Em assembleia, servidores de Joinville decidem manter estado de greve

Sindicato reivindica por reajuste salarial maior

Em assembleia, servidores de Joinville decidem manter estado de greve

Sindicato reivindica por reajuste salarial maior

Fred Romano | Revisão

Os servidores públicos de Joinville decidiram manter o estado de greve, iniciado em 19 de março, e a direção do Sinsej — Sindicato dos Servidores Públicos de Joinville — continuará negociando as reivindicações da pauta da campanha salarial com a prefeitura. Os encaminhamentos foram aprovados em assembleia realizada na noite desta terça-feira, 26, na sede do sindicato.

A próxima reunião da mesa de negociação com a prefeitura está marcada para a próxima segunda-feira, 1º.

A prefeitura sancionou um reajuste salarial de 3,13% referente ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) entre maio de 2023 e fevereiro de 2024. Conforme a prefeitura, o reajuste será pago na folha de pagamento do mês de março, em que o salário é depositado em abril.

O vale-alimentação terá o mesmo aumento. Segundo o Sinsej, este é o menor reajuste salarial entre as categorias de trabalhadores de Joinville.

A prefeitura alega que antecipou a data de concessão do aumento por conta de um posicionamento do Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina, a respeito da lei 9.504/1997, sobre o período para a concessão da reposição inflacionária em ano eleitoral. Normalmente, o reajuste é concedido em maio.

A assessoria jurídica do Sinsej entende que não há restrição em caso de recomposição inflacionária. Segundo o sindicato, a legislação eleitoral autoriza aumentos feitos com 180 dias de antecedência das eleições, prazo ainda distante de ser alcançado.

A limitação, no entanto, seria para reajustes que ultrapassassem a inflação, conforme a Lei das Eleições, o que não é o caso. Considerando este entendimento, o Sinsej continuará defendendo um reajuste maior para os servidores públicos de Joinville.

Durante a assembleia, a presidente do Sinsej, Jane Becker, citou um exemplo de Florianópolis que reforça o entendimento jurídico do sindicato. Na capital catarinense, onde a mesa de negociação dos servidores públicos com a prefeitura foi mediada pelo Ministério Público e pelo Tribunal de Justiça, a campanha salarial foi finalizada com a concessão de reposição inflacionária e reajuste do vale-alimentação com ganho real de 5%.

“Se a mediação foi feita pelo Ministério Público e Tribunal de Justiça, isso demonstra que o posicionamento jurídico do sindicato está correto: é possível fazer reposição inflacionária e garantir ganho real no reajuste do vale-alimentação. O que falta para a prefeitura é vontade política”, afirma a presidente do Sinsej.

Plantão pela negociação

O Sinsej só foi recebido pela prefeitura nesta segunda-feira, 25. A reunião só foi realizada depois que os servidores iniciaram um plantão em frente à prefeitura.

Segundo o sindicato, a direção do Sinsej acampou no local para chamar a atenção da população e pressionar o prefeito Adriano Silva (Novo) a atender os servidores públicos.

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