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Escola Presidente Castello Branco, em Joinville, adere ao ensino cívico-militar

Prefeitura diz que deseja tornar cidade em referência dentro do programa federal

Escola Presidente Castello Branco, em Joinville, adere ao ensino cívico-militar

Prefeitura diz que deseja tornar cidade em referência dentro do programa federal

Redação O Município Joinville

Nesta segunda-feira, 6, Joinville implementou o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim) com a adesão da escola municipal Presidente Castello Branco, localizada no bairro Boa Vista. De acordo com a prefeitura, a decisão faz parte de um “desejo de transformar Joinville em referência dentro do programa federal”.

O evento de inauguração contou com a presença do prefeito Adriano Silva (Novo); da vice-prefeita Rejane Gambin (Novo); do secretário de Educação, Diego Calegari; do coordenador Regional Sul do Pecim, coronel Marcos César de Cantuária Gama; e do coronel Ricardo de Andrade Serrazes, comandante do 62º Batalhão de Infantaria; além diversos vereadores de Joinville.

Para Adriano Silva, a parceria entre o Exército Brasileiro e a Secretaria de Educação de Joinville trará resultados positivos à cidade. “Estamos somando pessoas por um bem comum, para jovens possam transformar o Brasil”, afirmou.

Prefeito Adriano Silva participou da cerimônia oficial na escola | Foto: Prefeitura de Joinville/Divulgação

Inaugurada em 1968, a escola Presidente Castello Branco conta com 680 alunos de 6º a 9º ano nos turnos matutino e vespertino. O programa das Escolas Cívicos-Militares, criado em 2019, é uma iniciativa do Ministério da Educação (MEC) em parceria com o Ministério da Defesa, com o objetivo de promover um sistema de educação baseado nos colégios do Exército, da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militares.

Ensino militar

O programa cívico-militar começou a ser implementado na escola Presidente Castello Branco em julho deste ano, quando o processo para oficializar a adesão da Secretaria de Educação de Joinville ao modelo já estava formalizado junto ao MEC.

Desde então, militares da reserva passaram a atuar como monitores dentro da unidade, trabalhando no apoio à gestão escolar e à gestão educacional. Entre as atividades desenvolvidas, estão a formação de filas, o hasteamentos das bandeiras e a execução do Hino Nacional antes das aulas, que são de responsabilidade dos militares, além de ações voltadas à disciplina.

Eles também oferecem a sexta aula, nas quais são realizadas atividades e discussões sobre conceitos como “ética” e “solidariedade”.

A administração da escola, porém, permanece sob a responsabilidade da Secretaria de Educação, assim como a área pedagógica, com o plano de ensino e o corpo docente. Além dos monitores de turma, a equipe militar da unidade é formada também pelo oficial da gestão escolar, o tenente-coronel Agenor Paulino Júnior, e o oficial de gestão educacional, capitão Ivan Bitencourt.

Primeiro “presidente” da ditadura militar

Presidente Castello Branco, nome da escola, faz uma homenagem ao primeiro nome escolhido do Exército que presidiu o Brasil durante a ditadura militar, entre os anos 1964 e 1967. Seu governo começou a partir da escolha do marechal para “presidir” o país em eleição indireta.

Em 2014, durante atividade da Comissão Nacional da Verdade, manifestantes homenagearam mortos e desaparecidos, vítimas da ditadura militar | Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

Os “anos de chumbo”, como ficou conhecido o período, durou até 1985. Em 2014, a Comissão Nacional da Verdade (CNV) confirmou, em seu relatório final, 434 mortes e desaparecimentos de vítimas da ditadura militar no país. Entre essas pessoas, 210 são desaparecidas.


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