palestra do ex-tenista ocorreu nesta quarta-feira
Palestra do ex-tenista ocorreu nesta quarta-feira
“É muito humano”. Assim definiu Gustavo Kuerten, o Guga, sobre a importância da família durante a carreira vitoriosa no tênis mundial. O ex-tenista esteve nesta quarta-feira, 26, com a palestra “Muito além das quadras” no encerramento do segundo dia da Expogestão 2024, em Joinville.
Tricampeão do aberto de tênis de Roland Garros, o Grand Slam da França, Guga tem no currículo 20 títulos de simples e chegou na primeira posição no ranking mundial de tênis no ano 2000.
Para chegar no topo do mundo, Guga destaca o apoio incondicional da família, que teve que superar a morte de Aldo Kuerten, pai de ex-tenista, em 1985, após um ataque cardíaco enquanto apitava um jogo.
“A gente perdeu o pai dentro da quadra de tênis. Ali era a grande oportunidade do fim. Precisamos fazer um novo começo com aquele episódio. A mãe conseguiu suportar aquele momento que ela teve que ficar com três filhos para criar. Aprendemos a um olhar para o outro e quando sentia essa união que nós tínhamos, era extraordinário”, relembra.
Ao lado de Guga, Rafael Kuerten, gestor da carreira do ex-tenista e empresário, ressaltou a importância da família para chegar aos grandes títulos. “A gente (ele, Guga e a mãe) sempre conversou sobre o que nós queríamos. Mesmo bagunçado, o Guga era comprometido. A gente sabia o que queria. As etapas estavam claras e organizadas para chegarmos onde almejávamos”, reforçou.
Também frisa que não aceitaram propostas comerciais que avaliaram que iria fazer com que o Guga não fosse ele mesmo. “Não poderíamos fazer um personagem. Fomos fazer as coisas do nosso jeito, sempre ‘quietinhos’. Quebramos paradigmas e escutamos depois de Federer, Nadal, que se espelharam no que a gente fez lá trás”, exalta.
Em certo momento da palestra, Guga se emocionou ao relembrar de uma frase que um amigo lhe disse e foi aplaudido pelo público logo em seguida.
“Ele falou ‘olha, Guga, no tênis não tem problema, tu pode ficar nervoso, ansioso, mas tu precisa ter a consciência que nada vai te acontecer, joga’. Assim a gente foi construindo, ganhando, perdendo, dias felizes de ver o Gui (irmão) brincar, nas maiores tristezas de perder o pai. Tudo isso fez eu ser melhor do mundo.”
Guga diz que estar em Joinville é muito importante para relembrar o começo da carreira, já que participou de uma competição na cidade quando criança no Joinville Tênis Clube.
“Um lugar que eu não vinha faz muito tempo, resgatar essas lembranças. Tem uma foto até hoje, com eu segurando a raquete e com o olho todo lacrimejado por ter perdido. É importante também como os trófeus, a gente teve que passar por isso, dar os passos iniciais, se conhecer, construir um sonho, para depois ser feliz em Roland Garros”.
“Acredito que é o maior desafio, seja no esporte ou em qualquer empresa, é a capacidade de resistir. Conseguir suportar a demora, a dificuldade, o apavoro, o sufoco. Também de se conectar com as pessoas, porque nessa hora era o Rafa que ajuda, a mãe. É difícil o celular ajudar a seguir. É fundamental falar em algum momento ‘vai dar certo’”, finaliza.
Ao lado da mãe Alice e do irmão Rafael, Guga mantém o trabalho social do Instituto Guga Kuerten (IGK), com o objetivo de garantir a inclusão social para crianças, adolescentes e pessoas com deficiência. Além disso, mantém projetos empresariais.
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