“Era um cara alegre”: neto abre bar em Joinville para homenagear avô
Günther Losekann foi avô dedicado, goleiro do Santa Cruz do Sul e escritor de livros espíritas
“Era um cara alegre”: neto abre bar em Joinville para homenagear avô
Günther Losekann foi avô dedicado, goleiro do Santa Cruz do Sul e escritor de livros espíritas
- Por Isabel Lima
- 23/05/2024
- 17:41
O amor entre neto e avô ultrapassa as barreiras geográficas e o tempo. Falecido em 2022, aos 84 anos, o gaúcho Günther Losekann foi tão importante para o neto Cícero, que ele decidiu chamar o local que estava abrindo com um amigo de Boteco do Seu Günther. O bar em Joinville foi inaugurado em janeiro de 2024, no bairro Glória.
“Ele sempre gostou muito de música, de boteco, era um cara muito alegre, muito feliz, escreveu livros, tinha uma paixão muito grande pelos filhos”, conta Cícero. Günther escreveu oito livros sobre espiritismo, também foi goleiro do Santa Cruz do Sul e ajudou a criar os netos no Rio Grande do Sul.
Quando a vida adulta chegou, Cícero decidiu se mudar para Joinville, mas o avô vinha todos os anos visitá-lo. “A gente se falava toda semana, quase todo dia, então era uma relação de pai e filho desde sempre”, conta o empreendedor. Ele recorda com muito carinho os momentos de diversão com o avô, como quando iam aos jogos do Grêmio.
“A última vez que fui para lá, eu contei para ele [sobre o bar], em 2022, seis meses antes de ele falecer, ele já estava no hospital”, lembra Cícero. Como o avô não conheceu o local, o neto tenta trazer a esposa dele, que ainda mora no Rio Grande do Sul, para conhecer o boteco.
Bar em Joinville
A ideia de abrir um bar em Joinville existia antes de surgir a possibilidade de nomear em homenagem ao seu Günther. Mas a influência do gaúcho foi além. O neto herdou a paixão por bares e samba que o avô cultivava.
“Eu sempre tive muita vontade de ter um bar vinculado ao samba, sou de música, então a gente procurou locais que fossem botecos mesmo”, explica Cícero. Após frequentar diversos bares pelo Brasil, como o Bar do Zeca Pagodinho, Bar da Alcione e o famoso Beco do Rato, eles decidiram como seria o empreendimento. Sem burocracias, um boteco raiz.
Quando o ponto onde funcionou o Bar do Glória, na icônica esquina da avenida Marques de Olinda com a rua XV de Novembro, ficou disponível, a oportunidade foi agarrada pelos amigos. Rodrigo, que já teve um bar em Curitiba (PR), embarcou na ideia com Cícero.
Depois disso, eles pensaram em cada detalhe, como os uniformes, as opções de comidas clássicas e a qualidade do som. “Nossa ideia sempre foi ter comidas de boteco, música ao vivo, passar jogos de futebol”, conta Cícero.
Programação do bar
A música é o ponto principal do boteco, que tem apresentações ao vivo todos os dias, de quarta-feira a domingo. “Normalmente sexta, sábado e domingo são rodas de samba, a gente dá oportunidade para músicos da cidade, que já tocavam em outras casas”, explica Cícero.
Às quartas-feiras acontece o projeto “Vozes do Seu Günther”, que junta artistas da cidade. Às quinta-feiras, o público escuta pop/rock, na voz e violão. “Em alguns momentos a gente acaba cobrando o couvert, a nossa ideia é 90% das vezes não cobrar couvert”, conta o empreendedor.
Já a transmissão de jogos ao vivo ocorrem todos os dias no bar.
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