Empresário que forjou a própria morte lidera quadrilha envolvida em estelionato contra empresa de Joinville

Ele foi preso nesta sexta-feira, 28; Polícia Civil recuperou carga de R$ 300 mil na segunda e terça-feira, dias 24 e 25

Empresário que forjou a própria morte lidera quadrilha envolvida em estelionato contra empresa de Joinville

Ele foi preso nesta sexta-feira, 28; Polícia Civil recuperou carga de R$ 300 mil na segunda e terça-feira, dias 24 e 25

Luiz Antonello

O empresário preso nesta sexta-feira, 28, após forjar a própria morte, foi identificado pela Polícia Civil como o líder de uma quadrilha envolvida em estelionato contra uma empresa de Joinville.

A prisão ocorreu após uma operação policial na segunda e terça-feira, 24 e 25. A ação resultou na recuperação de uma carga de R$ 300 mil roubada de uma fábrica de painéis solares em Pirabeiraba.

Segundo a investigação da Polícia Civil, no início de fevereiro, criminosos falsificaram dados cadastrais e conseguiram um financiamento bancário em nome da empresa. Com o valor, solicitaram produtos de energia solar.

A polícia informou que, após a liberação da mercadoria, os produtos foram transportados para Rio das Antas, no Oeste do estado, e São Cristóvão do Sul, na Serra catarinense.

Na operação, policiais da 1ª e 6ª Delegacia de Polícia de Joinville, juntamente com a Delegacia de Homicídios e o apoio de equipes da região de Caçador e Curitibanos, cumpriram mandados de busca e apreensão e recuperaram a carga adquirida de forma ilícita. Não há informações sobre novas prisões.

Empresário forja a própria morte

Conforme a polícia, para escapar da justiça e de suas vítimas, em sua maioria credores lesados, o suspeito simulou o próprio sequestro e tortura. Ele divulgou vídeos de automutilação, nos quais cortava e arrancava o próprio dedo e dentes.

Junto com um comparsa, assassinou um morador de rua e ateou fogo ao corpo dentro de uma caminhonete para simular a própria morte. Os dois foram presos em Navegantes e Itajaí.

Linha do tempo

Polícia Civil/Divulgação

Conforme a polícia, a trama tem início com a localização de um corpo carbonizado em um veículo na cidade de São Cristóvão do Sul, na Serra catarinense. O corpo encontrado seria do empresário, que estava com pendências trabalhistas com funcionários e aplicava golpes com venda de placas solares. Este teria sido o motivo do assassinato.

Cinco dias depois, agentes da Polícia Civil de Curitibanos e de Blumenau foram acionados para ir até a casa da namorada do empresário. No quintal dela, havia sido jogado parte de um dedo e dois dentes.

No dia seguinte, 21, ela passou a receber ameaças por telefone. Um homem dizia que o corpo carbonizado no veículo não era do namorado dela.

Ele também encaminhou um vídeo em que um homem aparece espancado e, em seguida, carbonizado envolto em pneus, e alegou ainda que o dedo e dentes teriam sido utilizados para comprovar a morte.

Polícia descobre farsa

Após troca de informações entre as unidades policiais, foi descoberto que o empresário estava vivo e que tudo era uma farsa para enganar funcionários, clientes e seguradoras, já que ele havia feito seguro de vida e veicular.

Quem estava no carro

A polícia conseguiu localizar o segundo suspeito envolvido na trama da morte falsa. Além disso, descobriu que a pessoa carbonizada no veículo em São Cristóvão do Sul seria um homem em situação de rua da região de Curitibanos, na Serra. A identificação ainda será confirmada após exame de DNA.

Durante as investigações, a namorada do empresário ainda teve vídeos íntimos divulgados entre familiares e colegas de trabalho. O material, na ocasião, estava na posse do namorado.

Em relato informal aos policiais, os suspeitos confessaram o crime. Eles acreditavam que poderiam se livrar das pendências financeiras.
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Taiwanesa achou que cemitério de Joinville era um parque:

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