Estudantes protestam contra mudanças nas grades de cursos de universidade de Joinville

Segundo alunos, alteração abre possibilidade de até 30% dos cursos serem à distância. Instituição fala em espaço para pesquisa e extensão e redistribuição da grade

Estudantes protestam contra mudanças nas grades de cursos de universidade de Joinville

Segundo alunos, alteração abre possibilidade de até 30% dos cursos serem à distância. Instituição fala em espaço para pesquisa e extensão e redistribuição da grade

Redação O Município Joinville

Alunos da Unisociesc de Joinville tem protestado contra mudanças na grade dos cursos, proposta pelo Grupo Ânima, que administra a instituição. A última manifestação ocorreu na sexta-feira, 17. De acordo com os estudantes, 30% das aulas passariam a ser à distância, sem acompanhamento de professores e que, por isso, eles estariam sendo demitidos. A universidade afirma que a matriz prevê pesquisa e extensão, e que apenas redistribuiu a grade.

Os manifestantes alegam que as alterações no ensino está sendo feita sem consulta ao corpo docente e ao colegiado. “Querem implementar de forma antidemocrática”, afirma um aluno que não quis se identificar.

Outra crítica é em relação aos conteúdos. Os estudantes afirmam que a proposta quer unir diversas matérias em uma só. Uma nova unidade de 160 horas abordaria assuntos que, atualmente, são divididos em seis matérias diferentes, somando 240 horas de conteúdos.

Dessas, 40 horas seriam dedicadas à pesquisa e extensão, mas como a instituição não teria deixado claro como serão ministrados esses conteúdos, os alunos temem um crescimento de aulas à distância (EAD). Um estudante que não pediu para não ser identificado acredita que essas mudanças estão acarretando na demissão de professores. “São um grupo de investimentos (Ânima), uma instituição financeira, não estão visando a educação”, acusa.

Arquivo Pessoal

No dia 13 de julho, o Ministério Público de Santa Catarina instaurou uma Notícia de Fato, a partir de reclamação na ouvidoria, sobre as mudanças citadas e solicitou que a Unisociesc respondesse em até 20 dias. O MP quer apurar se os fatos relatados pelos estudantes podem ser considerados “lesão ou ameaça a interesse passível de tutela por ação civil pública”.

Unisociesc explica a mudança das grades e demissões

Por meio de nota, a Unisociesc diz que as matrizes curriculares pedem atividades de formação que vão além da sala de aula, como o desenvolvimento de projetos de pesquisa, extensão e outras atividades curriculares. A instituição explica que a carga horária das disciplinas está sendo apenas redistribuída, de acordo com as diretrizes curriculares do MEC.

Quanto aos professores, a Unisociesc alega que no fim de cada semestre há possibilidade de rotatividade de pessoal, que pode acontecer por motivos como incompatibilidade de horários, aprovações em concursos, avaliação institucional, entre outras causas.

A instituição afirma que tem investido na capacitação do corpo docente e na qualificação do ensino. “Além de nos mantermos atentos aos novos talentos, valorizando o papel transformador dos professores na sociedade, e preservando ao máximo o emprego, cientes e preocupados com o momento delicado em que estamos vivendo”, diz nota.


Ainda não está no grupo de notícias do jornal no WhatsApp? Clique aqui e entre agora mesmo.

Você já nos segue no Instagram? Clique aqui para acompanhe as notícias também por lá e participar de sorteios.

Colabore com o município
Envie sua sugestão de pauta, informação ou denúncia para Redação colabore-municipio
Artigo anterior
Próximo artigo