Estudo da Firjan avalia que Joinville investiu pouco em 2020; veja indicadores
Gestão pública é avaliada como "boa" pelo índice
Foi publicado nesta quinta-feira, 21, o Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF), que avalia a saúde financeira dos municípios. No índice geral, Joinville teve sua gestão pública avaliada como “boa”, mas ficou em situação “crítica” no indicador de investimentos. O estudo foi realizado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), com base nos dados fiscais de 5.239 cidades brasileiras.
O IFGF analisa as contas públicas dos órgãos municipais e da Câmara de Vereadores com base nos dados fiscais do ano anterior, no caso, de 2020. Fazem parte do índice os indicadores de gestão de pessoas, liquidez e investimentos, além da média geral. A pontuação é calculada de zero a um.
No geral, Joinville foi considerado um município com boa gestão, somando 0,67 pontos gerais. Porém, no quesito investimentos, foi classificado como situação crítica, tendo pontuação de 0,31. Aqui, é calculada a parcela da Receita Total destinada aos investimentos. Ainda assim, houve uma melhora de um ponto, se comparado aos dados de 2019.
Já a melhor avaliação da cidade foi no quesito de Autonomia, classificada como “excelente” e com pontuação máxima. Neste caso, é verificado se as receitas da atividade econômica do município suprem os custos da Câmara de Vereadores e da estrutura administrativa da Prefeitura.
A cidade também foi bem avaliada em Liquidez, somando 0,70 pontos, sendo classificada como “boa”. O indicador verifica a relação entre o total de restos a pagar acumulados no ano e os recursos em caixa disponíveis para cobri-los no exercício seguinte.
Com 0,67 pontos, os gastos com pessoal da gestão joinvilense foram considerados bons. Neste caso, é calculado quanto o município gasta com pagamento de pessoal em relação à Receita Corrente Líquida.
Cidades da região
Entre os municípios catarinenses que participaram do estudo, Joinville foi o 228º melhor avaliado. O primeiro lugar é ocupado por Gaspar e Presidente Getúlio, ambos do Vale do Itajaí. A cidade do estado com pior avaliação foi Anita Garibaldi, na Serra Catarinense, em 289º.
Dos municípios da região de Joinville, Araquari ficou em 12º lugar no ranking estadual, Itapoá em 40º, São Francisco do Sul em 234º, Garuva em 243º e Balneário Barra do Sul em 281º.
Já as cinco maiores cidades de Santa Catarina, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), foram avaliadas da seguinte maneira: São José (36º), Blumenau (122º), Chapecó (183º) e Florianópolis (199º). Todas foram melhor avaliadas na pontuação geral IFJF, se comparado com o maior município do estado, Joinville, que ficou em 228º.
Avalição geral
Com a média nacional do IFJF em 0,54 pontos, a Firjan avalia que o quadro do país é preocupante e a dificuldade de geração de receita pelos municípios é o principal entrave para a melhora das contas públicas.
De acordo com o presidente da entidade, Luiz Césio Caetano, reformas do federalismo fiscal brasileiro são fundamentais. “O equilíbrio sustentável das contas públicas municipais é essencial para o bem-estar da população e a melhoria do ambiente de negócios. E isso só será possível com a concretização de reformas estruturais que incluam as cidades”, destaca Luiz.
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