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“Guardo todas as cartinhas que recebi desde que comecei”, conta Edson Robles, Papai Noel há 12 anos em Joinville

Paulista, chegou em Joinville em 2007 e já no seguinte começou a participar do Natal como um dos personagens principais

A barba e os cabelos brancos despertaram em Edson Robles, 70 anos, a vontade de ser, também, conhecido como “Noel”. Paulista, começou a trabalhar nos natais somente após chegar em Joinville, onde veio morar em 2007. Foi no ano seguinte que, por conta da aparência semelhante a do bom velhinho, recebeu o convite de um supermercado para ser o mais novo Papai Noel da cidade. Lá, atuou por dois anos e, desde então, não parou mais.

Motivado a continuar no personagem, tirou fotos e entregou em alguns locais, como uma espécie de currículo. Por conta disso, foi chamado em 2010 para ser o Noel do Shopping Cidade das Flores, onde atende até os dias de hoje.

Bancário aposentado, Edson conta que gosta do que faz atualmente. O pagamento também é bom, não nega, mas é melhor ainda poder fazer algo prazeroso. Apoiado pela família, até mesmo sua esposa Edith, 67, já chegou a acompanhá-lo como Mamãe Noel. “Nós somos apaixonados pelo Natal”, conta.

“Guardo todas as cartinhas que recebi desde que comecei”, afirma Edson. Algumas, ele separa e entrega a alguns amigos, que organizam entregas de natais para as crianças mais pobres. “Já me pediram emprego para os pais, material escolar e cesta básica”, recorda.

Um dos pedidos mais marcantes, recebeu no primeiro Natal, ainda sentado na praça do supermercado. Foi o de uma moça, que pediu um filho. “O que eu vou falar pra ela”, pensou.

Na ocasião, resolveu presenteá-la com uma história. Falou sobre algumas mulheres de São Paulo, que faziam pedidos a São Damião e, muitas vezes, acabavam sendo atendidas. A intenção era incentivar a crença e a fé, como fazem todos os papais Noéis. Edson lembra que a moça foi embora alegre. Depois disso, não a encontrou mais.

Natal na pandemia

Arquivo Pessoal

Mesmo sendo conhecido como “seu Noel” o ano inteiro, é entre novembro e dezembro que coloca suas roupas vermelhas. Agora, com a pandemia, o traje ganhou novos adereços: luvas, máscara e álcool em gel.

Para receber os pequeninos no Shopping Cidade das Flores, o Papai Noel fica isolado, com ajuda da decoração natalina, e de longe conversa com os pequeninos. “Algumas crianças ficam tristes porque não podem abraçar”, conta Edson.

Outros trabalhos extras também sofreram mudanças. Antes, era chamado para assumir o Natal de grandes empresas da cidade, mas que neste ano cancelaram os eventos. Algumas famílias também o contratavam para fazer uma visita na semana do dia 24. Costumava ir em até sete residências, desta vez, serão apenas duas.

Mesmo com as dificuldades, se sente alegre em poder participar do Natal em tantos lugares. Aos 70 anos, nunca pensou em se aposentar e, enquanto puder, quer continuar a levar a todos a alegria, que também sente ao ser o Papai Noel.

Arquivo Pessoal

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