Estado de SC prevê gastos de R$ 500 milhões com judicialização da saúde em 2023
Judicialização da saúde Na assinatura, sexta-feira, de um acordo entre o Judiciário, Governo do Estado, Tribunal de Contas e a Procuradoria-Geral do Estado, para viabilizar estudos sobre a judicialização da saúde em SC – materializada quando a justiça é acionada por pacientes que precisam de medicamento ou tratamento não oferecidos pela rede pública – a […]
Judicialização da saúde
Na assinatura, sexta-feira, de um acordo entre o Judiciário, Governo do Estado, Tribunal de Contas e a Procuradoria-Geral do Estado, para viabilizar estudos sobre a judicialização da saúde em SC – materializada quando a justiça é acionada por pacientes que precisam de medicamento ou tratamento não oferecidos pela rede pública – a secretária de Estado da Saúde, Carmen Zanotto, informou que o montante previsto para ser gasto com demandas vindas da judicialização este ano está, neste ano, até agora, perto de R$ 500 milhões. Chega perto de 15% do orçamento da Secretaria Estadual da Saúde.
Imensa drogaria
A apreensão, sábado, em São José, da inacreditável carga de 25 toneladas de maconha, em um carreta que saiu do Mato Grosso do Sul e tinha como destino Criciúma, ilustra o que divulgou na semana passada o delegado-geral da Polícia Civil de SC, Ulisses Gabriel: conforme dados oficiais, cresceu 3.091%, um recorde nacional, o volume de ecstasy apreendido em SC neste ano, até o início deste mês, comparativamente ao mesmo período de 2022. Até o momento foram 391.264 comprimidos, contra 12.259 unidades nos 10 primeiros meses do ano passado. Mais: A apreensão de maconha aumentou 103%, de haxixe 1.411%, de cocaína 182% e de crack 72%. Se fossem comercializadas, tais drogas renderiam algumas centenas de milhões, não?
Verdades 1
Não poderia ter sido mais explícito o recado dado pela presidente do Instituto Trata Brasil, Luana Pretto, no Fórum Brasil ODS 2023, em Florianópolis, encerrado sexta-feira. Afirmou que SC teria um ganho líquido de R$ 14,8 bilhões com a universalização do acesso ao saneamento, que o Estado não está aderindo e muito menos cumprindo. Nessa conta estão a redução de custo com saúde, melhoria de ganho com o turismo, com a educação e produtividade. Aqui, em pleno século 21, se despejam, por dia, 300 piscinas olímpicas de esgoto, sem tratamento, nos rios e no mar.
Verdades 2
O que resulta disso: os Prontos Atendimentos (PA) estão sempre super lotados na época de verão com gente vítima de viroses decorrentes da água contaminada. Em 2021 o Estado registrou 2.769 internações por falta de saneamento básico. A que custo? E conforme dados de 2021, 98,4% da sua população têm acesso à água, o que é invejável. O vergonhoso e saber que apenas 32% tem acesso à coleta e tratamento de esgoto.
Exploração
Uma audiência de conciliação definiu que o acesso à bela Ilha do Campeche, no sul da Ilha de SC, terá controle por pulseiras fornecidas pela Prefeitura. Ótimo. Que se aproveite o momento de entrega delas para instruir os desavisados turistas quanto aos custos da travessia, que deveria ser concedida. Este espaço testemunhou recentemente a acintosa exploração sobre um casal de turistas italianos e dois brasileiros que para a travessia, de cinco minutos, tiveram que pagar o equivalente a US$ 50 por cabeça, sem fornecer nenhum comprovante. Um típico caso não de exploração turística e sim de exploração do turista, que merece providencias, inclusive jurídicas e policiais.
Quem somos
Nos novos dados divulgados pelo IBGE sexta-feira é possível saber que 18,7% da atual população de SC é de pessoas de 0 a 14 anos de idade; 70,86% entre 15 e 64 anos, e 10,44% com 65 anos ou mais.
Vicio em tecnologia
Provavelmente no Brasil e pela primeira vez em SC, crianças e adolescentes estarão reunidos em um evento para debater o vício em tecnologia e apresentarão um documento com sugestões de leis e políticas públicas de prevenção e enfrentamento ao problema. O documento será entregue na Assembleia Legislativa de SC amanhã, durante o 12º Encontro Estadual de Vereadores Mirins.
Cale-se, Lula!
Faz 10 meses que o incansável ministro Fernando Haddad tenta nos convencer que a reforma tributária é essencial para alcançar a meta de déficit zero em 2024 e, assim, finalmente, se ter uma perspectiva de prazo mais longo sobre a responsabilidade fiscal. Mas eis que o boquirroto Lula sabota tudo e vem a público dizer que “dificilmente” se vai consegui-la e que não vai cortar gastos.
Impopularidade
Tinha lá suas percepções o desembargador e advogado aposentado Sebastião Coelho que durante sustentação oral em defesa de um réu pelos atos de 8 de janeiro, declarou, na cara, de frente para os 11 “supremos”, serem, eles elas, as “pessoas mais odiadas” no Brasil. Uma nova pesquisa Quaest, de sexta-feira, detectou que a parcela da população que avalia positivamente o Supremo Tribunal Federal passou de 27% em fevereiro para 17% atualmente. Trágico, mas a pura realidade de um poder que já merecia reverência.