Epidemia de dengue: secretário de Saúde avalia cenário em Joinville; veja números
A maior cidade de Santa Catarina tem registro de epidemia da doença desde 2020
Atualmente Joinville tem 11.565 mil casos confirmados de dengue e contabiliza 13 mortes causadas pela doença. Porém, segundo a Secretaria de Saúde, a cidade vive um momento de declínio de casos semana a semana. De acordo com os dados do painel da dengue da prefeitura, atualizado nesta quinta-feira, 23, houve uma queda significativa nas últimas semanas.
Segundo o gráfico, na 18ª semana epidemiológica, entre 1º e 7 de maio, foram confirmados 1.133 casos conforme a data dos primeiros sintomas. Nas semanas seguintes, esse número caiu para 1.068, 1.029, 662, 454 e 136, respectivamente. Na última contagem completa, realizada entre 12 e 18 de junho, os casos chegaram a 44.
E essa quantia deve cair ainda mais, conforme o secretário de Saúde de Joinville, Andrei Kolaceke. Ele explica que cidade possui um padrão em relação aos casos de dengue, que é o aumento significativo da doença nos meses de abril e maio, sendo controlada gradativamente a partir de junho. “Temos um desafio maior em relação à dengue em Joinville, por conta do clima úmido que favorece a reprodução do mosquito Aedes Egypiti”, relata.
Além disso, a maior cidade de Santa Catarina está desde 2020 com o registro de epidemia de dengue, ou seja, a manifestação coletiva da doença que rapidamente se espalha.
Controle da epidemia
Para poder controlar a situação epidêmica, novos métodos de estruturação foram criados pelos órgãos de saúde, visto que os mais tradicionais, como o fumacê, não estavam funcionando. Dessa forma, novas tecnologias foram implantadas, como a Estação Disseminadora de Larvicida (EDs), desenvolvida pela fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), da Amazônia.
Esse método consiste em atrair os mosquitos por meio de baldes plásticos com água, cobertos com pano preto impregnados de larvicida, que são “colados” às pernas e corpo dos mosquitos. Desta forma, eles levam esse produto para outros criadouros, causando a morte de larvas e pupas.
“Usamos essa tecnologia principalmente na região sul, onde foi o epicentro dos casos no ano passado, e vimos um resultado muito expressivo este ano. Agora, buscamos expandir por toda a cidade, pois vimos ser uma estratégia eficaz”, frisa o secretário.
Em parceria com a Secretaria de Educação, o município também realiza ações nas escolas, além de visitas em residências. “Se cada um não conseguir cuidar do seu quintal, onde os focos se concentram mais, fica cada vez mais difícil controlar a doença”, ressalta Andrei.
Vacina da dengue
Atualmente, existe uma vacina contra a dengue registrada na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Porém, de acordo com Kolaceke, ela não é eficaz nos dois sorotipos apresentados em Joinville. “Além disso, essa vacina só é recomendada para pessoas que já foram infectadas e com três aplicações a cada seis meses”, explica.
Com isso, a cidade aguarda a aprovação de uma nova vacina, que tem sido desenvolvida por mais de dez anos pelo instituto Butantan em parceria com o Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos (Niadi). Segundo o Butantan, a nova vacina deve proteger contra todos os subtipos da doença, além de proteger aqueles que nunca contraíram a dengue.
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