Fechar portões é a ação para cemitérios no curto prazo em Joinville, diz gerente
Discussão foi realizada na Câmara de Vereadores
Discussão foi realizada na Câmara de Vereadores
Vereadores da Comissão de Proteção Civil e Segurança Pública ouviram nesta terça-feira, 26, a informação de que a instalação de novos portões nos cemitérios e a política de fechá-los às 18h são as ações a serem realizadas nos próximos meses.
A primeira unidade a receber novos portões será o São Sebastião (Iririú). Depois, devem receber as benfeitorias o Cemitério Municipal (Atiradores), o Nossa Senhora de Fátima (João Costa) e o Cubatão (entre os bairros Aventureiro e Jardim Paraíso).
A gerente de concessões e permissões da Secretaria de Meio Ambiente (Sema), Dayane Candido Bento, explicou que a expectativa com a medida é a redução de furtos nas dez necrópoles geridas pela Prefeitura, enquanto não é possível contratar vigilantes para monitorar as unidades.
Não há vigilantes fixos nos cemitérios, explicou a gerente, porque o atual contrato da Prefeitura não prevê essa possibilidade. No entanto, há vigilância patrimonial em três unidades. Nelas há rondas e câmeras de vigilância.
O vereador Claudio Aragão (MDB) destacou que é morador próximo de um dos cemitérios da Prefeitura e falou que, embora haja uma capela mortuária prestes a ficar pronta, “não vai dar para inaugurá-la porque vão roubar tudo antes”. Para o vereador, materiais como ferro, aço e alumínio atraem criminosos e só uma vigilância constante os afasta.
Presidente da Câmara, o vereador Diego Machado (PSDB) também esteve na reunião da comissão e relatou os problemas que já ocorreram em cemitérios do distrito de Pirabeiraba, incluindo o uso clandestino de água na lavação de caminhões, prostituição e uso de drogas. “É muro e portão, não tem outra solução”, frisou mais de uma vez, na impossibilidade de contratação de vigilantes.
A gerente explicou que “não há previsão de pôr vigilante fixo nos cemitérios”. Antes disso, acrescentou, melhorias estruturais como a instalação de energia elétrica seriam necessárias para a segurança dos próprios profissionais de segurança.
O debate foi proposto pelo vereador Pastor Ascendino Batista (PSD), a partir de reportagem local sobre situações de vandalismo. Para continuar o debate, Ascendino já agendou uma nova reunião a ser realizada em 31 de outubro para averiguar o andamento das medidas já anunciadas.
A gerente observou que as pessoas que efetuam os furtos mudam de tempos em tempos entre os cemitérios. Dayane fez um pedido para que a população seja conscientizada para a realização de boletins de ocorrência nos casos de vandalismo ou furtos que forem constatados. Os números recolhidos pelo sistema de segurança podem ajudar a encontrar as pessoas que estejam pagando por material furtado, explicou.
A longo prazo, a solução estaria, segundo ela, na terceirização da gestão dos cemitérios. A empresa que vier a ganhar a concessão teria entre suas funções a realização da melhoria de iluminação e outras benfeitorias. No momento, a Prefeitura está aberta ao recebimento de manifestações de interesse (fase inicial do processo de concessão).
O caso da iluminação é o mais delicado. Dayane afirmou que não há contrato para esse serviço. O trabalho nos cemitérios é feito com mão-de-obra e materiais que a própria Prefeitura tem disponíveis. Todavia, ressaltou a gerente, fiações costumam ser furtadas logo após a instalação.
O comandante da Guarda Municipal de Joinville, Eduardo Ferraz, afirmou que a corporação promove rondas diárias nos cemitérios e que agentes da GM já conduziram pessoas em flagrante a delegacias de polícia.
Região de Joinville já era habitada há 10 mil anos: conheça os quatro povos anteriores à colonização: