Família de Joinville pede ajuda para custear tratamento de paralisia cerebral do filho na Tailândia
Tratamento com células-tronco pode ajudar Henzo Gabriel, de 4 anos, a ter mais qualidade de vida
Uma família de Joinville está buscando recursos para que o filho faça um tratamento na Tailândia. Henzo Gabriel, de 4 anos, é diagnosticado com paralisia cerebral, hidrocefalia, autismo, entre outros problemas de saúde. O menino foi aprovado no programa da Shenzhen Beike Biotechnology, empresa chinesa de biotecnologia, para um tratamento com células-tronco em Bangkok, na Tailândia. Para isso, a família precisa de R$ 250 mil até outubro.
Henzo mora com os pais, Cristiano e Sabrina, no bairro João Costa. O menino nasceu em Caçador, no Oeste Catarinense, em 18 de fevereiro de 2020, com 38 semanas de gestação de Sabrina, que, durante o período, teve um quadro de toxoplasmose, uma doença transmitida por animais. Com isso, o bebê passou por tratamento para que a doença não fosse transmitida a ele.
Porém, Henzo nasceu com um desconforto respiratório e foi encaminhado em estado grave para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). “Nós quase perdemos ele no caminho”, relembra Sabrina.
A situação era crítica, com os médicos dando poucas chances de sobrevivência. “Mas, por um milagre, ele começou a melhorar e reverter o quadro”, complementa Cristiano.
O alívio de ter o filho vivo veio com diagnósticos que abalaram a família. Os médicos informaram que Henzo teve lesões no cérebro e isso poderia gerar complicações. “Saímos da primeira consulta chorando”, detalha o pai.
A mãe explica que, até o momento, não há um diagnóstico fechado do que ocasionou as lesões. “A gente sabe das coisas que ele tem, que apareceram nos exames, mas não sabemos o motivo. Se foi uma questão genética, do desconforto respiratório ou da toxoplasmose”, relata.
Mudança para Joinville
Além da paralisia cerebral, hidrocefalia e do autismo, o menino desenvolveu um deslocamento total de retina, o que faz com que ele não enxergue e só consiga diferenciar o que é claro e escuro, tem músculos fracos por conta de crescimento acelerado, epilepsia, atraso no desenvolvimento e um problema no pulmão.
Por conta de todos os tratamentos necessários para Henzo, principalmente por conta da necessidade de uma cirurgia para colocar uma válvula no cérebro para a hidrocefalia e também para o tratamento de visão, os pais decidiram se mudar para Joinville.
“A cidade é pequena e sem muitos recursos, por isso precisamos sair à procura do que o Henzo precisava no momento que era a cirurgia, estimulação visual e o clima por conta do seu problema de pulmão. Um ambiente mais quente é mais favorável para ele”, ressalta.
Neste meio tempo, a família passou por um grande susto. Em 10 de agosto de 2022, a estava a caminho de Joinville quando capotou o carro. Chovia no dia e Cristiano, que trabalha em um posto de combustível, era o motorista.
Ele perdeu o controle do carro e acabou capotando. Sabrina e Henzo também estavam no veículo, mas ninguém se feriu. “Foi aí que falamos ‘temos que ir mesmo (para Joinville)”, detalha Sabrina. No mesmo mês, se mudaram para a cidade.
Tratamento na Tailândia
Já em Joinville, Henzo começou a tratar a visão na Associação Joinvilense para Integração dos Deficientes Visuais (Ajidevi). Foi ali que Sabrina soube do tratamento na Tailândia, por meio da mãe de outro paciente. “Eu a seguia nas redes sociais e comecei a perguntar para ela mais coisas sobre esse tratamento. Ela explicou o que eu deveria fazer para tentar o tratamento”, conta.
Com isso, entrou em contato com a empresa pela internet e preencheu um formulário completo com todo o diagnóstico do filho. A instituição pediu na sequência um relatório médico completo de Henzo, que foi enviado pela família em outubro do ano passado.
No dia 18 de janeiro, chegou a tão esperada resposta. Henzo foi aceito para o tratamento após os médicos da empresa confirmarem que o caso de paralisia cerebral dele é tratável.
A equipe médica informou à família que, com o tratamento, o menino terá melhoria na cognição e desenvolvimento, tônus e força muscular, funções motoras, habilidades sociais e qualidade de vida. Além de melhorias para a visão, apesar de não ser possível uma reversão total.
Estas possibilidades animam a família, porém, as condições financeiras atuais do casal não permitem que eles consigam custear todo o tratamento e outros gastos por conta própria.
O tratamento, segundo Cristiano e Sabrina, custa 34 mil dólares, que, na conversão atual, dá em torno de R$ 199,5 mil. Já os custos de passaportes, vistos e passagens seriam por volta de R$ 25 mil.
Como a família ficará hospedada no hospital, não há custo com moradia. Contudo, terá despesas com a alimentação do casal. A de Henzo é inclusa no tratamento. Com esses gastos projetados, a família quer arrecadar R$ 250 mil.
Como doar
O casal recebe doações pelo Pix 077.821.779-52, que está no nome de Cristiano Luiz Fossati. Em 15 dias, foram arrecadados cerca de R$ 23 mil.
A família precisa de R$ 40 mil o mais rápido possível, já que a empresa pede 20% do valor do tratamento de forma antecipada.
“Sabemos do histórico de arrecadações deste tipo em Joinville, mas só queremos dar um tratamento de qualidade para o nosso filho. Tudo o que for gasto será divulgado com total transparência”, finaliza o pai. As redes sociais de Sabrina e Cristiano estão sendo os canais de divulgação sobre a campanha.
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