Ex-PM condenado por matar policiais em Joinville é preso na fronteira com a Argentina
Dois policiais rodoviários federais foram mortos a tiros em 2001
Dois policiais rodoviários federais foram mortos a tiros em 2001
O ex-policial militar Valdir Saggin, condenado por matar dois policiais rodoviários federais em Joinville em 2001 foi preso nesta quinta-feira, 24, na fronteira do Brasil com a Argentina. A prisão ocorreu em Itaqui, no Rio Grande do Sul.
Segundo a Polícia Civil, ele é condenado a mais de 90 anos de prisão e já foi considerado um dos principais criminosos da região sul do país e estava foragido desde março deste ano.
Conforme a polícia, ele tem antecedentes por homicídio, sequestro, extorsão, roubo a banco, porte ilegal de arma de fogo e estelionato, praticados nos três estados da região Sul.
Valdir é natural de Catanduvas, no Oeste Catarinense. Ele tem 58 anos e foi policial militar em Santa Catarina até ser expulso da corporação. Segundo a Polícia Civil, em 2001 fugiu da Penitenciária Estadual de Florianópolis.
Conforme a Polícia Civil, em abril de 2001 ele assassinou dois agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Joinville. Valdir e um comparsa foram abordados enquanto transportavam uma metralhadora em uma maleta preta. Os policiais foram rendidos pela dupla, que os matou.
Já em 2002, segundo a Polícia Civil, com objetivo de evitar a prisão, Valdir manteve três pessoas reféns ao ser perseguido pela PRF em Curitiba (PR).
Valdir e o comparsa foram condenados a 41 anos de prisão pela morte dos policiais. Em 2020, ele teve deferida a progressão de regime para o cumprimento da condenação no regime semiaberto e foi transferido para o Instituto Penal Miguel Dario.
Conforme a polícia, após 20 dias de cumprimento no regime semiaberto, ele fugiu do estabelecimento prisional. Foi recapturado em janeiro de 2021 na zona norte de Porto Alegre (RS) e estava recolhido na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas desde 2021.
Em dezembro de 2022, teve deferida novamente a progressão para o regime semiaberto. Como não havia vaga em instituição prisional para esse regime, foi deferido o uso de tornozeleira eletrônica.
Após utilizar a tornozeleira por pouco mais de dois meses, Valdir rompeu o dispositivo e fugiu em 8 de março deste ano, sendo procurado desde então. “Ao todo, ele já foi condenado a uma pena de 96 anos, 9 meses e 25 dias a cumprir. Até o momento, entre fugas e recapturas, cumpriu 33 anos e ainda restam 63 anos de pena a cumprir”, diz o delegado Gabriel Casanova, titular da Decap.
Além dessas condenações, Valdir atualmente responde a dois processos: um processo por tentativa de homicídio qualificado, extorsão mediante sequestro, receptação e organização criminosa na Comarca de Taquara (RS); e outro por tentativa de homicídio qualificado, roubo majorado, receptação, associação criminosa e posse irregular de arma de fogo na comarca de Sapiranga (RS). A soma das penas desses outros crimes, se condenado, poderão ocasionar uma nova condenação a mais de 50 anos.
Quando a Delegacia de Capturas soube que Valdir estava foragido, foram realizadas diversas diligências investigativas nos últimos meses. Segundo a polícia, ele recebeu ajuda de outra pessoa com quem cumpriu pena para se esconder.
Após investigação, Valdir foi localizado na cidade de Itaqui, fronteira com a Argentina. A equipe realizou diversas diligências na cidade e após várias horas de monitoramento, ele foi visto saindo do local onde morava e foi abordado na rua. Não houve reação.
“Até o momento não há informações se ele estava planejando sair do país ou mesmo realizar outras atividades criminosas. No entanto, a sua prisão é considerada fundamental, a fim de evitar que indivíduos de tamanha periculosidade permaneçam soltos e impunes aos processos e condenações pelos seus atos praticados”, finaliza o delegado.
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