Espécie de morcego descoberta em Joinville reaparece após 100 anos
Animal foi descoberto na cidade em 1916 e reapareceu no Paraná
Animal foi descoberto na cidade em 1916 e reapareceu no Paraná
Descoberta em Joinville em 1916, a espécie de morcego Histiotus Alienus foi encontrada novamente após mais de 100 anos. A captura do animal foi realizada por seis pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e, após estudo, publicada este ano na revista Zookeys.
Segundo Vinícius C. Cláudio, Brunna Almeida, Roberto LM Novaes, Marcos A. Navarro, Liliani M. Tiepolo, Ricardo Moratelli, o morcego foi encontrado em uma visita de campo no Refúgio de Vida Silvestre dos Campos de Palmas, cidade do estado do Paraná, no dia 21 de novembro de 2018.
Eles informaram que o animal foi capturado com redes colocadas nas bordas da floresta, e que elas permaneciam abertas por seis horas todas as noites, a partir do pôr do sol. A inspeção acontecia em intervalos médios de 30 minutos.
O novo registro do animal foi em uma floresta com araucária. Com isso, consideram que a espécie pode viver desde florestas tropicais densas até araucárias e matas ciliares e pastagens.
A descoberta, para os pesquisadores, auxilia no diagnóstico da espécie, tanto em campo como em coleções de museus. Porém, reiteram que a falta de informações sobre a história natural do Histiotus alienus e sua aparente raridade, com apenas dois registros em mais de 100 anos, levou à sua classificação como Dados Deficientes pela União Internacional para a Conservação da Natureza.
“A maioria das descrições das espécies de Histiotus tem mais de um século e é um tanto vaga, e os limites taxonômicos entre as espécies não são claros”, complementam.
Com isso, reforçam a necessidade de uma ampla revisão taxonômica da espécie e que, pela recente descoberta, a espécie pode estar protegida.
“Em Palmas, as ameaças às pastagens incluem o crescimento do setor eólico e os interesses do setor hidrelétrico na bacia do rio Chopim. Apesar disso, o novo registro do Histiotus alienus está em área protegida. Notamos a importância destas áreas para a manutenção da vida selvagem como esta espécie”, finalizam.
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