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Estudo avalia possível divisão de custos do Hospital São José, em Joinville, com municípios da região

Iniciativa do Tribunal de Contas de SC envolve também Balneário Camboriú

Estudo avalia possível divisão de custos do Hospital São José, em Joinville, com municípios da região

Iniciativa do Tribunal de Contas de SC envolve também Balneário Camboriú

Thiago Facchini

O Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina (TCE-SC) encabeça estudos que avaliam a possibilidade do Hospital São José, em Joinville, ser mantido também com recursos de outros municípios da região, e não apenas pela Prefeitura de Joinville.

No dia 7 de julho, por iniciativa do conselheiro Luiz Eduardo Cherem, uma reunião foi realizada para discutir o assunto com o prefeito de Joinville, Adriano Silva (Novo). A reunião foi sediada em Florianópolis.

O objetivo, segundo o TCE-SC, é elaborar propostas de gestão para os hospitais municipais mantidos por prefeituras. Também participou do encontro o prefeito de Balneário Camboriú, Fabrício Oliveira (Podemos). O estudo ainda está em fase inicial.

“A iniciativa do Tribunal e de seus técnicos é estudar o caso e apresentar uma solução. Não é justo os contribuintes de um município pagarem toda a conta de um serviço que é usufruído por toda uma região”, afirma Luiz Eduardo.

Guto Kuerten/TCE-SC

A Diretoria de Atividades Especiais do TCE-SC iniciou uma auditoria operacional para tratar do assunto. A intenção é encontrar caminhos para que os municípios que têm hospitais próprios sejam compensados de alguma maneira pelos que utilizam os serviços.

Os municípios que devem contribuir com o Hospital São José devem ser os que ficam localizados na região de Joinville e que os moradores dessas cidades utilizam o hospital, como Itapoá, Garuva, Araquari, Balneário Barra do Sul, entre outros.

“São hospitais bancados pelas prefeituras, mas com características regionais no atendimento, gerando um problema fiscal muito grande. A situação está insustentável”, argumenta o conselheiro do TCE-SC.

No encontro em Florianópolis, Adriano comentou a situação do hospital. Segundo ele, cerca de 30% dos atendimentos são dedicados às pessoas de outros municípios. O prefeito de Joinville disse ainda que a administração da unidade custou R$ 273 milhões no ano passado.

Um outro problema apontado por Adriano foi também o volume de recursos aplicados no hospital. O prefeito argumentou que, com os investimentos, aparecem dificuldades para suprir a Atenção Básica, que é de responsabilidade da prefeitura.

Situação parecida

Balneário Camboriú, no Litoral catarinense, passa por uma situação semelhante com o Hospital Ruth Cardoso. O prefeito Fabrício Oliveira afirma que o hospital foi projetado para atender uma população de 100 mil pessoas, mas que recebe demanda de uma região com 700 mil habitantes.

Além disso, Fabrício informou que a população atendida no local é, na maioria, de outras cidades da região, número que representa 60% dos atendimentos para pessoas que não moram em Balneário Camboriú.

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