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Em oito meses, preço da gasolina comum aumentou 27% em Joinville; veja valores

Motorista chegam a pagar até R$ 5,999 no litro do combustível

Entre os meses de fevereiro e outubro deste ano, o preço do litro da gasolina comum aumentou 27% em Joinville. De acordo com dados do Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon), no segundo mês do ano, o custo médio era de R$ 4,629. Atualmente, o valor é de R$ 5,901.

No início de 2021, o maior preço encontrado pelo órgão foi de R$ 4,799, já em outubro, o joinvilense precisa pagar até R$ 5,999. O menor preço atual é de 5,769, acima dos R$ 4,429 de fevereiro.

O aumento é sentido também em todos os outros combustíveis. No mesmo período, o preço médio da gasolina aditivada foi de R$ 4,759 para R$ 6,031; o diesel pulou de R$ 3,763 para R$ 4,841; enquanto o litro do etanol estava em R$ 3,836 e agora custa R$ 5,440.

Cristiane Berger, gerente do Procon em Joinville, explica que o órgão não pode impedir que os postos de gasolina aumentem os preços, já que a decisão é autorizada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o país vive em uma economia de livre mercado. Porém, com os relatórios mensais, colabora para o consumidor encontrar o estabelecimento com o valor mais barato de combustíveis.

Denúncias de valores abusivos

Em média, o Procon recebe dez denúncias de valores abusivos por mês. Entretanto, conforme o impacto da variação, este número aumenta. “Já tivemos 20 denúncias por dia”, explica. Para ela, a revolta dos clientes é gerada pela diferença de ritmo entre o aumento no salário e dos preços dos produtos, como o da gasolina. “Não é raro a gente receber ligações de pessoas que só querem desabafar”, conta.

Fila em posto do Centro de Joinville | Lucas Koehler/O Município Joinville

Cristiane alerta que se os aumentos seguirem nos últimos padrões, o custo do litro dos combustíveis deve ficar ainda mais caro. “Até o fim do ano, pode chegar a R$ 7”, aponta.

“Corroendo as nossas margens”, lamenta dono de posto

Com os preços subindo, o impacto atinge também o bolso dos donos de postos de combustíveis. Exemplo disso é o que acontece com José Cesar Melo, proprietário do Posto Glória, na zona Norte de Joinville. Ele está preocupado com os constantes aumentos nos produtos. “Corroendo as nossas margens, nosso percentual de ganho está 50% menor que em 2020”, expõe.

Segurando uma nota fiscal de 2017, ele lembra que, naquele ano, o preço do litro da gasolina comum custava R$ 2,87 em seu posto, enquanto a aditivada era vendida por R$ 2,96. O dono do posto também explica que antes era possível comprar dez mil litros de combustível por R$ 40 mil, agora, a mesma quantia custa R$ 60 mil. “É um dos piores momentos econômicos que já vivemos”, reflete.

Cristiane Berger, gerente do Procon em Joinville, diz que aumentos nos preços dos combustíveis são autorizados pelo Governo Federal | Foto: Arquivo/Agência Brasil

José diz que entende as reclamações do consumidor, mas opina que este é o resultado do problema, já que os proprietários também estão pagando um valor muito maior pelo produto. Realmente, é difícil pagar R$ 50 a mais. Mas, imagina pagar R$ 50 mil, ou R$ 75 mil a mais. É o que estou precisando fazer”, finaliza.


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