Eleições 2022: apenas um dos três deputados estaduais de Joinville não deve concorrer à reeleição
Dois deles devem apoiar Jorginho Mello para governador de Santa Catarina
Com as eleições previstas para outubro de 2022, políticos de Joinville passam a projetar o ano e o futuro na política estadual e nacional. Entre os deputados estaduais eleitos pela cidade, apenas um não deve concorrer à reeleição para a Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina (Alesc). Os políticos também projetam o cenário de apoio para governador e quais pautas pretendem defender na campanha.
Filiado ao Partido Liberal (PL) há um ano por influências do presidente Jair Bolsonaro, que também ingressou na sigla, Sargento Lima diz que o objetivo para este ano é se reeleger deputado estadual. Para ele, 2022 será conduzido pela racionalidade no voto, não havendo brechas para candidatos investigados pela Polícia Federal e Ministério Público. “Ninguém vota em pessoa com condenações. O catarinense sabe colocar as coisas na ponta da agulha”, comenta.
Fernando Krelling (MDB) também pretende se manter no atual cargo no Legislativo de Santa Catarina. “Vou me colocar à disposição para reeleição. Se a população entender, logicamente”, conta. Filiado ao mesmo partido desde o início da trajetória política, ele não vê motivos para trocar de sigla. “Fiz uma construção em cidades vizinhas, com lideranças políticas, alguns prefeitos e, por isso, continuo no MDB”, explica.
O único a buscar um novo cargo na política é Kennedy Nunes (PTB), que buscará o mandato de senador, em Brasília (DF). Ele ressalta que a ideia se trata de uma “missão” do grupo “Acorda Senado”, ligado a apoiadores e a Bolsonaro, além de igrejas católicas e evangélicas. O objetivo é eleger dez senadores alinhados ao presidente do Brasil.
Ocupando o cargo de presidente do PTB estadual, Kennedy diz que a aliança tem alvos vistos como adversários. “Um dos critérios é ter pessoas sem ação na Justiça e disposto a combater a injustiças do Supremo Tribunal Federal (STF)”, expõe.
Pautas em destaques
Krelling opina que as pautas de desenvolvimento social e econômicas devem se destacar nesta eleição. Elas devem estar aliadas às consideradas prioritárias, como saúde, segurança pública e educação.
O político do MDB complementa que trabalha com foco em projetos de prevenção, envolvendo geração de emprego e renda. “Sempre falo ser mais barato a gente trabalhar na prevenção do que resolver os problemas no pós, que é caro para diversos serviços”, comenta.
Já para Kennedy, o foco do eleitor será no “descontrole do STF”, que, para ele, faz o Poder Judiciário mandar no país. “Eles são importantes para a democracia, mas alguns integrantes fazem do Supremo um ‘puxadinho da esquerda'”, analisa.
Sargento Lima, por sua vez, fala que pretende colocar Joinville e a região Norte de Santa Catarina em todas as discussões e propostas. Além disso, o deputado estadual diz que fará uma campanha suprapartidária, combativa, contra a corrupção e o que considera “abusos do STF”.
Apoio para governador
Com Carlos Moisés ainda sem partido e nomes surgindo como pré-candidatos ao Executivo de Santa Catarina, os deputados estaduais de Joinville começam também a projetar quem apoiarão para o cargo de governador.
Para Kennedy Nunes, o critério é defender um nome afinado com Jair Bolsonaro. Nessa linha, a tendência é apoiar Jorginho Mello, que deve ser candidato ao cargo pelo PL. O cenário só deve mudar se, até lá, o PTB definir um nome à disputa. “Vamos reunir o partido e definir, mas, hoje, a lógica é apoiar o Jorginho”, reforça.
Quem também deve apoiar Jorginho Mello é Sargento Lima. Integrantes da mesma sigla, o deputado destaca o “alinhamento verdadeiro” do pré-candidato com o presidente do Brasil. Além disso, ele criticou Moisés. “Traiu o Bolsonaro, os eleitores dele e os catarinenses”, crava.
Já Fernando Krelling diz que aguarda as eleições prévias do MDB e nomes de prefeitos que circulam nos bastidores e podem concorrer à Casa d’Agronômica. “Por enquanto, todos os nomes ainda são especulações. Preciso aguardar para verificar o cenário futuro”, finaliza.
Em fevereiro deste ano, ele contou ter sido convidado pelo senador Jorginho Mello para formar chapa e disputar as eleições pelo governo do estado, entretanto, nenhum acordo foi definido até o momento.
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