Ferramenta orienta sobre ações regionalizadas de combate à Covid-19 no estado; saiba como funciona
Base de dados será compartilhada com os municípios a partir desta segunda-feira
A partir desta segunda-feira, 8, o governo de Santa Catarina passa a compartilhar com os municípios uma ferramenta online com informações detalhadas sobre a situação do coronavírus no estado para que tomem as decisões mais adequadas para cada realidade. O objetivo é que por meio desse sistema os governos municipais adotem estratégias regionalizadas contra a Covid-19.
Prefeitos e gestores de saúde terão acesso aos dados da ferramenta sobre o coronavírus em cada cidade e região para acompanhar como o vírus se propaga, avaliar os riscos e quais as recomendações deverão ser colocadas em prática.
“Temos realidades diferentes da doença em cada região. Com a gestão compartilhada e a parceria dos municípios vamos atuar pontualmente em cada situação. Acreditamos que essa é uma estratégia eficiente com foco na preservação da vida e, ao mesmo tempo, fortalece o Estado para um processo de retomada econômica”, afirmou o governador Carlos Moisés.
Como a ferramenta funciona
A ferramenta criada no Centro de Operações de Emergência em Saúde (COES) é capaz de mapear e avaliar risco potencial do esgotamento dos serviços de saúde de regiões específicas durante a pandemia da Covid-19. A avaliação servirá como base para identificar prioridades de investimento hospitalar em Santa Catarina, orientar ações municipais e diagnosticar, por meio de indicadores, quais regiões podem ter maior flexibilização de medidas emergenciais durante o novo coronavírus.
“Essa ferramenta é fundamental para compreender uma parte do trabalho desempenhado pelo COES até agora e justifica determinações que tomamos no início. Ela orienta quais regiões representam maior risco potencial e, por consequência, necessitam de maior apoio”, descreveu o secretário de Estado da Saúde, André Motta Ribeiro.
Ainda segundo o secretário, com o mapa, cada região terá a oportunidade de saber sua própria situação de risco epidemiológico. Além de apontar fatores, a ferramenta sugere aos prefeitos e secretários o que precisará ser feito para tirar a sua região da área de risco.
Como funciona a avaliação de Risco Potencial
As dimensões de análise medem itens como atividade e quantidade dos casos, o potencial de o vírus se espalhar e a sobrecarga do sistema de saúde ocasionada pela doença. Os critérios adotados estão relacionados à prioridade de atuação e são: Isolamento Social, Investigação, Testagem e Isolamento de Casos, Reorganização de Fluxos Assistenciais e Ampliação de Leitos.
De acordo com o risco apontado em cada região, há uma série de recomendações às pessoas, aos estabelecimentos, à gestão pública e à saúde pública, cabendo aos municípios, organizados regionalmente, definirem suas prioridades e ações.
A avaliação será atualizada semanalmente e permitirá que os gestores percebam se as ações tomadas surtiram efeito no combate ao coronavírus ou se devem ser ampliadas ou revistas.
Outro dado é que a avaliação também orienta quais são as dimensões que estão mais frágeis. “Mudar a Classificação de Risco Potencial na região só será possível com uma atuação coordenada entre os municípios e que avalie constantemente sua capacidade de vigilância epidemiológica na identificação e rastreio de casos, organização dos serviços de saúde na triagem e no isolamento social”, reforçou Maria Cristina Willemann, epidemiologista que atua no COES e é uma das responsáveis pela ferramenta.
Durante a última semana a ferramenta foi testada com os gestores municipais por meio de webconferências.