Lide SC discute economia, sustentabilidade e cidades inteligentes em Joinville
Evento teve a participação do secretário de Estado da Fazenda, da vice-governadora e empresários
Evento teve a participação do secretário de Estado da Fazenda, da vice-governadora e empresários
Realizado nesta quinta-feira, 9, no Garten Shopping, em Joinville, o evento do Grupo de Líderes Empresariais Lide SC contou com a presença dos principais empresários do Norte de Santa Catarina e membros do governo estadual.
O presidente do Lide SC, Delton Batista, destacou que o encontro teve três conteúdos estratégicos em debate: cidades inteligentes, sustentabilidade e economia verde e educação para o futuro.
O evento recebeu a vice-governadora de Santa Catarina, Marilisa Boehm; o secretário de Estado da Fazenda, Cleverson Siewert; o presidente do Conselho de Administração da Döhler, Udo Döhler; o presidente da Docol, Guilherme Bertani; o presidente do Sebrae SC, Carlos Henrique Ramos Fonseca; e a presidente do sistema Acafe, Luciane Bisognin Ceretta; a presidente da Associação Empresarial de Joinville, Maria Regina Loyola Alves.
O secretário de Estado da Fazenda, Cleverson Siewert, falou sobre a situação financeira do Estado. Ele fez um panorama das contas de 2013 a 2023, mas também trouxe uma mensagem institucional do governo.
“Estamos juntos na administração de Santa Catarina, nosso modelo de gestão é focado para daqui 30 anos com foco nas pessoas, tecnologia, inovação e relação com a sociedade”. Na exposição sobre as contas de governo destacou receita, despesas, arrecadação e fluxo de caixa.
O faturamento do Estado em 2013 era de R$ 422 bilhões e agora é de R$ 1 trilhão com destaque a 30% das empresas no regime normal de tributação e o restante no Simples Nacional.
“Percebi que desde 2013, a cada ano, entrava R$ 1,4 bilhão a mais e em 2021 esse valor passa para R$ 6,62 bilhões e em 2022 são R$ 7,05 bilhões a mais”, explicou Siewert. No entanto, o crescimento está atrelado ao aumento das despesas do Estado e da folha de pagamento de efetivos e terceirizados.
Há um desequilíbrio entre receitas e despesas. SC encerrou 2022 com um déficit apurado até o momento de R$ 128 milhões na chamada Fonte 100, que é de onde saem os recursos usados no pagamento da grande maioria das despesas estaduais.
“Para 2023, serão necessários R$ 2,8 bilhões extras para honrar os compromissos assumidos em anos anteriores e cumprimento da previsão orçamentária”. Siewert destacou que está em estudo concessões, parcerias público-privadas, financiamentos, entre outras formas de aumento da arrecadação.
O papel das Micro e Pequenas Empresas (MPEs) para o desenvolvimento de Santa Catarina e do Brasil foi tema da exposição do presidente do Sebrae, Carlos Henrique Fonseca.
“As pequenas empresas correspondem por 49% dos empregos formais e representam 30% do PIB no Brasil”, destacou. Atualmente, o país conta com 19.256.861 pequenos negócios.
“Em Santa Catarina contribuem com 42% do PIB estadual e 33% são exportadoras. Há 204.135 pequenos negócios abertos no Estado”. As atividades econômicas estão divididas entre 71% MEI, seguido pelo comércio que representa 21%, indústria 13% e construção civil 11%.
A pró-reitora de Pesquisa, Pós e Graduação da Unesc, Gisele Coelho Lopes destacou que a educação é um vetor de desenvolvimento de Santa Catarina. “Somos o segundo estado mais competitivo do Brasil, o primeiro em desenvolvimento industrial e o terceiro em desenvolvimento da educação de excelência”, expôs.
Segundo a educadora, mais de 80% das matrículas estão no sistema Acafe e 26,4% de pessoas com 18 a 24 anos que moram em Santa Catarina estão no ensino superior.
“A Acafe é o maior ecossistema de educação de Santa Catarina. A vocação das universidades comunitárias está orientada para desenvolvimento das regiões onde estão instaladas, são 162 mil alunos, 91 patentes registradas e 473 empresas incubadas. Representamos mais de 70% das matrículas no ensino superior”, ponderou.
Gisele destacou ainda que o profissional do novo tempo precisa ser orientado para resolução de problemas, ter capacidade analítica, voltar-se à inovação e empreendedorismo e os negócios precisam ser sustentáveis.
Para o presidente do Lide SC, a palestra de Cleverson Siewert foi “a oportunidade de discutir com líderes empresariais as parcerias público-privadas, a estratégia de desenvolvimento econômico do Estado e como as diretrizes do governo podem criar um ambiente favorável aos negócios”.
O evento inaugura o calendário de encontros do Lide SC em 2023 que lançou o Movimento por uma Santa Catarina ainda mais Produtiva e Competitiva, que visa realizar uma série de iniciativas como encontros regionais com líderes de setores estratégicos para o crescimento econômico.
O LIDE SC é um grupo de líderes empresariais, atua em todo o país e em todos os continentes, possui 20 anos no Brasil e dez anos em Santa Catarina. É formado em sua maioria por empresas que faturam acima de R$ 200 milhões por ano. São empresas que representam 52% do PIB privado nacional.
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