Exposição cultural em São Paulo homenageia artista joinvilense
Leila Reinert morreu em 2019, com 49 anos
O Complexo Cultural Funarte São Paulo recebe, neste mês de novembro, palestras, exposições e oficinas que abordam a obra da artista visual e designer Leila Reinert, artista joinvilense que morreu em 2019, aos 49 anos.
As atividades fazem parte das comemorações dos 45 anos da Funarte SP. As mostras “E a memória insiste: Leila Reinert” e “Revisitando Leila Reinert” têm abertura prevista para 19 de novembro, sábado, às 14h.
As produções fazem uma homenagem à artista que foi contemplada com o edital Projeto Macunaíma, em 1996, e realizou a exposição “Da alternância dos ritmos” no espaço cultural paulista, em 2002. A entrada é gratuita e a classificação livre.
Programação
O professor Rogério da Costa apresenta a palestra “A Garota Technicolor: um percurso da artista Leila Reinert”, no dia 23 de novembro, às 16h, na Sala Guiomar Novaes.
A palestra aborda a trajetória artística de Leila Reinert, as influências do pensamento contemporâneo, sua estadia em Paris e suas investigações acadêmicas. “Um espírito em convulsão, inquieta, insatisfeita consigo mesma e com o mundo à sua volta”, ressalta o ministrante Rogério da Costa.
A questão “Como se chega a ser o que se é?” é levantada para apresentar “uma produção compulsiva da artista”, que se estendeu da década de 1990 aos primeiros anos do novo milênio. Dessa forma, Leila deixou sua marca na arte contemporânea brasileira.
“Para os que a amavam, fica a lembrança do sorriso curto-circuito que sacudia seu corpo por inteiro”, afirma Rogério. A palestra é destinada a estudantes de arte, filosofia, professores e demais interessados.
Sobre Leila Reinert
Artista plástica e designer, Leila Reinert foi doutora em Comunicação e Semiótica pela PUC/SP com pós-doutorado no PPG Design da Escola de Artes, Arquitetura, Design e Moda da Universidade Anhembi Morumbi (SP); bacharel em pintura pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná (1987) e mestre em Artes Plásticas pela Université Paris 1 Panthéon – Sorbonne (1994).
Leila também cursou mestrado (1998) e doutorado (2012) na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). A artista realizou mais de trinta exposições no Brasil e em outros países do mundo, em instituições como o Museu de Arte Moderna (MAM), Caixa Cultural, Instituto Itaú Cultural e o Espaço Latino-Americano em Paris.
Suas pesquisas eram voltadas à linguagem fotográfica e à criação de objetos que associavam seu próprio corpo à paisagem da metrópole. Suas obras contrapõem a nitidez da fotografia a certo embaçado, que ela obtinha por meio de operações de produção e revelação de imagem.
Seguindo a tendência de produção fotográfica dos anos 1980 e 1990, Leila trabalhava a imagem em sua expansão pelo espaço tridimensional da sala expositiva, para obter uma “espessura real”. Hoje em dia, essa ideia é ampliada pelo NFT e pelas técnicas de imersão.
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