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Estudo aponta que 80% dos idosos estão satisfeitos com qualidade de vida em Joinville; veja dados

Diagnóstico Social da População Idosa de Joinville foi divulgado nesta segunda-feira

Cerca de 82% dos idosos estão satisfeitos com a qualidade de vida no município, segundo o Diagnóstico Social da População Idosa de Joinville. Dados foram divulgados nesta segunda-feira, 4, na Unisociesc, localizado no bairro Anita Garibaldi, pela Prefeitura de Joinville.

Os motivos estão ligados a satisfação familiar (70,6%), moradia própria (65%) e a saúde (55,3%). No entanto, 7,1% dos idosos não estão satisfeitos e as motivações estão ligadas a problemas econômicos (48,5%) e de saúde (34,7%).

Yasmim Eble/O Município Joinville

Os dados foram coletados entre os anos de 2019 e 2020 em 246 instituições identificadas na rede de atendimento. A pesquisa de campo foi realizada entre o dia 8 de dezembro de 2020 até 19 de abril de 2021, por meio online e presencial. Foram ouvidos 1.350 idosos, acima dos 60 anos.

Além disso, foram realizadas 14 entrevistas em profundidade entre os dias 14 a 22 de julho de 2021, com idosos entre a idade de 65 a 79 anos. Foram mais de 1 milhão de dados analisados, separados em quatro volumes coleções e 487 páginas, com 15 profissionais envolvidos.

A pesquisa foi realizada pela empresa Painel Pesquisas e Consultoria e apresentada na manhã desta segunda-feira, 4. Segundo Milton Américo dos Santos, presidente do Conselho Municipal dos Direitos do Idoso de Joinville (Comad), o diagnóstico poderá ser uma fonte para pesquisas e criação de políticas públicas.

“O diagnóstico foi construído com muito trabalho e dedicação pelos conselheiros e técnicos de diversas áreas do município. Foi um longo caminho a ser percorrido”, conta. Ele ressalta que os registros são fundamentais para entender as necessidades e demandas dos idosos joinvilenses.

Yasmim Eble/O Município Joinville

“Para os idosos, esse é o registro de suas necessidades, um pouco da história de vida e a esperança de um lugar mais clínico e carinhoso por parte da sociedade”, acrescenta. A secretária de Assistência Social de Joinville, Fabiana Ramos da Cruz Cardozo, estava no local e representou o prefeito, Adriano Silva.

Segundo ela, a secretaria caminha para realizar diagnósticos em todas as áreas sociais. “Nós temos uma caminhada longa. O reordenamento é necessário, assim como o diagnóstico vem para nos auxiliar nesses processos. Nós temos esse compromisso de ajudar as pessoas e quando assumimos, sabemos que será de qualidade”, completa.

Diagnóstico

O documento foi dividido em áreas. Foram pesquisados o perfil demográfico e socioeconômico, de vida e saúde, educação, cultura e esporte, convivência familiar, liberdade, respeito, entre outras. O foco das questões foi entender a qualidade de vida do idoso dentro e fora de suas residências. Entre os entrevistados, cerca de 95% está satisfeito com as pessoas que moram no mesmo domicílio.

Outros 3,8% relataram que estão mais ou menos satisfeitos e 0,5% relatou que não está.  Dentro deste número, 97% dos idosos são consultados na tomada de decisão e 87% têm casa própria, resultando na satisfação dos entrevistados.

O mapeamento na Zona Urbana da cidade também foi realizado com o Mapa Social de Prioridade de Atenção, que coletou dados baseados nos indicadores de qualidade de vida. Os bairros com maiores indicadores que merecem atenção são os bairros Jarivatuba (31), Morro do Meio (31), Comasa (30), Jardim Paraíso (30), Pirabeiraba (30), Parque Guarani (29), Ulysses Guimarães (29) e Paranaguamirim (27).

Os dados também analisaram a concentração de procura por UBSF, PAs, delegacias e outros sistemas de saúde por bairro. Sendo realizado um levantamento para entender as necessidades dos locais que lideram o ranking.

Perfil dos entrevistados

A maioria dos entrevistados são naturais de outras cidades de Santa Catarina (51,7%), enquanto 24,7% são naturais de Joinville. Outros 23,6% são de outros estados.

Dos entrevistados, cerca de 79,9% estão morando em Joinville há mais de 30 anos. Com um público majoritariamente feminino (60,1%) do que masculino (39,9%), e branco (84,9%). Seguido de 7,6% de idosos pardos e 7,1% de pessoas pretas, além de 0,3% de amarelos e 0,1% de indígenas.

A escolaridade também foi levantada: 25,8% dos entrevistados tem o Ensino Fundamental incompleto e 32,8% completo; outros 15,4% tem Ensino Superior completo ou mais e 6,6% são analfabetos.

Cerca de 72,4% vivem com doenças crônicas e mais de 68% sofreram, pelo menos, uma queda nos últimos seis meses. Dos mais de mil entrevistados, 83% não trabalham e vivem, majoritariamente, da aposentadoria. No entanto, dos 16,9% que trabalham, apenas 9,3% sobrevivem do trabalho.


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