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Em projeção, Saúde de Joinville acredita que até meados de julho a cidade tenha 524 casos de coronavírus

Licitação para a compra de novos testes foi concluída e, a partir da chegada e realização dos exames, mais casos deverão ser confirmados

O secretário de Saúde de Joinville, Jean Rodrigues da Silva, participou nesta segunda-feira, 27, da Comissão Especial da Covid-19 da Câmara de Vereadores de Joinville. Durante o encontro, Silva falou sobre as estimativas do município. Acredita-se que até meados de julho, a cidade some 524 casos de coronavírus, caso se mantenha o ritmo atual de testagens.

Entretanto, com o aumento do número de exames realizados, novas confirmações irão surgir. De acordo com Silva, os números podem chegar a 5.240 mil. “A gente espera que essa projeção não se confirme, mas esses são os números com que estamos trabalhando para dimensionamento da rede de saúde”, afirmou.

Por conta da quantidade de exames sendo realizados, acreditasse que, no momento, Joinville tenha 10 vezes mais pessoas infectadas do que o número oficial de confirmados. Ou seja, mais casos estariam sendo confirmados caso mais exames estivem sendo feitos.

Testes rápidos

Silva afirmou que o município já concluiu uma licitação para a compra de testes rápidos de covid para aplicação em massa. O valor de compra de cada unidade do teste é de R$ 90, que segundo o secretário é um valor bem abaixo se comparado ao mercado que, de acordo com ele, pode variar de R$ 180 a R$ 200. Os testes, entretanto, ainda não chegaram.

O objetivo da secretaria de Saúde é testar 60 mil joinvilenses nos próximos 90 dias. São 18 mil testes rápidos no modelo sorológico, que consegue identificar se a paciente já teve o covid ou se ainda tem, e mais 6 mil testes de biologia molecular comprados.

O município também está trabalhando em uma licitação para a compra de mais 12 mil testes rápidos. A iniciativa privada sinalizou a compra de aproximadamente 8 mil testes.O resto que falta para fechar os 60 mil ainda está em análise se será adquirido por meio de convenio com governo do estado ou pelo município. “Nossa ideia é chegar a 10% da população de Joinville testada”, afirmou.

Unidade de Tratamento Intensivo

O secretário informou que atualmente Joinville tem um total de 201 leitos de UTI contando as redes públicas e privada, sendo que desses, 65 leitos estão reservados para atendimento exclusivo de pacientes com coronavírus. Esses leitos atenderão também pacientes de Araquari, Barra do Sul, Garuva, Itapoá, Barra Velha e São João de Itaperiu.

“Esses leitos já estão com respiradores, com equipe para atendimento, com tudo certinho. Estamos trabalhando para ter mais 35 leitos exclusivos para pacientes com covid até 15 a 20 de maio. Para isso precisamos de ajuda do governo estadual e federal para acessar respirados, e eu não estou falando do recurso, e sim de efetivamente ter os aparelhos”, afirmou.

Segundo Silva, atualmente quatro pacientes com covid estão internados em UTI e outros seis pacientes estão internados em UTI com suspeita de Covid, aguardando a confirmação de diagnostico pelo resultado do exame. “Joinville tem a maior quantidade de leitos de UTI por habitante do estado”, destacou o secretário.

Quanto aos leitos de enfermaria, o secretário afirmou que são 290 leitos de enfermaria exclusivos para o tratamento de Covid. Atualmente o município tem nove pacientes com coronavírus confirmado internados em enfermaria.

Hospital Municipal São José

Segundo o secretário, o Hospital Municipal São José foi dividido para o enfrentamento ao covid. Há uma parte limpa e uma parte denominada de parte suja, completamente isolada, onde são exclusivamente atendidos possíveis casos de Covid. Na parte suja o uso de Equipamentos de Proteção Individuais (EPI), segundo Silva, é ainda mais intensivo.

Retorno das atividades

“Com a liberação de várias atividades, estamos monitorando de perto se há o crescimento significativo do número de internações. O números de casos confirmados naturalmente vai crescer porque o acesso aos testes serão ampliados ao longo do tempo”, lembrou o secretário.

A ocupação de leitos é a questão que mais preocupa a Secretaria de Saúde, mas Silva afirma que atualmente ainda a situação ainda está confortável.