Família de Joinville busca doador de medula óssea para bebê com leucemia
Pedro chegou a fazer um transplante, mas o organismo rejeitou a medula recebida do pai
Com pouco mais de um ano de vida, Pedro de Lima Pinheiro já tem enfrentado muitas lutas e, agora, aguarda por um doador de medula óssea para superar mais uma delas. Diagnosticado com leucemia em maio de 2021, o bebê precisa realizar um transplante de urgência.
Pedro tinha três meses quando recebeu o diagnóstico. Os pais procuraram ajuda médica após identificarem manchinhas de sangue na fralda do Pedro, pele pálida e sonolência. A partir de então, foi iniciado o tratamento quimioterápico. Em agosto, a família chegou a se mudar de Balneário Camboriú para Joinville a fim de poder realizar o tratamento do pequeno.
De maio a novembro foram realizadas diversas sessões de quimioterapia. Os pais, Alan e Suélen Pinheiro, contam que em novembro a doença virou caso de transplante porque a quimioterapia não estava mais fazendo efeito. A partir de janeiro, iniciou-se a preparação para o procedimento.
No fim de março, com o aval médico, em um hospital de Curitiba, o pai Alan fez a coleta da medula com 50% de compatibilidade e, um dia depois, o transplante foi realizado. A doação, porém, foi rejeitada pelo organismo de Pedro e, desde então, a família busca novo doador. O pequeno segue internado na unidade.
Desde a internação, Pedro chegou a contrair e já se recuperou de uma doença no fígado. O coração dele também está com o funcionamento mais lento e ele adquiriu uma bactéria. “Faz uso de antibióticos e medicações, pois o risco de infecções é muito grande”, apontam a mãe.
A família tem realizado campanha nas redes sociais e nas ruas incentivando o cadastro de doadores de medula. “Pedro segue internado, sem imunidade, correndo riscos de infecções, aguardando um doador. O ideal é fazer o transplante final de junho, máximo julho. Mais do que isso não sabemos o quanto ele aguenta esperar”, diz Suélen.
Quem pode doar
Para fazer a doação, a pessoa precisa ter entre 18 e 35 anos e qualquer tipo sanguíneo. Antes de doar a medula óssea, é realizado um cadastro a partir da coleta sanguínea, feitas em hemocentros, e o transplante ocorre após um paciente compatível ser encontrado. Quem já estiver cadastrado deve atualizar seus dados no site do Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome) para que o doador possa ser contatado.
“Não é uma doação nominal, não peça para ser doador somente do Pedro. Se você for compatível com ele, fique tranquilo, que você será chamado, mas assim como Pedro, milhares de pessoas precisam”, indica a mãe.
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Onde se cadastrar em Joinville
O cadastro para doação de medula óssea pode ser realizado junto ao Hemosc de Joinville. O atendimento pode ser agendado pela internet ou pelo telefone (47) 3305-7500. Após o cadastramento, as informações ficam salvas em banco de dados do Redome.