Esposa contrata assassino para matar empresário que estava desaparecido em Brusque, afirma delegado
Empresário estava desaparecido há quatro meses
Empresário estava desaparecido há quatro meses
Em coletiva de imprensa realizada na tarde desta sexta-feira, 21, a Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Brusque divulgou detalhes da operação que resultou na prisão de cinco pessoas envolvidas na morte do empresário da cidade do Vale do Itajaí, Edinei da Maia, que foi dado como desaparecido por quatro meses. A investigação conclui que ele foi assassinado a mando da esposa, Elisa Zierke dos Passos da Maia, que contratou um matador de aluguel, o qual subcontratou outros para auxiliar no crime.
De acordo com o delegado da DIC, Alex Bonfim Reis, os fatos ocorreram no dia 22 de fevereiro, data em que foi registrado o desaparecimento de Edinei, que havia saído para fazer um orçamento de túmulo em um cemitério de Vidal Ramos.
Com a apuração, foi identificado que o veículo da vítima havia sido levado, a partir disso, a DIC passou a suspeitar que tratava-se de latrocínio. Posteriormente, o carro foi localizado no município de Palhoça, na Grande Florianópolis.
A polícia então concentrou a investigação em pessoas que tinham relação com esse veículo, cumprindo mandados de prisão e busca e apreensão em diversas cidades.
Edinei foi rendido quando estava em Vidal Ramos e levado, dentro do próprio carro, para Canelinha, onde foi localizada a cova, que já estava aberta para enterrá-lo.
A contratação de um assassino ocorreu sob a justificativa de que o empresário agredia a mulher e abusava de crianças. Porém, a polícia investigou essa situação e descartou a hipótese.
Conforme apurado, havia um registro de violência doméstica de Elisa contra Edinei feito em 2012. A quantia exata do pagamento feito para a contratação do assassino ainda não foi apurada.
Após ser rendido e colocado no próprio carro, ele foi levado para o local de mata, que fica na região limite entre Brusque e Canelinha. Lá ele foi executado com golpes, dos quais não foram possíveis identificar os instrumentos utilizados nas agressões.
De acordo com o delegado Alex, a cova da vítima já estava aberta dias antes e que, inclusive, os criminosos fizeram um churrasco no local.
O delegado contou que a acusada ainda trocou mensagens com um dos executores falando como encenaria a dor do luto pela perda do marido. “Foi um crime premeditado e minuciosamente planejado”, menciona o delegado da DIC.
Na data do desaparecimento de Edinei, Eliza entrou em contato com a reportagem do jornal O Município para supostamente buscar detalhes sobre o desaparecimento do marido. O contato foi feito um dia após o sumiço e, posteriormente, quase dois meses depois.
Inicialmente, a investigação chegou a duas pessoas, que tiveram acesso ao veículo horas depois do desaparecimento, e que foram presas temporariamente.
Posteriormente, ficou claro que dois dos suspeitos estavam diretamente envolvidos na execução da vítima.
Na manhã desta sexta-feira, 21, foram detidas cinco pessoas envolvidas no crime, incluindo a viúva do empresário.
A motivação do crime ainda não está clara, mas de acordo com o delegado, tudo indica que Eliza não queria se separar, mas que estava insatisfeita, e optou por uma forma criminosa de acabar com o relacionamento sem perder os bens.
Todos os suspeitos estão em prisão temporária. As investigações da Polícia Civil continuam para que outros detalhes do crime sejam esclarecidos.
Os detidos devem ser indiciados por homicídio qualificado, furto e receptação de veículo roubado, além de ocultação de cadáver.
Colaborou: Marcelo Reis
Leia também:
1. Multinacional chinesa vai abrir unidade em Joinville e gerar 800 empregos
2. Pai de vereador de Joinville é suspeito de receber recursos desviados de Pescaria Brava
3. Encontro medieval, festas juninas e teatro: veja o que fazer em Joinville neste fim de semana
4. Balsa na Vigorelli começa a aceitar pagamento no cartão em Joinville
5. “É prioridade absoluta”: na Acij, Geraldo Alckmin fala sobre obras na BR-101 e BR-280
Com arquitetura única em Joinville, Palacete Dória precisou ser construído por empresa de Curitiba: