Escolas fazem homenagens para jovens mortos em chacina de família em Joinville
Tragédia aconteceu na quinta-feira em uma casa no bairro Saguaçu
Tragédia aconteceu na quinta-feira em uma casa no bairro Saguaçu
Nesta sexta-feira, 12, alunos das escolas Pedro Ivo Campos e Zulma do Rosário prestaram homenagens a Letícia Santana Silva, de 11 anos, e Davi Santana Silva, de 15 anos, que foram mortos a tiros, junto com a mãe Ingrid Iolly, supostamente pelo padrasto, durante a madrugada de quinta-feira, 11, em casa, no bairro Saguaçu, em Joinville.
Na Escola Municipal Pedro Ivo Campos, onde estudava Letícia, foi feito um mural com mensagens de professores e colegas que estudavam com a jovem na 6ª série. A instituição de ensino também emitiu uma nota de pesar.
“Você é minha anjinha mais linda. Te amo, meu amor”, diz uma das mensagens escritas no mural, que traz a imagem de Letícia gerada por IA (inteligência artificial), com auréola e asas de anjo.
Um mural também foi feito na Escola Municipal Professora Zulma do Rosário Miranda, com mensagens de despedida e fotos do jovem estudante. “Davi, seu lindo olhar e sorriso estarão para sempre em minha memória e no meu coração.”
A família foi encontrada morta a tiros na madrugada de quinta-feira. A Polícia Militar encontrou os corpos de uma mulher, dois filhos e do marido, Ramzi Mousen Hamdar, de 49 anos, que é o principal suspeito de ter atirado nas vítimas e depois tirou a própria vida.
A sogra, Rita de Cassia Pereira Araujo Silva, de 60 anos, é a única sobrevivente. Ela foi baleada e está hospitalizada em estado grave. Ela permanece internada no Hospital Municipal São José.
O irmão do Ramzi o encontrou morto dentro da casa. Logo que viu a cena, ele acionou a Polícia Militar.
No chão do corredor estava a esposa, de 40 anos, com diversas lesões causadas por tiros. Em um dos quartos, sobre a cama, estava uma criança de 11 anos. No último quarto, próximo à porta, estava a outra mulher, de 60 anos. Ela foi levada ao Hospital São José. Ao lado da mulher, estava um jovem de 15 anos, já sem vida.
De acordo com o delegado de Homicídios, Dirceu Silveira, Ramzi é natural do Líbano, mas morava em Joinville há mais de 20 anos. A Polícia Civil aguarda os laudos da Polícia Científica, que esteve no local, para dar prosseguimento ao caso.
O caso aconteceu na rua Graviola. Os policiais, juntamente com o Samu, encontraram nos quartos do segundo andar o marido, de 49 anos, sentado no chão já sem vida, com uma pistola calibre .380.
Segundo relatos de vizinhos e do irmão do marido, o crime aconteceu por volta das 3h. Os relatos são de que o casal enfrentava problemas conjugais e financeiros. Os vizinhos afirmam que, no momento do crime, ouviram mais de 20 tiros e diversos gritos da residência, acionando de imediato a Polícia Militar.
O delegado regional, Rafaello Ross, esclareceu que o autor do crime já tinha passagens pela polícia e havia sido denunciado por ameaça, invasão de propriedade, desobediência a decisão judicial, injúria, calúnia e difamação por outra família. Uma das linhas da investigação é que a família passava por uma crise financeira e que houve uma discussão entre o casal por volta das 3h, a qual, provavelmente, resultou na tragédia.
Região de Joinville já era habitada há 10 mil anos: conheça os quatro povos anteriores à colonização: