Escola do bairro Adhemar Garcia, em Joinville, tem três alunos e dois funcionários com Covid-19
Outros estudantes e professores foram afastados após pessoas próximas estarem com a doença; na conta do sindicato, são mais de 60 casos no local
Outros estudantes e professores foram afastados após pessoas próximas estarem com a doença; na conta do sindicato, são mais de 60 casos no local
Nesta quinta-feira, 4, a Prefeitura de Joinville confirmou que três alunos e dois profissionais da escola municipal CAIC Professor Mariano Costa, no bairro Adhermar Garcia, em Joinville, testaram positivo para a Covid-19.
Paralelo a isso, há os casos de alunos e professores que estão afastados porque familiares estão com suspeita ou positivados para a doença.
A partir de quarta-feira, 10, um professor de português vai voltar para a atividade remota porque tem um familiar com comorbidades.
Os alunos deste professor tiveram a grade de aulas reorganizadas para que possam participar das atividades remotas oferecidas por esta disciplina.
A escola acompanha todos estes casos e faz diariamente a comunicação para o posto de saúde, que monitora a demanda.
A prefeitura ainda ressalta que o colégio deve realizar a higienização de todos os ambientes após a saída de cada uma das turmas. Os alunos são orientados a usar a máscara, higienizar as mãos com álcool gel e manter o distanciamento.
Na conta do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Joinville (Sinsej), neste escola, há 55 alunos afastados com sintomas de Covid-19. Além deles, outros oito professores e uma profissional que trabalha na cozinha também estariam com a doença.
De acordo, com a presidenta do Sinsej, Jane Becker, os casos mais preocupantes são de uma professora, que está internada em estado grave, e da cozinheira, que está afastada há 16 dias e, recentemente, ingressou na UTI, também em situação crítica.
Outra situação com maior gravidade é do professor de ciências da escola, que, de acordo com outros profissionais do colégio, foi internado em um hospital de Joinville, nesta quinta-feira, com dificuldades respiratórias.
Jane afirma que pessoas estão em contato direto em salas de aula, em reuniões de professores e, dias depois, testam positivo para o coronavírus. “A situação é grave, os profissionais da educação estão com medo”, ressalta.
A sindicalista critica que por conta do afastamento dos professores doentes, estão faltando profissionais na escola, que ainda não foram substituídos.
O Plano de Contingência Estadual para Educação (Plancon) também é ineficiente para Jane. “A direção diz que seguiu à risca, ou seja, não está funcionando. Se estivesse, não teria esse número de contágio entre alunos e professores”, finaliza.
Uma das profissionais da escola, que preferiu não se identificar, diz que os casos estão aparecendo há duas semanas, mas se intensificaram nos últimos dias.
Para ela, o caso positivo da cozinheira é o que mais preocupa. “Ela preparou a nossa comida, tem idade mais avançada, estamos todos em pânico e com medo”, desabafa.
A profissional ainda diz que a escola tenta seguir rigorosamente as medidas de segurança e higienização, mas o número de profissionais é insuficiente para cuidar dos alunos. “Uma criança já foi embora com a máscara do colega”, conta.
Ela cita que os profissionais exigem garantias mínimas de segurança no trabalho e que se alinhe um discurso único em torno da defesa da saúde e da vacinação.
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