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Entenda como advogadas presas em Joinville agiam em esquema criminoso

Operação aconteceu nesta terça-feira

Colaborou: Isabel Lima.

O Gaeco — Grupo de Combate às Organizações Criminosas — realizou nesta terça-feira, 25, a operação “Sob Encomenda 4”, que visa apurar crimes previstos na Lei de Organizações Criminosas, praticados por advogados e por faccionados reclusos no sistema prisional catarinense e de outros estados da federação. Duas advogadas presas em Joinville são investigadas.

Segundo a promotora de Justiça Elaine Rita Auerbach, da 13ª Promotoria do Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC), as advogadas presas são investigadas por integrar organização criminosa, corrupção e inserção de aparelhos celulares no sistema prisional. Ainda existem indícios de crimes de associação ao tráfico de drogas.

“O esquema ocorria mediante a transmissão de informações ilícitas pelas advogadas tanto de dentro das prisões para fora, como de fora para dentro”, explica a promotora Elaine. As informações envolviam o funcionamento de pontos de venda de drogas, pagamentos de dívidas também dessa natureza, e mensagens que possibilitavam aos presos continuarem gerindo seus negócios criminosos.

Além disso, as advogadas atuavam sempre para conectar até mesmo os presos dentro da prisão, chamando diversos deles para atendimento, de modo que eles conseguissem se comunicar diretamente ou através delas, já que muitas vezes estavam em celas e alas diversas.

“Não bastasse, participavam ativamente na tentativa de inserção de celulares dentro dos estabelecimentos prisionais, para que os ali presos continuassem cometendo os mesmos crimes mesmo reclusos”, comenta a promotora.

Elaine explica também que o processo tramita com sigilo, de modo que não serão indicados, neste momento, os nomes das advogadas presas.

Operação Sob Encomenda

A Operação Sob Encomenda começou em 4 de agosto de 2021, com a prisão de sete advogados, seis deles de Joinville, por envolvimento com facção criminosa.

Desde então, além da primeira fase, aconteceram a segunda fase com a prisão de advogada em Porto Velho (RO) e a terceira fase com a prisão de advogado em Florianópolis.

“As investigações continuam e novas fases podem acontecer a qualquer momento”, afirma Elaine.

Gaeco realiza quarta fase da operação Sob Encomenda

Na manhã de terça-feira, o Gaeco, em apoio à investigação conduzida pela 13ª Promotoria de Justiça de Joinville e pelo Gefac — Grupo para Enfrentamento a Facções Criminosas —, realizou a operação “Sob Encomenda 4”.

O objetivo da operação foi dar cumprimento a 21 mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão preventiva; as ordens foram expedidas pela 2ª Vara Criminal da Comarca de Joinville. Ao todo, são alvos dessa fase da operação 17 pessoas investigadas.

Dentre os investigados, estão três advogados, sendo dois alvos de prisão preventiva em Joinville, e um ex-agente prisional temporário de Joinville. Foram alvo de buscas pessoas presas no Sistema Prisional do estado, distribuídas na Penitenciária Industrial de Joinville, Presídio Regional de Joinville (Unidade Masculina e Feminina) e Presídio Regional de Blumenau, além de pessoas envolvidas com a organização criminosa em liberdade.

A ação contou com a atuação conjunta do Gaeco, do Gefac, das Polícias Militar, Civil, Penal, Rodoviária Federal e Bombeiro Militar de Santa Catarina, bem como com o apoio, no estado de São Paulo, do Gaeco do MP-SP, da Polícia Civil e da Polícia Militar Paulistas, para o cumprimento das ordens judiciais na cidade de Praia Grande (SP).

No Instagram, a Polícia Rodoviária Federal de Santa Catarina (PRF-SC) publicou um vídeo com parte da ação policial.

Assista ao vídeo e veja fotos da operação Sob Encomenda:

Foto: Ministério Público de Santa Catarina/Divulgação
Foto: Ministério Público de Santa Catarina/Divulgação
Foto: Ministério Público de Santa Catarina/Divulgação
Foto: Ministério Público de Santa Catarina/Divulgação
Foto: Ministério Público de Santa Catarina/Divulgação
Foto: Ministério Público de Santa Catarina/Divulgação
Foto: Ministério Público de Santa Catarina/Divulgação
Foto: Ministério Público de Santa Catarina/Divulgação
Foto: Ministério Público de Santa Catarina/Divulgação
Foto: Ministério Público de Santa Catarina/Divulgação
Foto: Ministério Público de Santa Catarina/Divulgação

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