Entenda como paralisação dos caminhoneiros pode afetar produção em indústrias de Joinville
Grandes empresas ainda tem estoque para produzir por alguns adias
Com as principais rodoviais de Santa Catarina e outros estados travadas com manifestações realizadas pelos caminhoneiros, incluindo bloqueio de distribuidoras de combustíveis, desde terça-feira, 7, algumas indústrias de Joinville estão sendo prejudicadas.
A Cointer, empresa joinvilense que fabrica materiais hospitalares é uma das afetadas. Segundo Joel dos Santos, 21, vendedor, clientes já reclamam do atraso de mercadorias.
“O cliente liga precisando urgente dos materiais, e a carga não consegue chegar até o destino no prazo, não tem o que fazer”, afirma. “Se continuar assim, teremos cancelamentos, prejudicando as finanças da empresa”, conclui.
De acordo com a Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), a paralisação dos caminhoneiros prejudica muito o setor industrial e ameaça a continuidade da produção. “O movimento poderá comprometer o cumprimento de contratos, afetando diretamente a competitividade de Santa Catarina e do Brasil, prejudicando o emprego e a renda”, diz nota divulgada nesta quarta-feira, 8.
Na oportunidade, a entidade também pediu para que os caminhoneiros liberassem as rodovias do estado. “Respeitamos a categoria, que tem enorme importância, ainda mais num país em que o modal rodoviário é predominante. Não questionamos as reivindicações do movimento, mas pedimos para que sejam adotados outros meios para resolver a questão. Defendemos a busca de uma solução de consenso, para evitar que toda a sociedade enfrente graves impactos econômicos e sociais”, afirmou o presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar.
A Associação Empresarial de Joinville (Acij) está desde esta quarta-feira em contato com autoridades estaduais e federais para que se encontre uma solução para o desbloqueio das estradas.
“A entidade tem recebido relatos de indústrias que já estão enfrentando problemas com falta de insumos. Mas não temos o detalhamento da dimensão de cada empresa”, diz a assessoria de imprensa.
O governo do estado, inclusive, plajena ações para desbloquear as rodovias.
Grandes empresas em Joinville
A reportagem tentou contato com as grandes indústrias de Joinville para saber sobre o cenário. O assessor de imprensa responsável pela Nidec, Tupy e Ciser, informou que nenhuma das empresas pretende se manifestar sobre o assunto, pois estão de acordo com o posicionamento das entidades representativas, como Fiesc e Acij.
Porém, relatou a situação atual das indústrias. “Ainda há estoque para produzir por alguns dias, as indústrias acreditam que a situação atual não irá persistir”, afirma Jair.
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