Em audiência pública, Joinville solicita que estado dê maior apoio financeiro ao Hospital São José
Representante do governo estadual afirmou que levará demanda a Carlos Moisés
Representante do governo estadual afirmou que levará demanda a Carlos Moisés
Em audiência pública realizada na última segunda-feira, 31, uma maior participação do Governo de Santa Catarina no pagamento das despesas do Hospital Municipal São José foi tema de discussão na Câmara de Vereadores de Joinville.
Em fevereiro, uma moção de autoria de Wilian Tonezi (Patriota), assinada por todos os parlamentares, já havia apelado ao estado para custear 30% da folha de pagamento do hospital.
Para Henrique Deckmann (MDB), se o município tem um plano para investir 15% de seu orçamento na saúde e investe 40%, significa que se tira dinheiro de outras áreas.
Já conforme o secretário municipal de Saúde, Jean Rodrigues da Silva, a grande fatia investida em saúde compromete a capacidade de investimento do município. Segundo o secretário, no ano passado Joinville investiu R$ 268 milhões na área da saúde, com a seguinte origem de recursos: 22,5% federais, 2,2% estaduais e 75,3% de Joinville.
Para dimensionar a importância do hospital, o secretário municipal da Fazenda, Flávio Martins Alves, comparou que o São José tem mais servidores municipais que de Laguna, no litoral, com população estimada, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2016, em 44 mil habitantes.
De acordo com Alves, o dinheiro que Joinville gasta com saúde é maior que todo o orçamento de Lages, sétimo maior município catarinense.
Segundo dados apresentados por Tonezi, o hospital tem cerca de 1.700 funcionários e atende 1,4 milhão de pessoas de Joinville e cidades vizinhas.
Outro a debater o tema foi o deputado estadual Sargento Lima (PSL), que citou sobre a cidade não estar entre os municípios que mais recebem investimentos do governo estadual. Para ele, a audiência pública é uma forma de mostrar para a população que o tema é uma “injustiça para ser corrigida”.
A superintendente de planejamento na Secretaria de Estado da Saúde, Carmem Regina Delziovo, foi a representante do governo estadual na reunião. Ela disse reconhecer a importância de pauta defendida na audiência pública.
Além disso, a superintendente acolheu as manifestações dos representantes joinvilenses e afirmou que levará os apontamentos para o responsável pela pasta, André Mota Ribeiro, e ao governador Carlos Moisés da Silva (PSL).
Carmem também comentou sobre uma revisão de política hospitalar, que está em andamento em Santa Catarina, e vai reavaliar a classificação dos hospitais por critérios, como a complexidade dos atendimentos.
Segundo ela, essa é uma possibilidade para uma ampliação da verba que o São José recebe do governo, já que o hospital presta assistência complexa de saúde à população.
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