Feira no Festival de Dança em Joinville: empreendedoras expõem sapatilha vegana e adereços exclusivos

Festival de Dança de Joinville tem a maior feira do ramo de todo o Brasil

Feira no Festival de Dança em Joinville: empreendedoras expõem sapatilha vegana e adereços exclusivos

Festival de Dança de Joinville tem a maior feira do ramo de todo o Brasil

Isabel Lima

Pela terceira vez na Feira da Sapatilha, a gaúcha Lisa Camargo traz as famosas sapatilhas da Gaynor Minden para Joinville. A marca nova-iorquina é conhecida no mundo da dança por produzir a melhor sapatilha de ponta do mundo, devido à tecnologia que reduz o impacto e a durabilidade. Neste ano, em comemoração aos 30 anos da marca, a Gaynor lançou uma opção vegana, sem couro animal e com um cetim mais macio.

Lisa é a única revendedora autorizada no Brasil. Ela trouxe a marca para o país em 2006 por uma demanda própria. “Minha filha é bailarina, ela dançava muito, ela quebrava muitas pontas e já tinha usado todas as marcas brasileiras”, conta.

A insatisfação com as opções disponíveis no país fez a mãe estudar o que tinha no mercado. “Entramos em contato, conhecemos a fábrica, fomos falar com a própria Eliza e trouxemos ela pelo fato da minha bailarina, da minha filha, que dançava muito”, relembra a revendedora.

Isabel Lima/ O Município Joinville

As sapatilhas da Gaynor foram desenvolvidas por Eliza Gaynor Minden, uma bailarina norte-americana que também estava insatisfeita com a constante quebra das pontas que usava. Ao longo de oito anos, ela e uma equipe de médicos e fisioterapeutas criaram a sapatilha que seria considerada a melhor do mundo.

Além de durar acima da média, as Gaynors tem uma palmilha e ponta que cria uma bolsa de ar durante os passos de acrobacias do balé clássico. Desta forma, promovem mais saúde e segurança ao bailarino.

Lisa explica a tecnologia envolvida na ponta da sapatilha | Foto: Isabel Lima/ O Município Joinville

“Ela é uma sapatilha montada para cada tipo de pé, cada tipo de bailarino e que tipo de dança ela pratica”, diz Lisa. Segundo a revendedora, são mais de 3 mil modelos escolhidos a partir do mapeamento do pé de cada bailarino.

“Em média, uma bailarina que quebra uma ponta tradicional em um mês, uma Gaynor dura um ano”, revela Lisa. Os preços das sapatilhas, tanto a versão original quanto a vegana, chama de Lyra, custam cerca e R$ 1,5 mil.

Feito por quem entende

Isabel Lima/ O Município Joinville

Outra bailarina que também desenvolveu seu próprio produto é a Mayra Maris, empreendedora e professora de balé paulista. Com a mãe Teresa Maris, a bailarina traz os adereços que confecciona a partir de designs próprios para a Feira da Sapatilha.

Há oito anos com um estande no Festival de Dança de Joinville, Mayra conta que é o único evento que a Arabesco vai com as peças. Com as vendas totalmente online, o festival acaba sendo um espaço para encontrar amigos e até clientes pessoalmente pela primeira vez.

O processo de produção dos adereços para a cabeça começa com uma conversa entre Mayra e os bailarinos, professores e diretores. “A gente confecciona com base nas histórias dos balés de repertório. As bailarinas nos procuram já sabendo o que vão dançar, como sou bailarina facilita muito a comunicação”, explica.

Isabel Lima/ O Município Joinville

A empresária acredita que, por ela ser bailarina e professora, entende as necessidades de cada cliente que a procura. Ao longo dos 13 anos de empresa, já vendeu para Europa e Estados Unidos.

As peças exclusivas são baseadas em adereços antigos. “Faço releituras com adereços confeccionados muito tempo atrás, tenho as minhas criações para cada balé, mas sempre respeitando a obra”, complementa.

Feira da Sapatilha 2023

A Feira da Sapatilha faz parte do Festival de Dança de Joinville e é considerada a maior feira do setor do Brasil. Com mais de 100 expositores em dois mil metros quadrados, o Expocentro Edmundo Doubrawa recebe tendências em moda, figurinos, equipamentos, artesanato e tecnologia para o setor.

Além dos produtos, a feira tem um palco aberto e praça de alimentação. Os bailarinos e visitantes podem acessar Expocentro Edmundo Doubrawa, que fica ao lado do Centreventos Cau Hansen, de 17 a 28 de julho, das 10h às 21h. No último dia do 40º Festival de Dança de Joinville, 29 de julho, a Feira da Sapatilha abre das 10h às 20h.


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