Família promove feijoada beneficente para menino com paralisia cerebral, em Joinville

A fim de evitar aglomerações, feijoada será distribuída na residência da família

Família promove feijoada beneficente para menino com paralisia cerebral, em Joinville

A fim de evitar aglomerações, feijoada será distribuída na residência da família

Redação O Município Joinville

No dia 7 de junho, domingo, será realizada uma feijoada beneficente em prol de Breno Luiz Nunes, de 11 anos, portador de uma doença degenerativa no coração e com paralisia cerebral. A feijoada será vendida no valor de R$ 27, com os acompanhamentos: arroz, couve, farofa e ovo frito. O prato serve até três pessoas.

Devido ao isolamento social por conta do coronavírus, a pessoa que adquirir a feijoada deve buscar na casa da família do Breno, na rua São Judas Tadeu, 857, bairro Comasa, Joinville, a partir das 10h30. É possível adquirir a feijoada de forma antecipada, na Clínica Centreville, Academia Gold Fitness e pelos telefones dos pais do Breno: (47) 99726-3055 ou 99788-8026.

A feijoada beneficente já é realizada há quatro anos, e sempre contou com um grande público. Era realizada em um salão de eventos, mas devido ao coronavírus foi optado pela entrega.

O pai de Breno, Vanderlei Borges Nunes, destaca que todos os cuidados contra a covid-19 serão tomados. Os valores arrecadados com a feijoada serão utilizados para pagar no formato anual a equoterapia e as sessões de fonoaudiologia.

Uma história de lutas

Até os oito anos de vida, Breno Luiz Nunes era uma criança sem problemas físicos, brincava, frequentava a escola e já sabia ler e escrever. No dia 19 de abril de 2016, Breno teve uma morte súbita.

A mãe dele, Isabela Oliveira, tentou ressuscitá-lo em casa, sem sucesso e com a ajuda de uma vizinha o levou ao hospital. Após 25 minutos, ele foi reanimado, porém sofreu hipóxia, quando falta oxigênio no organismo, e consequentemente desenvolveu paralisia cerebral. Ele ficou na UTI durante cinco meses em estado crítico.

Apesar disso, ele conseguiu sair da UTI, com diversas sequelas. Ele perdeu a fala e os movimentos, porém o intelectual está preservado. De acordo com Nunes, é uma criança normal que está presa em si própria e não consegue se expressar.

A morte súbita de Breno se deve a uma doença genética degenerativa no coração, chamada de síndrome do QT longo. Essa doença faz com que o coração entre em estado de arritmia, e possui diversos casos de morte súbita, principalmente em crianças portadoras.

Após a descoberta da doença, a família do menino fez uma campanha para realizar testes nos outros familiares. Foi constatado que a mãe dele e seus dois irmãos também são portadores da mesma síndrome.

Devido a isso, a família vive em constante cuidado. Os irmãos de Breno, Leandro, de 6 anos, e Luiza, de 4 anos, vivem normalmente, porém, não podem fazer atividades que demandem muito esforço físico, não podem perder noites de sono e são medicados a fim de evitar o mal súbito.

Nunes conta que teve de sair de sua antiga profissão, onde era mestre de obras. Após uma doença em uma das mãos e os problemas de saúde do filho, ele recebeu uma doação de uma cozinha industrial.

Segundo ele, já tinha como hobby cozinhar, e no momento trabalha com produção de buffet para eventos. O pai de Breno destaca que com o isolamento ficou complicado devido aos eventos cancelados, porém, segue lutando.

Para mais informações, é possível acompanhar a trajetória e a rotina de Breno na página no facebook mantida pelos pais, Isabela e Vanderlei: Ajude Breno.

Breno com a camiseta do JEC. Foto: Isabela Oliveira
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