Entenda como peritos identificaram corpo de homem desaparecido há mais de dez anos em SC
Caso se estendia desde 2013
Caso se estendia desde 2013
Peritos da Polícia Científica de Santa Catarina conseguiram identificar o corpo de um homem desaparecido há mais de dez anos. A solução do caso, que se estendia desde 2013, veio por meio do Programa Conecta, que tem como objetivo localizar desaparecidos e identificar corpos.
O homem, que não teve o nome divulgado, desapareceu em maio de 2013. Após análise meticulosa, a Polícia Científica de Chapecó, no Oeste Catarinense, atribuiu a identidade dele a um corpo encontrado em avançado estado de decomposição, à época não identificado e não reclamado por familiares, que foi sepultado três meses depois.
O Programa Conecta utiliza tecnologia e integra bancos de dados genéticos, biométricos, odontológicos e antropológicos para localizar desaparecidos e identificar corpos.
No caso do desaparecimento de 2013, o trabalho começou em setembro de 2024, quando o Ministério da Justiça promoveu uma campanha de coleta de DNA de familiares de pessoas desaparecidas.
A Polícia Científica de Chapecó, ao revisar casos antigos de corpos não identificados que foram sepultados, encontrou registros compatíveis com desaparecimentos no período e local, levando à hipótese de identificação.
A equipe entrevistou familiares do desaparecido e coletou material genético de referência, registros a respeito das características físicas e odontológicas do desaparecido, além de dados das circunstâncias do sumiço.
Com as novas informações, a Polícia Científica verificou que havia características similares entre vítima e desaparecido. O corpo foi exumado em novembro de 2024 e analisado por peritos do setor de Antropologia Forense e Odontologia Legal em Florianópolis.
Características do desaparecido foram identificadas no esqueleto, como amputação no dedo indicador direito, fraturas antigas, deformação no braço e tratamentos odontológicos.
Esse foi o primeiro caso atendido pelo programa a ser resolvido sem a necessidade do processamento do material genético.
“Essa identificação é mais um exemplo da importância da participação de familiares de pessoas desaparecidas no Programa Conecta, permitindo que unamos as informações fornecidas pelos familiares com os conhecimentos das ciências forenses para a resolução de casos que, por anos, permanecem sem respostas”, ressalta a perita criminal Patrícia Monteiro, responsável pelo programa.
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